O porquê da selecção genética
Se para um criador de "animais de produção" é simples seleccionar os progenitores pelas suas características de carne e leiteiras, para um criador de cães é muito mais complexo estabelecer uma selecção, na medida em que as qualidades desejadas relacionam-se sobretudo com a morfologia e o temperamento dos animais.
Assim, um criador de cães pode deixar esta tarefa ao critério da natureza, permitindo que as suas cadelas se reproduzam ao acaso nos encontros. Mesmo se, através deste meio, conseguir obter um cão excepcional, o criador aperceber-se-á rapidamente que as suas qualidades influenciam em pouco a descendência e veremos o motivo pelo qual estas características causadas por acasalamentos aleatórios se revelam pouco transmissíveis.
Contudo, numerosos criadores encontram fundamentos para a sua paixão no aperfeiçoamento permanente das qualidades dos seus cães, melhorando a reputação do seu canil. Tendo em vista esta finalidade, devem conduzir uma verdadeira política de selecção, auto-questionando-se da seguinte forma:
- "Como é que tudo funciona? Dito de outra forma, como é que se transmitem os caracteres responsáveis pelas qualidades e defeitos de cada animal?" - "O programa genético reflecte-se na aparência? O fenótipo (o que podemos ver ou avaliar exteriormente como a pelagem, por exemplo) traduz fielmente o genótipo (o código genético)?" - "Quais são as vantagens e desvantagens da consanguinidade que tem uma tão má reputação aos olhos do público?" - "Finalmente, como prevenir o aparecimento de uma doença genética ou, se já estiver presente, como eliminá-la?"
Nenhum comentário:
Postar um comentário