segunda-feira, 30 de novembro de 2009

## COMO ESCOLHER UM FILHOTE ##

COMO ESCOLHER UM FILHOTE
ANTES DA ESCOLHA
Um belo dia, resolvemos comprar um cão. Queremos um companheiro, um guarda, ou ambos. Ou simplesmente cedemos aquela pressão que nossos filhos vêm fazendo a algum tempo.Uma vez tomada a decisão, seria só passarmos naquela esquina onde existe aquela “ feirinha de filhotes” , todos lindos, e comprar um , certo?– ERRADO!!!!.A compra de um cão, seja para que propósito for, é algo que devemos fazer com muito critério pois provavelmente este animal irá conviver conosco e nossos familiares por mais de uma década.
O primeiro passo é responder a seguinte questão:Para qual objetivo queremos um cão? Por exemplo:a) Se for para companhia, temos que saber que tipo de companhia queremos. Um cão tranqüilo ? Um com muita energia? Um cão grande ? Um pequeno?, etc. Se irá ser companhia de adulto, idoso ou criança é também muito importante.b) Se for para guarda, temos que saber que tipo trabalho queremos de nosso amigo. Um cão para alarme? Um cão de proteção pessoal? Um cão que ira fazer parte de um esquema de segurança para proteção de nossa residência ?, etc.c) Se for para caça, temos que saber que tipo de caça estamos pensando em buscar.d) Se for para pastoreio, temos que saber que tipo de ambiente e condições o cão irá trabalhar e que tipo de animais ele irá conduzir .e) Se for para esporte, que tipo de esporte pretendemos praticar, se Agility , Schutzhund , etc.
Uma vez definido que raça estamos querendo, de acordo com nossos objetivos , podemos nos deparar com a seguinte dúvida: Macho ou Fêmea?. Exporemos aqui algumas características gerais que estatisticamente devemos encontrar em cada um dos sexos:- Macho: Normalmente tem um porte maior, tende a ter um comportamento mais independente e dominante, principalmente no lugar que julga ser seu território. O macho não entra cio ( ele está sempre no cio !, ou seja, pronto para acasalar ), não perde sangue , mas por outro lado costuma urinar em diversos locais para marcar seu território. - Fêmea: Costuma ter um porte menor, tende a ter um comportamento mais submisso ao dono. Entra no cio duas vezes por ano, durante aproximadamente 15 dias, dos quais em uma boa parte ela apresentará perda de sangue e atrairá machos durante 3 ou 4 dias. Tende a ser mais apegada às pessoas e menos ao território que o macho.Mais uma dúvida freqüente : vale a pena comprar um cão com pedigree? – A resposta é : vale, desde que possamos confiar no documento que o criador nos der, por isso é de fundamental importância procurar criadores idôneos.O pedigree é um documento que permite saber a procedência ancestral do cão, possibilitando alguma (não total) segurança na previsão de quais características ele terá, tanto físicas quanto de temperamento ( nada pior, por exemplo, que comprar um cão de proteção e ele se revelar um covarde, ou comprar um cão para nos fazer companhia em nossas corridas diárias e ele for portador de doenças nas articulações impossibilitando-o de correr.)Como encontrar criadores idôneos? No caso de Pastores Alemães a Sociedade Vale Paraibana Cães Pastores Alemães poderá indicar , na região, criadores idôneos onde o filhote deve ser procurado, podendo dar assistência na escolha mais adequada aos seus interesses. No caso de outras raças , o Kennel Clube de cada região terá esta obrigação.
A HORA DA ESCOLHA
É chegada a hora H , já escolhemos a raça , o sexo, o criador e agora vem o mais difícil e... gostoso – escolher o nosso filhote na ninhada.Lembre-se todo filhote é bonitinho, engraçadinho , fofinho e tem um poder enorme de nos cativar, por isso temos que ser os mais frios possível se quisermos fazer uma escolha sensata. Portanto neste momento deixemos a razão guiar nossa escolha. O ideal é que conheçamos os pais de nosso cão, pois ele herdará muito das características deles, boas e ruins. Seria muito bom também, se pudermos dispor de vários dias para conhecermos os filhotes e suas características a fundo, mas isso na maiorias das vezes não é possível. Outro ponto importante é termos condição de ver como se comportam os cães na ninhada. Devemos desconfiar se o criador não quiser mostrar pelo menos um dos pais, ou se recusar a deixar que façamos alguns testes com os filhotes. Observando a ninhada poderemos distinguir tipos distintos de comportamentos.Basicamente existem os dominantes, os tímidos e os de comportamento intermediário, existindo dentro destes tipos as diversas graduações.Os dominantes precisarão de mãos firmes e experientes para adestrá-los ou condiciona-los em nossos lares. Quando manuseados de forma adequada por pessoas experientes podem se tornar excelentes cães de proteção , ou ainda, excelentes cães de esportes . Entretanto, quanto mais dominante for o cão, mais experiência e técnica serão necessárias para adequá-lo as nossas necessidades.Os de comportamento intermediários, tendem a ser excelentes cães para pessoas com pouca experiência, sendo mais fáceis no manuseio.Aos tímidos , deve ser dada atenção especial para que se socializarem, expondo-os as mais variadas situações e pessoas e , dependendo do grau de timidez que apresentem, devem ser evitados . Se foram muito tímidos e manuseados de forma inadequada podem se tornar o que se costuma chamar de “mordedores de medo”, ou seja cães que se intimidam facilmente com situações novas e presença de pessoas estranhas mordendo por medo e causando acidentes freqüentes . Em alguns casos estes cães podem ser usados como cães de alarme, pois por serem inseguros estão sempre alerta e darão alarme ao menor sinal de perigo.Como poderemos distingüir estes tipos na prática?De uma forma bem simplificada podemos dizer que: Quando observamos a ninhada brincando, poderemos notar os que estarão constantemente disputando ( e freqüentemente ganhando) lutas ou brinquedos com seus irmãos, procurando domina-los. Quando os pegamos e colocamos de costas contra o chão segurando firmemente por algum tempo, eles dificilmente aceitam , lutando para sair desta posição de dominados. Serão os dominantes.Existirão aqueles que aceitam a brincadeira mas não farão tanta força para dominar ou ganhar do irmão, aceitando mais facilmente a perda do brinquedo. Quando colocados de costas no chão, lutam um pouco mais logo aceitam a posição não lutando para sair da situação. Serão os de comportamento intermediário.Poderão existir ainda aqueles que ficam parados num canto, com receio de se aproximar quando chega uma pessoa estranha no canil. Não conseguem disputar muito com os irmãos os brinquedos. Geralmente as pessoas sentem pena destes cãozinhos e querem adota-los. Estes serão os tímidos.Mantendo em mente as diferenças óbvias entre as raças , apresentamos aqui , em linhas bastante gerais algumas dicas para você escolher um cão adequado as suas necessidades.Sempre que possível procure se orientar com entidades e criadores idôneos, ligados as raças que lhe interessam, sobre suas características próprias e tipo de manuseio adequado.

