sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Cães podem 'ler emoções' como humanos, diz estudo

A conclusão é de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Lincoln, na Inglaterra, e publicado na revista acadêmica Animal Cognition.


Segundo a reportagem da New Scientist, quando olhamos para um rosto que vemos pela primeira vez, temos a tendência de olhar primeiro à esquerda, para o lado direito do rosto da pessoa.
Isso só acontece quando olhamos para o rosto humano, e não para outros objetos. A revista diz que não há ainda uma explicação definitiva para isso, mas uma teoria é que o lado direito do rosto expressa melhor as emoções humanas.

Agora, o estudo dos pesquisadores britânicos afirma que os cães também têm o mesmo comportamento.

Rosto invertido

A equipe mostrou a 17 cães imagens de faces humanas, de cães e de macacos e também objetos inanimados.
Ao filmar os movimentos dos olhos e das cabeças dos animais, a equipe descobriu que, quando olhavam para o rosto humano, os cães também direcionavam o olhar à esquerda, para o lado direito da face.
O mesmo comportamento não foi verificado quando os cães olhavam para as outras imagens.
Segundo a reportagem, os pesquisadores sugerem que, depois de milhares de gerações de associação com os homens, os cães podem ter desenvolvido o comportamento como uma forma de identificar as emoções humanas.

No entanto, quando os cães olharam para um rosto invertido, com a testa para baixo, os animais ainda assim olhavam à esquerda. Já os seres humanos abandonam o comportamento quando estão diante da imagem de um rosto invertido.

Segundo a reportagem da New Scientist, os pesquisadores afirmam que isso não descarta a teoria de que os cães estão lendo as emoções humanas.
A explicação estaria no fato de que o lado direito do cérebro do cachorro - que processa informação do campo visual esquerdo - está melhor adaptado para interpretar a face humana e que os animais não teriam como adaptar isso.

Mistério

Ainda segundo a reportagem da New Scientist, trabalhos complementares realizados pelos pesquisadores britânicos concluíram que a tendência de olhar à esquerda entre os cães é muito mais forte quando se deparam com um rosto aparentemente bravo do que com um neutro ou feliz.
Mas nem todos pesquisadores estão convencidos de que o novo estudo oferece provas suficientes de que os cachorros podem, de fato, "ler" as emoções humanas.

O especialista Adam Miklosi, da Universidade Eotvos Loránd, em Budapeste, na Hungria, diz que o trabalho é interessante, mas que ainda é um mistério como os cães "entendem" o rosto humano.
"Os cães podem ser capazes de reconhecer o rosto do dono, mas não há evidência de que podem reconhecer a emoção facial humana", disse Miklosi à New Scientist.

Fonte:www.bbc.co.uk

Cão assassino? Ou não sabemos lidar com ele?

Qual é o cão mais feroz do mundo? Pensou nas raças pitt bull ou rottweiller?


Então errou. De acordo com uma pesquisa feita pela publicação científica Applied Animal Behavior Science, e divulgada pela BBC, o cão mais feroz do mundo é o dachshund, mais conhecido como "cão salsicha".

Segundo a pesquisa, um entre cinco "salsichas" já tentou atacar ou atacou estranhos, e um entre 12, já avançou nos próprios donos.

O levantamento, feito com 6 mil donos de 30 raças de cães direfentes, constatou que as raças com mais tendência a atacar humanos são dachshund e chihuahua. Já os cachorros menos agressivos são os das raças golden retrievers, labradores, são bernardos, britanny spaniels e greyhounds.

As raças mais temidas, comos os pitt bulls e rottweillers, ficaram na média de agressividade canina contra estranhos. A má fama destas raças se dá ao fato de os ataques destes cães causam ferimentos mais graves, dizem os especialistas.

E apesar de toda imponência das raças maiores, os pequenos cães costumam ser os mais agressivos.

O que diferencia a pesquisa publicada pela Applied Animal Behavior Science das demais, é que ela não associa a agressividade canina necessariamente à mordida, informou a BBC.

Confira as dez raças mais ferozes:

1. Dachshund
2. Chihuahua
3. Jack Russell terrier
4. Akita
5. Pastor australiano
6. Pit bull
7. Beagle
8. Springer spaniel inglês
9. Border collie
10. Pastor alemão

Fonte: Applied Animal Behavior Science

Estética castiga cães de pedigree com doença genética

Na Grã-Bretanha, cães de raça pura, os chamados cães de pedigree, estão sofrendo de doenças genéticas em conseqüência de anos de cruzamentos, mostrou um documentário da BBC.


Segundo o programa Pedigree Dogs Exposed (algo como 'Cães de pedigree expostos', na tradução livre), as doenças refletem a cultura de priorizar a aparência dos animais usados em shows em detrimento da sua saúde. O documentário exibiu cavaliers King Charles spaniel com cérebros maiores que os crânios, boxers portadores de epilepsia e uma fêmea buldogue que não podia dar à luz sem assistência. Mesmo com saúde debilitada, os cães são autorizados a participar de competições. Além disso, o Kennel Club do país aceita registrar animais nascidos de cruzamentos entre mãe e filho ou irmãos e irmãs. A prática é comum como forma de manter o padrão estético apreciado como "puro" no meio. Três em cada quatro dos 7 milhões de cães que vivem na Grã-Bretanha têm pedigree, gerando para seus donos um custo anual de cerca de 10 milhões de libras esterlinas (mais de R$ 31 milhões) só com veterinário.

