Desde que o homem começou a utilizar os cães para o trabalho, um dos principais empregos foi , e ainda é a proteção, seja de patrimônio ou pessoal.
Devido aos sentidos mais aguçados dos cães, eles eram usados pelos homens primitivos para detectar e afugentar intrusos humanos e animais próximos aos acampamentos e aldeias.
Hoje em dia, os homens continuam usando os animais para proteção de seus quintais e muitas vezes como proteção pessoal. Muitos não fazem a devida distinção entre estas duas categorias de cães e o treinamento usado em cada caso.
Apresentamos aqui algumas características entre as duas categorias :
a) Cão de vigilância de patrimônio (VP): são cães usados na proteção de território, ficando freqüentemente soltos na área a ser guardada. Podem simplesmente indicar com latidos intrusos ou pessoas nas proximidades da área e, neste caso devem ser relativamente inseguros para estarem atentos todo o tempo e ladrarem a qualquer sinal da presença de estranhos. Funcionam como verdadeiros alarmes vivos. Podemos chamar de defesa passiva do patrimônio, pois na maioria das vezes não precisam entrar em ação.
Quanto a defesa ativa do território, ou seja uma confrontação direta com um eventual intruso , dependerá de inúmeros fatores além do treinamento. Podem ser listados alguns abaixo:
- Dominância territorial do cão. Quanto mais dominante territorialmente, mais agressivo o cão se portará numa eventual invasão.
- Nível de autoconfiança do cão. Quanto maior o relativo grau autoconfiança, mais eficaz será a defesa ativa do território, por outro lado a indicação passiva tenderá a ser menos eficiente.
- Comportamento do(s) intruso(s). Quanto mais autoconfiança o intruso mostrar, mais difícil ficará a ação do cão.
- Relação nº de cães/nºde intrusos: Quanto maior esta relação maior a eficiência na defesa ativa.
- Quantidade de cães que estejam protegendo o território. Obviamente um número maior de cães ajudando-se mutuamente será mais eficaz.
Os cães também podem ser usados em conjunto com homens para a proteção de territórios fazendo patrulhas ou coisa semelhante. Neste caso estariam atuando mais como proteção pessoal.
Quando se trata de uso de cães para vigilância de patrimônios valiosos, é necessário entender que animais deixados sozinhos em uma determinada área terão eficiência inversamente proporcional a determinação do potencial intruso. Isto quer dizer que se o intruso for realmente determinado nem os melhores e mais bem preparados cães conseguirão impedi-lo pois existem diversas armas e artifícios que podem ser usados para neutralizar os cães. Para uma eficácia maior os cães devem ser usados juntamente com outros métodos de proteção tais como vigias armados, alarmes etc.
A maioria dos usuários no entanto são pessoas comuns que usam o cão para proteger seu quintal e não tem um patrimônio tal que justifique o risco do meliante. Neste caso o uso do cão pode ser eficaz, unicamente porque a relação custo-benefício é desfavorável ao potencial intruso. Normalmente nestes casos um cão de alarme com um porte razoável é suficiente para desestimular um invasor.
Quanto a defesa ativa do território, ou seja uma confrontação direta com um eventual intruso , dependerá de inúmeros fatores além do treinamento. Podem ser listados alguns abaixo:
- Dominância territorial do cão. Quanto mais dominante territorialmente, mais agressivo o cão se portará numa eventual invasão.
- Nível de autoconfiança do cão. Quanto maior o relativo grau autoconfiança, mais eficaz será a defesa ativa do território, por outro lado a indicação passiva tenderá a ser menos eficiente.
- Comportamento do(s) intruso(s). Quanto mais autoconfiança o intruso mostrar, mais difícil ficará a ação do cão.
- Relação nº de cães/nºde intrusos: Quanto maior esta relação maior a eficiência na defesa ativa.
- Quantidade de cães que estejam protegendo o território. Obviamente um número maior de cães ajudando-se mutuamente será mais eficaz.
Os cães também podem ser usados em conjunto com homens para a proteção de territórios fazendo patrulhas ou coisa semelhante. Neste caso estariam atuando mais como proteção pessoal.
Quando se trata de uso de cães para vigilância de patrimônios valiosos, é necessário entender que animais deixados sozinhos em uma determinada área terão eficiência inversamente proporcional a determinação do potencial intruso. Isto quer dizer que se o intruso for realmente determinado nem os melhores e mais bem preparados cães conseguirão impedi-lo pois existem diversas armas e artifícios que podem ser usados para neutralizar os cães. Para uma eficácia maior os cães devem ser usados juntamente com outros métodos de proteção tais como vigias armados, alarmes etc.
A maioria dos usuários no entanto são pessoas comuns que usam o cão para proteger seu quintal e não tem um patrimônio tal que justifique o risco do meliante. Neste caso o uso do cão pode ser eficaz, unicamente porque a relação custo-benefício é desfavorável ao potencial intruso. Normalmente nestes casos um cão de alarme com um porte razoável é suficiente para desestimular um invasor.
b) Cão de proteção pessoal (PP): enquanto a eficiência do cão de VP está fundamentalmente ligada a imagem, no cão de PP a imagem é importante, mas sua eficiência em ação é o que mais importa. Enquanto o cão de VP trabalha muitas vezes sozinho, na proteção pessoal existe a cumplicidade homem-cão.