## COMO EVITAR ACIDENTES ##

COMO EVITAR ACIDENTES
Com a crescente onda de violência que assola nosso país, muitas pessoas compram cães de grande potência física, classificados como cães de guarda para se protegerem. O manuseio errado destes animais podem torna-los perigosos não só para a comunidade como também para os próprios donos.
Estatísticas A Mídia noticia freqüentemente casos de acidentes envolvendo cães que atacam e ferem gravemente pessoas, não raramente matando-as . Muitas vezes estes ataques acontecem dentro da própria casa onde mora o animal. Crianças e idosos são vítimas freqüentes. Nos Estados Unidos, estatísticas mostram que 60% dos acidentes envolvem crianças. Aqui em São José dos Campos os números são alarmantes : são oficialmente registrados mais de 300 casos por mês!, de fato este número tende a ser bem maior pois muitas pessoas não procuram atendimento médico nem relatam o ocorrido nos órgãos municipais responsáveis.
CausasEstes acidentes estão geralmente relacionados ao mau manuseio do animal pelo proprietário e/ou adestrador e em alguns casos a imprudência da vítima. Cabe ao proprietário ter a posse responsável do cão , socializando-o e adestrando-o de forma correta e responsável, procurando sempre pessoas idôneas e de boa capacidade técnica para tal. A escolha do filhote é também é muito importante. É um momento em que a razão deve prevalecer sobre a emoção. Deve-se sempre solicitar a orientação de uma pessoa com experiência e conhecimento suficiente para fazer a seleção.
Socialização e adestramentoDesde filhote o cão deve ter contato , dentro do possível , com outros cães, pessoas, ambiente externo à sua casa, enfim contato com o ambiente de vida humano de forma que os acontecimentos do cotidiano passe a ser natural para ele ( ver artigo sobre socialização). Todo o cão comprado para a guarda, seja pessoal ou de território, deve ser adestrado para obediência básica e , somente quando seu temperamento assim o permitir, ser treinado para fazer serviço de proteção. Ou seja, nem todos indivíduos de uma determinada raça usada como “ cão de guarda” servem para este fim. Quando se treina um cão sem o temperamento adequando para fazer serviço de proteção entra-se em um terreno muito perigoso onde o risco de acidente é eminente. É importante ter em mente que a avaliação dependerá do propósito e do tipo de proteção que se exigirá do cão. Por exemplo um cão que fará proteção pessoal terá características diferentes de um cão que fará guarda do quintal de uma casa, ou será usado em lugares onde não terá contado com pessoas. E nestes dois últimos casos, precisa-se saber se o cão servirá somente para dar “ alarme” ou se precisará agir quando alguém adentrar a residência ou nos lugares protegidos.
Hierarquia na famíliaUma vez adquirido o cão que conviverá com a família, deve-se desde o início estabelecer claramente as distinções hierárquicas. Os membros da família devem estar acima do cão na escala hierárquica, tomando especial cuidado com relação as crianças. Nestes casos as fêmeas tendem a ser menos dominantes e mais fácil de aceitar uma posição mais baixa na hierarquia, e freqüentemente não disputam lugares de dominância com o líder.
Crianças Deve-se prestar especial atenção a qualquer sinal de dominância do cão com relação a crianças. Alguns sinais típicos são por exemplo, o cão durante brincadeiras querer se posicionar sobre a criança adotando uma postura de dominância , rosnar impedindo-a de transitar ou acessar determinados locais , urinar em cima delas etc. Nestes casos , o cão deve ser imediatamente corrigido , de preferência pela própria criança ( caso de filhotes ou cães jovens) mostrando a ele seu lugar na hierarquia familiar. Uma outra pessoa pode tomar esta atitude de repreensão , mas não será tão eficaz pois o cão não apreende que a criança é hierarquicamente superior e pode repetir o comportamento quando estiver sozinho com ela . No caso de cães adultos demonstrando este comportamento de dominância , aconselha-se a evitar o contado com crianças pois o risco de acidente é potencialmente muito alto. De qualquer forma o mais aconselhavel é nunca deixar crianças sozinhas com cães sem a supervisão de um adulto.
Grupos de cães Outro aspecto importante é o número de cães a se ter em casa. Os cães são seres gregários e tendem a formar grupos ( matilhas) com hierarquias estabelecidas e, a depender do temperamento dos cães envolvidos, podem apresentar maiores problemas no trato, ficarem mais resistentes à correções e em caso de agressões , estas serem muito mais graves pois eles agem em grupo, causando danos muito maiores. Não é raro acontecer brigas entre eles e , na tentativa de controla-las, o proprietário pode ser ferido gravemente. Por isso não é aconselhável pessoas inexperientes possuírem vários “ cães de guarda” convivendo juntos pois o manuseio do grupo de cães tende a ser muito mais difícil. A mídia está repletas de casos de agressões provocadas por grupos de cães . Estas agressões muitas vezes não aconteceriam ou não teriam desfechos tão trágicos se envolvessem apenas um cão.
Como agir em situações de perigo Em muitas situações as mordidas de cães podem ser evitadas bastando ter em mente o que fazer. Alguns conselhos úteis:- Não tome liberdades com cães estranhos, mesmo com o consentimento do condutor. Ensine as crianças a fazerem o mesmo.- Se um cão estranho e potencialmente perigoso vier cheirar você, fique calmo e não se mova. Ele possivelmente irá embora. - Se um cão vier em sua direção com atitude ameaçadora não fuja a não ser que tenha certeza que atingirá um lugar seguro antes de ser alcançado pelo cão. Fique calmo e dentro do possível não demonstre medo, não grite ( se tiver que falar algo, fale calma e firmemente) e evite contato visual. Na maioria das vezes o cão mudará de atitude e irá embora. - Caso o pior aconteça e você seja mordido, procure não mexer o membro atingido, pois isto estimulará o cão a morder mais forte. Se você cair no chão, fique em posição fetal, protegendo sua face e nuca com as mãos.
Como agir após um acidente
Caso seja mordido ou arranhado por um cão :- Lave imediatamente o local com água em abundância e sabão. - Procure um centro de saúde ou pronto socorro mais próximo para que seja corretamente medicado e vacinado se for o caso.- Não abandonar o tratamento iniciado.- Não matar o animal .- Mantê-lo preso por 10 dias para observação.- Notifique o Centro de Controle de Zoonoses.