Preço terrível

Uma pesquisa recente realizada pelo Imperial College de Londres mostrou que os cruzamentos entre cães com parentesco próximos são tão comuns em pugs que os cerca de 10 mil animais registrados na Grã-Bretanha vêm de uma linhagem de apenas 50 indivíduos distintos. "As pessoas estão realizando cruzamentos que seriam, em primeiro lugar, totalmente ilegais em seres humanos", disse o professor de genética do University College of London Steve Jones. "Isto é absolutamente insano do ponto de vista da saúde dos animais. Algumas raças estão pagando um preço terrível em termos de doenças genéticas." Entrevistado pelo programa, o veterinário Mark Evans, da organização pelos direitos dos animais RSPCA, culpou o sistema de registro e as regras de aparência que determinam a lógica no mundo canino. "O bem-estar e a qualidade de vida de muitos cães de pedigree estão seriamente comprometidos pelas práticas estabelecidas em função da aparência, guiadas primariamente pelas regras e requerimentos do registro e das competições", afirmou. Cão de raça vencedor de concurso de beleza Exagero de padrão de concursos de beleza traz riscos para animais Entretanto, uma porta-voz do Kennel Club britânico disse que a entidade está trabalhando "incansavelmente" para melhorar a saúde dos cães de raça. "Qualquer cão pode participar de exposições, cabe ao juiz decidir se ele corresponde aos padrões da raça", disse Caroline Kisko. "Quando as características se tornam exageradas, ocorrem os problemas de saúde. Isto é algo que o Kennel Club não estimula. Ao contrário, ativamente educa as pessoas através de campanhas, incluindo os juízes, contra esse tipo de prática."

Fonte: http://www.bbc.co.uk

Inteligência canina é equivalente a de uma criança de 2 anos

Renomado pesquisador coloca lado a lado a inteligência canina e a de uma criança humana de 2 anos de idade.


Os cães podem compreender mais de 150 palavras e intencionalmente enganar outros cães e pessoas, de acordo com o psicólogo e pesquisador Stanley Coren, PhD, da University of British Columbia.

Coren, autor dos livros mais populares sobre comportamento canino, revisou vários estudos para concluir que os cães têm a capacidade de resolver problemas complexos e são mais parecidos com os humanos e outros primatas do que se pensava anteriormente.

Segundo Coren, as habilidades mentais dos cães estão perto a de uma criança humana de 2 a 2 anos e meio de idade.

Há diferenças na inteligência entre os vários tipos de cães, e a raça determina algumas destas diferenças, diz Coren: "Há três tipos de inteligência do cão: instintiva (o que o cão é adestrado para fazer), adaptação (como o cão aprende a partir de seu ambiente a resolver problemas) e de trabalho e obediência (o equivalente a aprendizagem escolar)."

Dados de 208 juízes ligados a provas de obediência nos Estados Unidos e no Canadá mostraram as diferenças no trabalho e inteligência entre as raças de cães. "Border Collies são o número um; Poodles estão em segundo, seguido pelos Pastores Alemães. Quarto na lista é os Golden Retrievers, o quinto, Dobermans, sexta Shetland, e, finalmente, Labrador Retrievers", disse Coren.

O cão de média inteligência pode aprender 165 palavras, incluindo sinais, e os cães "super" (aqueles que estão entre os 20 no ranking de inteligência) podem aprender 250 palavras, diz Coren. "O limite máximo da capacidade dos cães de aprender palavras e gestos é parcialmente baseado em um estudo de um Border Collie chamado Rico, que mostrou conhecimento de 200 palavras e demonstrou o que os cientistas acreditavam que só poderia ser encontrado nos seres humanos e em alguns primatas", disse Coren.
Segundo Coren, os cães também podem contar até quatro ou cinco. E eles têm uma compreensão básica da aritmética e vai notar erros em cálculos simples, como 1 +1 = 1 ou 1 +1 = 3.

Através da observação, Coren disse: “Os cães podem aprender a localização de itens variados, as vias de melhor acesso em um ambiente (o caminho mais rápido para chegar em uma cadeira), como operar os mecanismos (tais como fechos e máquinas simples) e do significado das palavras e conceitos simbólicos (às vezes simplesmente por ouvir as pessoas falarem e vendo suas ações).”

Durante o jogo proposto na pesquisa, observou-se que os cães são capazes de tentar enganar outros cães e pessoas a fim de receber recompensas. Coren afirmou: "Os cães são tão bem sucedidos em enganar os seres humanos assim quanto os seres humanos estão em enganar eles."

Fonte: American Psychological Association