Características fundamentais que devem existir em um cão de PP são auto confiança, sociabilidade, espírito de equipe, nervos firmes, bons impulsos de caça e defesa e rapidez de reflexos. O trabalho deste cão exige intenso convívio com humanos, pois deve acompanhar seu condutor aos mais diversos lugares, transitando tranqüilamente no meio de pessoas. Deve tolerar o contato com estranhos e mesmo eventuais abusos de crianças. No entanto, este animal deve ser implacável quando acionado, suportando qualquer tipo de pressão e castigo vindos do oponente. Este equilíbrio procurado vem, em parte do lado genético e em parte do manuseio. O tipo de cão ideal não é fácil de ser encontrado e seu treinamento exige muito apuro técnico para se obter um bom resultado.
O cão de PP protege seu condutor e não a si mesmo. O que está em jogo neste caso não é o patrimônio , muitas vezes a vida do condutor dependerá do cão que esta a seu lado e vice versa. Por isto é muito importante o condutor ter total controle do cão, pois existem momentos em a melhor atitude é não agir e esta decisão cabe ao condutor. Portanto, para qualquer trabalho eficiente de um time homem-cão (seja ele qual for) é necessário respeito e confiança recíproca que só é adquirido com o convívio e competência do condutor .
Características fundamentais que devem existir em um cão de PP são auto confiança, sociabilidade, espírito de equipe, nervos firmes, bons impulsos de caça e defesa e rapidez de reflexos. O trabalho deste cão exige intenso convívio com humanos, pois deve acompanhar seu condutor aos mais diversos lugares, transitando tranqüilamente no meio de pessoas. Deve tolerar o contato com estranhos e mesmo eventuais abusos de crianças. No entanto, este animal deve ser implacável quando acionado, suportando qualquer tipo de pressão e castigo vindos do oponente. Este equilíbrio procurado vem, em parte do lado genético e em parte do manuseio. O tipo de cão ideal não é fácil de ser encontrado e seu treinamento exige muito apuro técnico para se obter um bom resultado.
O cão de PP protege seu condutor e não a si mesmo. O que está em jogo neste caso não é o patrimônio , muitas vezes a vida do condutor dependerá do cão que esta a seu lado e vice versa. Por isto é muito importante o condutor ter total controle do cão, pois existem momentos em a melhor atitude é não agir e esta decisão cabe ao condutor. Portanto, para qualquer trabalho eficiente de um time homem-cão (seja ele qual for) é necessário respeito e confiança recíproca que só é adquirido com o convívio e competência do condutor .
c) Metas e Mitos: Com base nos comentários anteriores gostaríamos de deixar claro a distinção entre estes dois tipos de cães e seus trabalhos. Existe uma enorme confusão entre características e treinamento de ambos, bem como certos mitos criados pela crença popular.
Para que a chance de decepção por parte do proprietário seja pequena, é necessário o emprego do cão certo na função certa e saber o que esperar de cada um deles.
Por exemplo: não se deve esperar que um cão de alarme vá enfrentar corpo a corpo com ímpeto guerreiro um intruso seguro e experiente apenas porque ele mostra uma "braveza descomunal" quando passa alguém na frente de sua casa. Este é um comportamento de defesa exagerado e a fuga pode estar próxima. . Mesmo assim ele estará efetuando com eficiência o trabalho que se espera dele, ou seja , dar alarme e afugentar os menos impetuosos.
Da mesma forma um cão de características de PP terá uma boa chance de decepcionar quando colocado para vigiar um quintal. Entretanto, um animal destas características e forte senso de território , quando bem treinado, poderá efetuar um bom trabalho na defesa ativa do território, porém não será dos melhores para dar alarme.
Outro entendimento incorreto bastante comum é o de que um cão de PP tem que ser agressivo indiscriminadamente e pouco social. Espera-se, como foi visto anteriormente, exatamente o contrário. E, indo ainda mais longe, pode-se dizer que os cães mais efetivos de PP são geralmente os mais afáveis. Não dizem os especialistas em artes marciais que os mais valentes guerreiros no campo de batalha são, no dia a dia, os mais tranqüilos e tolerantes?
Para que a chance de decepção por parte do proprietário seja pequena, é necessário o emprego do cão certo na função certa e saber o que esperar de cada um deles.
Por exemplo: não se deve esperar que um cão de alarme vá enfrentar corpo a corpo com ímpeto guerreiro um intruso seguro e experiente apenas porque ele mostra uma "braveza descomunal" quando passa alguém na frente de sua casa. Este é um comportamento de defesa exagerado e a fuga pode estar próxima. . Mesmo assim ele estará efetuando com eficiência o trabalho que se espera dele, ou seja , dar alarme e afugentar os menos impetuosos.
Da mesma forma um cão de características de PP terá uma boa chance de decepcionar quando colocado para vigiar um quintal. Entretanto, um animal destas características e forte senso de território , quando bem treinado, poderá efetuar um bom trabalho na defesa ativa do território, porém não será dos melhores para dar alarme.
Outro entendimento incorreto bastante comum é o de que um cão de PP tem que ser agressivo indiscriminadamente e pouco social. Espera-se, como foi visto anteriormente, exatamente o contrário. E, indo ainda mais longe, pode-se dizer que os cães mais efetivos de PP são geralmente os mais afáveis. Não dizem os especialistas em artes marciais que os mais valentes guerreiros no campo de batalha são, no dia a dia, os mais tranqüilos e tolerantes?
Sergio de Oliveira
Presidente da Sociedade Valeparaibana Cães Pastores Alemães
Presidente da Sociedade Valeparaibana Cães Pastores Alemães