## SOCIALIZAR É PRECISO ##

SOCIALIZAR É PRECISO
Existe coisa mais patética do que uma pessoa “passeando” com seu cão pela rua e o dito cujo querendo morder a tudo e a todos, assustado com barulho de carros, quase se enforcando de tanto puxar a própria guia, as pessoas que caminham na calçada tendo que atravessar a rua , apavoradas com aquela verdadeira cena de terror, etc, etc ? Difícil não é? Esta cena, além de ser uma situação bem comum, envolve grande risco aos transeuntes , ao dono do animal e ao próprio cão. Como evitar? A palavra é SOCIALIZAÇÃO!.Poucas pessoas sabem da importância da socialização de seu cão. Pois bem, pretende-se nestas linhas tentar esclarecer alguns aspectos desta socialização. Socializar um cão é faze-lo interagir com os seres humanos e com o ambiente onde vivem os humanos, da forma mais natural possível. Os benefícios são inúmeros, tanto para o cão e seu dono quanto para a comunidade em geral. Com um cão socializado adequadamente, o risco de acidentes como agressões sem motivo a pessoas ou outros animais são muito menores, podendo mesmo ser nulo dependendo do temperamento do cão. Pois bem, o processo de socialização do cão é bastante simples. Tudo começa com o filhote. Quanto mais cedo este processo se inicia, mais rápido e melhor serão os resultados. A idéia básica é expor o animal ao ambiente humano progressivamente, de forma que ele se sinta perfeitamente à vontade neste meio. Lembre-se que o ambiente em que vivemos compreende outras pessoas, eventualmente multidões, sons de diversas tonalidades e intensidades, odores variados, pisos de diversas rugosidades, escadas, automóveis, florestas ,etc. Enfim nosso ambiente é bem variado e é importante, por motivos de segurança até, adaptarmos nosso cão a ele.Esta adaptação deve ser feita de forma progressiva e respeitando sempre o temperamento do cão.Didaticamente , pode-se usar como exemplo dois extremos do temperamento canino: 1- Existem cães que naturalmente se sentem seguros nos mais diversos ambientes, sendo bastante simples o processo de socialização, bastando expô-los aos mais diversos ambientes humanos e eles se adaptarão sem problemas.2- Existem, porém , cães bastante inseguros quanto a ambientes novos ou pessoas estranhas, e seu comportamento pode ser bastante afetado nestas condições. Não respondem adequadamente ao estímulo externo, podendo muitas vezes reagir agressivamente (defesa) a movimentos bruscos feitos por outras pessoas ou animais, o que pode ser perigoso e causar graves acidentes, principalmente com crianças. Com estes cães a socialização é imperativa. Deve-se, com todo o cuidado, ir expondo o animal gradativamente à proximidade de pessoas, provocando situações do cotidiano e, encorajando-o a enfrenta-las. Quando o cão se mostrar agressivo, deve-se corrigi-lo prontamente e mostrar e ele que a situação não oferece perigo. Este tipo de cão deve ser sempre encorajado a explorar novos ambientes ( com a supervisão do condutor, quando necessário). Com o passar do tempo e aumento da confiança do cão, deve-se ir expondo-o pouco a pouco , a situações mais complexas , sempre seguindo os conselhos anteriores. Com muita paciência e alguma técnica, é surpreendente o progresso que se consegue nestes casos . Nos casos mais graves de insegurança é desaconselhável que se adestre o cão para proteção pessoal ou mesmo guarda de residências. Nestes casos o cão deve ser adestrado visando apenas obediência, enfatizando o controle do animal nas mais diversas situações. Certamente entre estes dois extremos de comportamento vistos acima está a maioria dos cães, indivíduos com características próprias. Alguns podem se mostrar seguros em determinadas situações e inseguros em outras, podem enfrentar sem problemas multidões e se assustar com barulhos por exemplo. De qualquer forma deve-se usar o bom senso em cada caso e conhecer muito bem o cão que está em processo de socialização, lembrando que este processo é contínuo. Alguns progridem mais rapidamente, outros mais lentamente mas sem dúvida a socialização irá beneficiar a todos, cão, proprietário e principalmente a comunidade.

##AGRESSÃO – CAPÍTULO 3 ##

AGRESSÃO – CAPÍTULO III
Na última parte deste trabalho sobre agressão canina, abordaremos agressão induzida por dor, agressão predatória, agressão redirecionada e agressão territorial.
AGRESSÃO INDUZIDA POR DOR :
A tendência do cão , quando submetido à dor, de reagir agressivamente à origem dessa sensação. Este comportamento faz parte da bagagem genética responsável pela sobrevivência. Apesar de constituir parcela mínima dos casos registrados de agressão, deve-se ter atenção especial com crianças, não deixando nunca estas interagirem com cães sem supervisão. Um pisão na cauda, um beliscão na orelha ou algo parecido pode causar acidentes se o cão for muito sensível a dor ou tiver tendência a exibir agressão induzida por dor.Um fator que potencializa os acidentes é o cão ser dominante, pois quando a agressão por dominação se combina a agressão induzida por dor os acidentes tendem a ser muito mais freqüentes e sérios ( ver artigo sobre como evitar acidentes com cães).
AGRESSÃO PREDATÓRIA :
Este tipo de agressão provém do impulso de caça, característico dos animais carnívoros. O comportamento de caça inclui alerta, espreita, perseguição, ataque, matança e ingestão. Normalmente na seleção dos cães domésticos os impulsos de matança e ingestão estão atrofiados, porém em muitos deles a perseguição e o ataque continuam fortemente atuantes, de forma que uma criança correndo em direção contrária a do cão (fugindo dele) despertará o impulso de perseguição e de ataque, podendo ser causa de acidentes sérios. Uma forma de bloquear este impulso é parar a fuga, ficando de pé ou deitado no chão. Sem o estimulo da perseguição o cão freqüentemente perde o interesse (ver artigo sobre como evitar acidentes com cães).
AGRESSÃO REDIRECIONADA :
Neste processo , uma agressão frustrada , inicialmente focada em um objetivo é redirecionada para outro , satisfazendo assim o impulso inicial. Ou seja, caso o cão não possa direcionar sua agressão para o estímulo inicial é possível que o impulso agressivo seja redirecionado para pessoas ou animais próximos. Um exemplo clássico é o do cão dentro do quintal , excitado e latindo em agressão para outro cão na rua. Em determinado momento, frustrado diante da a impossibilidade de atingir seu objetivo inicial, pode redirecionar e agredir um outro cão companheiro de quintal ou uma criança próxima. Uma outra forma de agressão redirecionada ,ao nosso ver , é a quando o cão recebe uma punição de um membro superior na hierarquia (pode ser seu dono) e para refrear sua frustração, agride membro inferior hierarquicamente. Como por exemplo um cão que recebe punição de seu dono e agride imediatamente outro cão ou ser humano submisso a ele.
AGRESSÃO PROTETORA DE TERRITÓRIO :
É instintivo no cão o impulso de proteção territorial contra intrusos. O objetivo e consequentemente a recompensa é a fuga do “ invasor”. Este comportamento independe do proprietário estar ou não no território e é dependente de outros fatores, tais como: - Quanto mais próximo do centro do território maior o instinto de proteção.- Territórios pequenos são defendidos mais fortemente que os grandes.- Quanto maior a população dentro do território maior o instinto de proteção. - Cães com dietas ricas em proteínas aumentam sua agressão territorial .

##AGRESSÃO 2 ##

AGRESSÃOCAPÍTULO II - OUTROS TIPOS DE AGRESSÃO
AGRESSÃO INDUZIDA POR MEDO
Medo pode ser definido como:“Perturbação resultante da idéia de um perigo real ou aparente ou da presença de alguma coisa estranha ou perigosa; pavor, susto, terror” - Dicionário Michaelis.Conforme definição de Beaver BV, The Veterinarian´s Enclyclopedia of Animal Behavior, University Press, 1994: “Medo é uma sensação de desconforto ou constrangimento causada pela proximidade de um objeto ou indivíduo particular” Cães que experimentam a sensação do medo podem responder ao estímulo com uma atitude de fuga, submissão ou agressão. Esta última forma de resposta produz o chamado “Mordedor por medo” ou como dizem muitos “mordedor de medo”, cão bastante propenso a causar acidentes. Por exemplo, uma criança que se aproxima do cão rapidamente mantendo contado visual pode ser fonte de medo para um cão inseguro e, se este responder ao medo com agressão, o resultado pode ser facilmente previsível. Situações que causam dor ou perspectiva da dor a um mordedor por medo , também podem ser respondidas com agressão, não pela dor propriamente dita, mas pela sensação de medo experimentada. Desta forma um mordedor por medo é inseguro quanto às experiências corriqueiras tais como encontros sociais, proximidade com objetos estranhos, etc. e está sempre pronto a responder com agressão a esta insegurança. É interessante notar que um mordedor por medo exibe muitas vezes uma linguagem corporal bastante ambígua. Enquanto a parte anterior pode exibir sinais que seriam de dominação tais como olhar fixo e dorso mais alto - apesar da cabeça estar geralmente mais baixa, as patas traseiras podem estar flexionadas e a cauda entre as pernas em sinal de submissão. As estatísticas mostram que a mordedura por medo representa até 23% dos casos de agressão e que a taxa tende a ser maior em fêmeas, sendo que a castração não influi no comportamento, tanto de machos como de fêmeas. Freqüentemente as causas deste distúrbio de comportamento são genéticas, podendo, entretanto, também ter causas ambientais. Em casos de mordedores por medo, o mais correto a se fazer é a dessensibilização, ou seja, expor o animal gradativamente a situações de gerariam medo e deixá-lo confortável, através de recompensas como comida e carinho. É interessante também corrigi-lo quando ele mostrar agressão. Com o tempo, a tendência é a diminuição das agressões, e em alguns casos, de forma bastante pronunciada. Entretanto é importante salientar o problema nunca cessará definitivamente e por completo, principalmente se for por causas genéticas, devendo o proprietário ficar sempre atento a situações que podem causar medo ao seu animal.
AGRESSÃO ENTRE CÃES DO MESMO SEXO.
Agressão entre cães de sexos diferentes é quase inexistente sendo a agressão intra-sexual muito mais importante. Nesta modalidade a agressão entre machos é relativamente comum, sendo exibida mais freqüentemente em machos não castrados. Já a agressão entre fêmeas é menos comum, mas não é rara. A modificação do comportamento através de estímulos positivos e correções pode ajudar, mas na maioria das vezes quando dois machos ou duas fêmeas que compartilham o mesmo espaço físico mostram sinais de agressão intra-sexual, a melhor maneira de resolver o problema definitivamente é a separação física dos envolvidos. É importante lembrar que a briga entre cães pode ser bastante violenta e o proprietário ou outra pessoa deve tomar todo o cuidado na tentativa de separar os cães, para não se ferir.
AGRESSÃO PROTETORA DE OBJETOS:
Este tipo de comportamento é relativamente comum, 17% dos casos de agressão, aproximadamente - Beaver BV, The Veterinarian´s Enclyclopedia of Animal Behavior, University Press, 1994. O cão guarda com agressividade, brinquedos que ele gosta ou objetos roubados tais como panos ou objetos do lixo. O problema também pode estar relacionado com dominância. Muitas vezes o proprietário reforça tal comportamento trocando tal objeto por comida, desta forma o cão se sente recompensado e estimulado a repetir tal atitude. Outras vezes o proprietário recua diante da atitude agressiva do cão, estimulando novamente o comportamento.Nestes casos o importante é mostrar ao cão, desde cedo, que o brinquedo pertence ao proprietário. O cão terá a chance de brincar com o objeto, mas a brincadeira deverá acabar assim que o proprietário quiser e o brinquedo deve ser retirado do cão. Quando o animal aceitar esta situação o problema cessará.
AGRESSÃO PROTETORA DE ALIMENTOS:
Em alguns cães a agressão protetora de alimentos pode estar relacionada com situações de dominação enquanto que para outros não apresenta relação com qualquer outro tipo de agressão. Não é um problema fácil de se eliminar, pois é um comportamento diretamente ligado a sobrevivência. Uma atitude correta do proprietário é mostrar ao cão, desde cedo, que uma atitude agressiva na hora da alimentação significará, por exemplo, deixar de ser alimentado naquele momento, pois a comida será retirada. Em um cão adulto, o problema já se mostra bem mais difícil de ser resolvido, principalmente se estiver relacionado à dominância. O processo que poderá ser empregado para solucionar ou amenizar o problema é o mesmo descrito acima, obviamente com muito mais dificuldade em sua execução.

##AGRESSÃO ##

AGRESSÃO
CAPÍTULO I - Agressão por Dominação







A agressão é um comportamento natural importante na vida do cão, na convivência e nas relações de hierarquia dentro da matilha. Entretanto, este comportamento pode ser fonte de muitos problemas (ver também artigo sobre “Como evitar acidentes com cães”). O correto entendimento das diversas formas de manifestação do comportamento agressivo e dos estímulos que lhe são causadores , é de fundamental importância para a superação dos aspectos negativos e para a correta canalização da agressão para propósitos úteis.

Diversas formas de agressão:

Segundo dados colhidos no livro Comportamento Canino, Bonnie V. Beaver, Roca,2001.

A incidência de agressão com relação ao sexo do cão se dá da seguinte forma:
Machos não castrados : aprox. 52%
Machos castrados : aprox. 16%
Fêmeas não castrados : aprox. 16%
Fêmeas : aprox. 16%

Agressão predatória e não predatória
Basicamente existem duas formas de agressão: A chamada agressão predatória ou não efetiva e a não predatória ou efetiva.
A agressão predatória é deflagrada por presas em movimento. Geralmente não são acompanhadas de alterações significativas de humor, não existindo sinais claros de uma agressão eminente.
Já a agressão efetiva envolve grandes alterações do humor. São acompanhadas de linguagem corporal típica de agressão, havendo geralmente sinais de aviso, tais como dentes a mostra, rosnado, etc.
Fazendo parte do segundo grupo temos a agressão por dominação.
Agressão por Dominação
A agressão por dominação pode ser direcionada contra pessoas ou contra outros cães.
Com relação aos tipos de agressão em direção a seres humanos, para efeitos didáticos, podemos abordar três situações onde este tipo de agressão poderá provavelmente se manifestar.

Cão extremamente dominador- “chamado Alfa”.
Este tipo de cão, mesmo tendo um proprietário com forte personalidade, estará desafiando-o constantemente. Com estranhos, uma simples troca de olhar pode ser motivo para agressão. O cão sempre passará perto de outras pessoas com linguagem corporal típica de dominação tais como dorso rígido e calda ereta. Será necessário um proprietário muito experiente para conviver satisfatoriamente com tal tipo de cão.

Cão medianamente dominador com proprietário tímido.
Situação bem mais comum de se encontrar e grande fonte de problemas de agressão. Neste caso o cão com alguma tendência dominante encontra no proprietário tímido um campo fértil para sua dominação crescer e se acentuar. Quando brotam os primeiros sinais de dominação por parte do cão, como por exemplo, relutar em sair de um lugar, esboçando de forma fraca uma atitude mais agressiva, o proprietário recua (provavelmente por medo), reforçando desta forma tal atitude. Com o passar do tempo o cão irá se tornar mais e mais dominador e suas atitudes serão cada vez mais sérias e agressivas, podendo causar sérios acidentes. É importante acentuar que o problema não é propriamente o cão, mas uma combinação errada da personalidade cão-proprietário. Normalmente tal tipo de cão seria um ótimo companheiro para um dono menos tímido e mais impositivo.


Cão que não aprendeu a submissão.
Os cães são seres sociais e suas relações fortemente baseadas em relações hierárquicas. Desta forma, é importante que todo animal doméstico seja submisso aos membros da família e principalmente ao proprietário. Isto precisa ser ensinado a ele. Para o cão, os membros da família são sua matilha, e se o proprietário não assumir a liderança da matilha, o cão pode assumi-la, com resultados perigosos. Muitos proprietários, com uma criação extremamente liberal e muitas vezes recompensando sinais de dominação, acabam transformando cães que normalmente não seriam dominadores em cães potencialmente perigosos, simplesmente porque não mostraram ao cão seu lugar na hierarquia.

Observações importantes:
Obs 1: é importante ficar claro que mostrar ao cão seu lugar secundário na escala na hierárquica não significa agredi-lo ou coisa parecida. Bastam atitudes firmes nas horas certas e em hipótese nenhuma recompensar sinais de dominação.
Obs 2: Uma vez bem estabelecida a relação de dominação, o processo de reversão desta ordem é um processo bastante demorado e estressante, sem garantia de sucesso; mesmo quando a reversão é conseguida, exigirá esforço para ser mantida. Portanto é imperativo não deixar que tal tipo de relação se estabeleça, do cão para o proprietário ou para com pessoas da família.

Alguns eventos podem ser associados à agressão por dominação:
(Comportamento Canino, Bonnie V. Beaver, Roca,2001)

- Colisão corporal com pessoas
- Agressão resultante de perturbação do cão durante seu repouso.
- Agressão após correção física.
- Não dar preferência de passagem para pessoas
- Atitude agressiva quando recebe comando
- Atitude agressiva quando é escovado
- Apoio no proprietário
- Atitude agressiva quando é pego ou contido.
- Colocação das patas dianteiras nos ombros ou nas costas do proprietário.
- Proteção de alimentos
- Proteção de brinquedos ou objetos roubados.
- Remoção do cão da cama ou sofá resulta em agressão.
- Resistência em posturas submissas.
- Rosnado espontâneo
- Ameaça a uma pessoa que passa por cima de seu corpo
- Retrucamento a correções verbais
- Atitude agressiva quando tocado ou abraçado

Um evento único, dos acima citados não é significativo de modo geral. Um diagnóstico de dominação geralmente requer pelo menos três situações que resultem previsivelmente em agressão.





## CÃES É SUAS FUNÇOES DE ORIGEM !!##

PASTOR ALEMÃO

INTRODUÇÃO:
O cão é um dos animais mais bonitos, conhecidos e mais difundidos, com características que fazem que seja um amigo por excelência. O Pastor Alemão é Leal, vontade de agradar ao dono, companheiro, inteligência acima da média canina, sinceridade, e estas são apenas algumas dessas características.

Sendo a raça de Pastor Alemão a abrir este tópico, pois foi a primeira a ser Pára-quedista Português. No dia 4 de Julho de 2007, na comemoração dos 50 Anos dos Cães nos Pára-quedistas Portugueses foi precisamente um Pastor Alemão a saltar num “Salto Tandem”.

Na minha opinião é um dos melhores para executar todos os serviços no meio militar, incluindo saltar de pára-quedas. É o cão mais utilizado em todo o Mundo tanto em forças militares como policiais.

Apesar de haver várias opiniões sobre a origem do Pastor Alemão, ou se foi o resultado do cruzamento das várias raças de pastores já existentes na Alemanha, ou o resultado do cruzamento de cadelas de pastor com lobos.

O Pastor Alemão como hoje o conhecemos foi trabalhado por um senhor chamado Max Von Stephanitz, Capitão da Cavalaria Alemã, e através de cruzamentos e selecção controlada, chegou ao que se define como o primeiro Pastor Alemão, um espécime de pelagem tipo capa preta, o Horand Von Grafth, apresentado numa feira em 1882, em Hanôver, Alemanha. Em 1899, o Capitão Max fundou a Verein Für Deustcher Schaferhund, a primeira sociedade a definir o standard oficial do Pastor Alemão, sendo hoje a maior do mundo em uma só raça. Devido ás suas excelentes capacidades foi usado pelos alemães na primeira e segunda guerra mundial, odiado pelos ingleses e franceses no pós-guerra devido a ser chamado de Pastor Alemão, ao ponto de terem trocado o nome para Pastor Alsaciano ou Pastor da Alsácia, erro que ainda hoje leva pessoas a julgar que são duas raças distintas.

Devido à sua inteligência e capacidade de aprendizagem, pode ser treinado para tarefas tão distintas como busca e salvamento, guarda e vigilância, patrulha, guia para cegos, procura de criminosos, pistagem, recuperação de feridos, etc. Em qualquer situação realiza as tarefas de que foi incumbido com grande vontade e entusiasmo.

Apesar de ser classicamente utilizado como cão de guarda adapta-se perfeitamente ao ambiente familiar e é uma boa companhia. O cuidado especial dos criadores ao longo dos anos fizeram desta raça um cão bem adaptado com boa personalidade.

ASPECTO GERAL:
De tamanho médio, é muito ágil, resistente e saudável. A pelagem dupla, lisa e áspera. Possui cabeça possante e grandes orelhas erectas, corpo sólido e alongado, patas flexíveis mas de ossos robustos e cauda longa. São aceites todas as cores, excepto o branco, desde os cinzas até ao preto inteiro. O espécime capa preta é o mais comum. A altura nas fêmeas é de 55 a 60 cm, peso entre 30/40 kg, nos machos é de 60 a 65 cm, peso entre 34/45 kg.

CARACTERÍSTICAS:
Sociável, destemido, corajoso com um perfeito controlo nervoso, é capaz de distinguir amigo de inimigo, mesmo não conhecendo as pessoas. O corpo é ligeiramente mais comprido em relação à sua altura, o que proporciona uma marcha alongada e elegante. Existem dois tipos de cão, o Pastor Alemão de pêlo curto e o Pastor Alemão de pêlo comprido. Quando o cão está em alerta, as orelhas devem estar erectas. Os cachorros, normalmente, erguem as orelhas definitivamente, entre o quarto e sexto mês.

TEMPERAMENTO:
Olhar vivo, que expressam inteligência e serenidade. As qualidades mais importantes que deve ter em atenção e quase indispensáveis são; inteligente, corajoso, franco, personalidade sólida e calma.

APTIDÕES:
O Capitão Von Stephanitz, nunca escolheu um cão pela sua beleza ou aparência sempre procurou um cão de trabalho, robusto, resistente, ágil, inteligente, bom guarda, leal e de confiança. Desde sempre tentou que a relação entre o cão e o seu treinador/dono fosse cooperação e coordenação no trabalho diário.
Sendo estes factores os dominantes na escolha e utilização desta raça por forças militares e policiais por todo o planeta.

CONSELHOS GERAIS:
Embora sendo um cão rústico, o Pastor Alemão depende muito do dono para se manter em boa saúde. Na escolha e aquisição de um Pastor Alemão, deve sempre procurar ajuda e orientação de um criador de confiança, Associação ou Clube de Cães Pastores Alemães que poderá encontrar no site do Clube Português de Canicultura (http://www.cpc.pt).

Sempre que adquirir um cachorro a um criador, no mesmo momento em que o cão lhe é entregue, tem o pedigree, o formulário para a transferência, o boletim de vacinas actualizado e RX de despiste da dispepsia da anca dos progenitores. Além disso, o criador também costuma acrescentar algumas orientações a respeito do esquema de alimentação do cachorro.

Lembre-se que a prevenção é a melhor maneira de combater doenças e manter o seu cão saudável.

Origem: Alemanha
Classificação: Raça de Pastores
Altura: 57 para 62 cm
Peso: 34 para 40 Kg




GOLDEN RETRIEVER

INTRODUÇÃO:
Este é um cão utilizado em muitas situações militares e civis. Pois detém um faro bastante apurado e torna-se muito eficaz na detecção de estupefacientes, explosivos e todo o tipo de buscas.

ASPECTO GERAL:
Simétrico, equilibrado, activo, potente com andamento solto. Apresenta uma construção sólida com expressão amistosa.
A sua expressão amistosa, dá-nos a sensação de confiança, inteligência, curiosidade, meiguice e desejo de contacto. Não deve ter uma expressão medrosa insegura e nem mostrar qualquer agressividade.

CARACTERÍSTICAS:
Dócil, inteligente, com uma aptidão natural para o trabalho.
O instinto de cobro é essencial num Golden Retriever. Sem ele dificilmente poderão desempenhar funções na caça. Ao ser um cão obediente e inteligente unido ao seu instinto natural, faz com que seja um cão muito fácil de educar.

TEMPERAMENTO:
Simpático, amistoso, confiante e seguro de si mesmo. Em todo o momento deve demonstrar uma confiança instintiva no seu contacto com o homem, perante um novo fenómeno a reacção será de curiosidade e nunca de agressividade e medo.

APTIDÕES:
A raça Golden Retriever é utilizada para o cobro da caça, para a busca e salvamento de pessoas , detecção de drogas e explosivos, cães guia , cães de terapia, cães de desporto e de companhia .
Participam igualmente com grande sucesso em provas de caça, exposições de beleza, provas de agility e de obediência.

Este é sem duvida um bom cão para detecção de drogas, explosivos, etc.

Estes exemplares também foram bastante solicitados para procurar sobreviventes no World Trade Center.

Origem: Grã-Bretanha
Classificação: Cães de água, levantadores e retrievers
Altura: 51 para 61 cm
Peso: 27 para 36 Kg




CÃO DE TERRA-NOVA

INTRODUÇÃO:
O Terra-Nova ou Newfoundland, originário do noroeste do Canadá, descende de cães dos Pirenéus levados para a Terra-Nova pelos pescadores de bacalhau Bascos. A sua origem remonta a 1700, quando os primeiros Terra-Nova eram de variedade Landseer : branco e preto. O Terra-Nova de cor preta que conhecemos hoje é provavelmente fruto de uma selecção rigorosa. Estes cães foram trazidos posteriormente para a Europa por outros pescadores de bacalhau, adquirindo uma certa popularidade. Esta popularidade alcançou o expoente máximo, quando a 1886, a raça foi oficialmente reconhecida pelo clube Inglês do Terra-Nova.

ASPECTO GERAL:
Este cão possui um andar ligeiro, apesar das suas grandes dimensões. Possui um crânio maciço e largo; orelhas pequenas, junto à cabeça; olhos pequenos, castanhos-escuros, colocados lateralmente; nariz quadrado e curto; dorso largo e pescoço forte; pés grandes e fortes.

CARACTERÍSTICAS:
As características mais evidentes do Terra-Nova são a sua força e o seu ar activo, este cão em pequeno, parece mais uma cria de urso que um cachorro.
Uma das características importantes do Terra-Nova é a palmura existente nas patas. Com efeito, os dedos estão interligados por uma membrana. A cor mais vulgar é o preto, admitindo-se também a cor de bronze, assim como algumas malhas brancas no peito e nos dedos.

TEMPERAMENTO:
Apesar das suas dimensões imponentes, é gentil e afectuoso, inteligente e fiel, dócil e também um excelente guardião da casa, um cão de tiro possante e um grande companheiro.

APTIDÕES:
Celebrizou-se nos salvamentos de numerosos marinheiros, cujos barcos naufragavam nos recifes da Terra-Nova. Atira-se instintivamente à água onde se sente tão à vontade como em terra. Dizem que sabe nadar debaixo de água.


Origem: Canadá
Data de origem: século XVII
Classificação: Cães de Trabalho
Altura: 66 para 71 cm
Peso: 63 para 68 Kg




ROTTWEILER

INTRODUÇÃO:
O Rottweiler é um cão de linhagem muito antiga que se pensa ter surgido numa cidade chamada Arae Flaviae fundada pelos Romanos, aquando das suas incursões no território alemão. Neste contexto, pensa-se que descende de um Mastim, não só pela sua notável inteligência, mas também pela vincada capacidade de trabalho.

A Arae Flaviae corresponde hoje a Rottweill, localizada perto da Floresta Negra. Este cão acompanhou o desenvolvimento da cidade que lhe deu o nome e nela evoluiu, desempenhando diferentes tarefas. Conta-se que inicialmente trabalhou como cão de carga entregando carne, daí que também seja conhecido por Metzgerhund (Cão do Carniceiro). Revelou-se igualmente útil na condução do gado e a puxar pequenos veículos com cargas de leite. Diz-se que alguns comerciantes tinham por hábito guardar, nas coleiras destes cães, o dinheiro que faziam nas feiras, por segurança.

A prosperidade desta raça foi no entanto ameaçada quando, no séc. XVIII, o Governo estabeleceu que o transporte de gado fosse feito por comboio. Tal afectou o “stock” da estirpe naquele país, já que o Rottweiler ao perder uma das suas mais importantes tarefas, deixou de ser tão cobiçado e consequentemente tão largamente criado. Ainda assim, o primeiro registo de um exemplar teve lugar numa exposição canina em Heilbronn, no ano de 1882.

Em 1901, surge um clube que agrupa duas raças: o Rottweiler e o Leonberger. Apesar do seu curto tempo de existência, esta entidade ofereceu-nos o primeiro standard da raça. A partir de então, a história desta raça toma um rumo diferente. Em 1907, surge o Deustcher Rottweiler Klub, em Heiderberg, filiado na Associação Alemã de Cães Polícia e o Internacional Rottweiler Klub, cuja linha de acção privilegiava a beleza da estirpe. A fusão destes dois clubes origina, em 1921, o aparecimento do Allegmeiner Deutscher Rottweiler Klub (ADRK), que publica, em 1924, o primeiro Livro de Origens da raça.

Por volta da I Guerra Mundial, a sua popularidade já há muito que havia sido estabelecida no meio policial, que a nomeara “cão-polícia”, em 1910. Os dois conflitos mundiais foram (tal como nas demais raças) momentos particularmente difíceis para o seu desenvolvimento, mas os esforços que foram sendo realizados pelos seus admiradores revelaram-se bastante positivos.

Em 1935, a raça foi oficialmente reconhecida pelo Kennel Club americano e, no ano seguinte chega á Grã-Bretanha. Em 1966, recebe um registo separado da parte do Kennel Club britânico.

ASPECTO GERAL:
Rottweiler é um cão de porte musculoso e robusto, mas com linhas elegantes e bonitas. Os machos medem nas espáduas cerca de 60 cm e as fêmeas cerca de 56 cm. O seu peso atinge os 50 kg nos primeiros, e os 40 Kg nos segundos.

A pelagem é de tamanho médio e apresenta-se rija. O sub-pêlo é abundante, curto e denso. As cores permitidas são o vermelho, cinzento lobeiro e o preto (que pode ou não ter marcas mais claras).

A cabeça de raposa é grande e larga entre as orelhas e possui um chanfro acentuado. Os olhos amendoados são castanhos, de expressão calma e segura e as orelhas são pequenas e triangulares, pendendo dobradas para a frente, ligeiramente afastadas da cabeça. O pescoço é vigoroso, terminando num peito largo e forte de costelas bem arqueadas. Os membros anteriores têm os jarretes levemente descaídos. Os posteriores são largos e musculosos e têm os pés ligeiramente maiores que os anteriores. A cauda e longa e forte.

CARACTERÍSTICAS:
Estes cães são bastante inteligentes e têm uma personalidade forte. Como cães de guarda são extremamente atentos e são hostis para com os intrusos.
Na sua relação com a família, são animais alegres que gostam de receber atenção do seu dono. Lidam bem com as crianças e com outros animais de estimação, se forem devidamente habituados a conviver com estes.

TEMPERAMENTO:
O Rottweiler é uma companhia calma, silenciosa e obediente. Existem porem linhas de cães com temperamentos totalmente opostos. O seu nível de agressividade está muito dependente do tipo de treino que recebe, e é altamente desaconselhável estimulá-lo para o ataque.
Deve ser educado desde pequeno de uma forma sistemática e positiva, para que se torne num companheiro seguro. É aconselhável que o seu o dono possua alguma experiência em lidar com este tipo de perfil.

APTIDÕES:
É um cão de trabalho e adapta-se a qualquer tarefa. Basta ser actualmente uma raça de cães ao serviço dos pára-quedistas.

Origem: Alemanha
Data de origem: Século XIX
Esperança de vida: 9 a 12 anos
Classificação: Raça de Trabalho
Altura: 58 para 69 cm
Peso: 41 para 50 Kg




DOGUE ARGENTINO

Introdução:

O Dogue Argentino é uma raça que surge pela mão de dois irmãos da zona de Córdoba, na Argentina, tinham uma enorme paixão pela caça grossa, em particular, ao javali, mas sentiam necessidade de ter um cão que correspondesse as suas expectativas. Iniciam assim a criação daquilo que achavam que fosse um cão perfeito e capaz de se adaptar às condições agrestes das zonas rurais da Argentina.

Assim sendo iniciam um estudo, de raças, e começam cruzamentos selectivos entre raças que acham ter as condições necessárias, do Dogue Alemão a estrutura, do Boxer o carácter, vivacidade e dócil, do Pointer o faro, do Dogue de Bordéus os fortes maxilares, do Bull Terrier a coragem, do Irish Wolfhound a velocidade, do Cão dos Pirenéus a cor e do Mastif a força, entre outras raças.
Em 1928, foi definido o primeiro standard da raça, só em 1964 foi reconhecido pela Federação Argentina de Cinófilia e em 1973 internacionalmente

Aspecto Geral:

É um cão de grande porte, cabeça forte e maciça, focinho também forte e largo, olhos em tons de avelã com formato amendoado, Orelhas devem ser cortadas, erectas e de formato triangular, dorso e garupa forte e musculadas, peito largo e a cauda é grossa e longa. Pêlo curto, de cor branca, macio e assente. Altura dos machos é de 62 a 68cm e das fêmeas de a 60 a 65cm.

Características:

Molosso dentro das proporções desejadas, sem ser exageradamente enorme. Com aspecto equilibrado e vigoroso. Personalidade cordial e afectuosa, uma cor branca imaculada. Dogue Argentino demonstra ser um verdadeiro atleta. É um cão silencioso e raramente ladra ao acaso, devido ao facto de ter consciência do seu poder.

Temperamento:

Apesar do seu grande porte e aspecto intimidador, é um cão alegre, humilde, amigável e de uma lealdade extrema à sua família humana, muito activo e corajoso
De andar tranquilo, seguro, inteligente e de reacções rápidas, demonstrando permanente alegria nos seus movimentos. Jamais deve demonstrar agressividade, que deve ser prontamente e severamente observada e corrigida

Aptidões:

Como caçador é inteligente, astuto, silencioso, valente e de uma coragem admirável, ao serviço de forças militares e policiais tem sido usados em busca e salvamento, como guarda, em qualquer tipo de terreno, ele têm com almofadas plantares altas, carnudas, de sola áspera e com calosidades que permitem aliviar o impacto sobre o solo.

Origem: Argentina
Classificação: Cão de caça
Altura: 61 para 68 cm
Peso: 37 para 45 Kg




Cão de Fila de S. Miguel - Açores

Introdução:
Em Portugal existem várias raças, e de grande qualidade, que a generalidade do publico desconhece, neste enquadramento, está o Cão de Fila de São Miguel. Esta situação, com esta raça em particular, acontece devido a alguns criadores que, atrás de uma postura de manutenção de qualidade, pureza da raça e de manter o puro cão de trabalho, conseguem ter assim um controlo apertado sobre a venda dos cães, na minha opinião, estas medidas proteccionistas não fazem o menor sentido, o que não faltam são raças bastante difundidas e que não perderam o seu carácter, nem as suas qualidades rústicas e de trabalho, sendo que a existência de associações e clubes serve para defender e manter o standard e pureza da raça pela qual são responsáveis, e que sem isto esses mesmos clubes não fazem razão de existir.

O registo oficial foi iniciado no inicio da década de 80, apesar de haver registos da existência do Fila com mais de 300 anos, devido ao esforço e trabalho do Sr. António José Amaral em conjunto com a Veterinária Dr.ª Maria Machado Mendes Cabral.

Foi registada em 1982, o espécime numero 1, uma cadela de seu nome “Corisca”, da propriedade do Sr. José Amaral.

Em 1984 foi finalmente reconhecida pelo Clube Português de Canicultura, com a definição do estalão para a raça. È uma raça rara, com pouco mais de 3000 exemplares existentes, mas que faz parte integrante da cultura e tradições Micaelenses.

Aspecto Geral:
É um cão rústico, mais comprido que alto e que faz lembrar uma hiena, os machos têm uma altura de 50 a 60cm e um peso de 25/35Kg, as fêmeas de 48 a 58 cm e um peso de 20/30Kg.

Pelagem áspera, sendo o pêlo curto e lisa, com cor entre o amarelo-tostado, tons avermelhados e dourados ou cinzento, sendo obrigatório serem raiados. A cauda deve ser amputada pela 2 ou 3 vértebra, as orelhas são também normalmente cortadas. Práticas que hoje já não são permitidas em muitos países da União Europeia.

Características:
O Cão de Fila de S. Miguel é um trabalhador puro, concentrado no que faz e de uma agressividade particular necessária a uma boa condução de vacas nos campos verdes da ilha. É um guarda dedicado, seja da propriedade do seu dono, seja de vacas ou qualquer outra coisa que esteja sobre a sua vigilância. Cão de aparência forte, olhar firme e que mantém a sua posição, inteligente e de fácil aprendizagem.

Temperamento:
Personalidade vincada com necessidade de ter um dono também firme e uma educação também ela bem estruturada, é de uma lealdade extrema e dócil para com o seu dono. É preciso ter consciência que é um cão de trabalho, forte e determinado naquilo que faz.

Aptidões:
Apesar de ser um cão de condução e vigilância de gado, a verdade é que hoje grande parte dos criadores do Fila em São Miguel já não são criadores de gado
O Fila é um bom guarda, de propriedade ou como defesa pessoal, sendo um cão rústico está adaptado para viver em quase todos os ambientes com poucas exigências.

Origem: Portugal (Açores, ilha de S. Miguel)
Classificação: Cães de Pastoreio
Altura: 48 para 60 cm
Peso: 20 para 35 Kg




PASTOR BELGA

Introdução:
O Pastor Belga é uma das raças mais divulgadas a nível mundial, isto no tipo Groenendael. Devido a uma inteligência acima da média canina e total devoção ao seu, preferencialmente, único dono.
Sendo a Bélgica um país de férteis planícies, faz todo o sentido a existência de grandes rebanhos, que necessitariam de um cão activo, energético e adaptado aos rigores do inverno belga.
Esta raça aparece oficialmente entre 1890 e 1900, sendo fundado em Bruxelas no dia 29 de Setembro de 1891 o Clube do Cão Pastor Belga.
Esta raça já serviu os pára-quedistas portugueses.

Aspecto Geral:
É um cão de constituição harmoniosa e elegante, tamanho médio. Sendo um cão rústico, e como todos os cães pastores, acostumado a uma vida no campo e trabalho árduo. Têm uma postura altiva, de uma actividade constante e vivacidade incomparável, o seu olhar inteligente e sempre atento, devoto ao seu dono mas desconfiado com estranhos e tendo em caso de necessidade e apesar do seu tamanho, uma enorme capacidade de ataque, rápido e de uma eficácia inegável.

Características:
Esta raça tem a particularidade de ser dividida em quatro ramos;

Groenendael; cão com o pêlo longo, totalmente preto
Laekenois; têm pêlo duro, de cor (fulvo) marrom, cinza/branco
Malinois; com pêlo curto, cores (fulvo) marrom e amarelo, as orelhas, focinho e face são pretas
Tervueren; pêlo longo, grosso e duplo, cor mogno com tons de preto, a face é preta

Temperamento:
São cães com de uma inteligência superior, com uma sensibilidade algo exagerada, desenvolve laços fortes com a sua família humana/dono, é necessário ser abordado e treinado de uma maneira positiva e cuidada, evitando assim que se desenvolvam medos irracionais, precisa tanto de treino físico como mental. Não é aconselhado a donos com pouca experiência

Aptidões:
Este é um cão bastante utilizado pelas forças militares dos USA, devido a ser um cão vigilante e activo. Têm uma aptidão inata para guardar rebanhos, mas é muito versátil com capacidade para guarda, patrulha, busca e salvamento, mensageiro e claro como cão de companhia, neste caso nunca descurando o treino físico.

O Pastor Belga Malinois está no Guiness Book of Records, como o maior farejador de drogas já registado.

Origem: Bélgica
Data de origem: 1890
Esperança de vida: 13 a 14 anos
Classificação: Raça de Pastores
Altura: 56 para 66 cm
Peso: 28 para 30 Kg




Dogue de Bordéus

Não é actualmente uma raça muito usada a nível militar, mas ainda é usada nalguns países como Guarda de Instalações.


Introdução:
São várias as histórias que preenchem o passado desta estirpe, cuja origem é, por isso, mesma incerta. No entanto, é seguro afirmar que esta é uma raça antiga, já que existem representações suas em pinturas que datam os 3000 anos a.C. Esta linhagem esteve presente ao longo da história de vários países, nos quais adquiriu funções e nomes distintos. O Dogue dos Bordéus também é apelidado de Mastim Francês, conhecido em Itália como Mastim Napolitano e em Espanha como Dogue dos Burgos.
A sua descendência é incerta: pensa-se que descende do Mastim Tibetano e do Molosso. Este último, acompanhou Alexandre, O Grande na epopeia que encetou para expandir o Helenismo, onde revelou ser um verdadeiro cão de guerra: enfrentou leões, elefantes e outras feras. Conta-se que foi igualmente adoptado pelo Império Romano para desempenhar tais funções e participar nos espectáculos de arena típicos da época. Segundo esta perspectiva, o Dogue de Bordéus parece ter sido cruzado, ao longo dos séculos, com várias espécies de Mastins, originando espécimes imponentes, fiéis aos seus donos e instintivamente protectores do território.
Uma outra corrente de opinião, defende que o Dogue de Bordéus descende dos alanos, uma raça utilizada na caça ao javali, por volta do século XVI, que também servia como cão de guarda.
Independentemente da sua descendência, sabe-se que as duas Guerras Mundiais marcaram um período particularmente difícil na história desta estirpe que foi ameaçada com o perigo de extinção. Tal não se concretizou, uma vez que muitos exemplares foram importados para a França, onde se assegurou a sua criação. Após a II Guerra Mundial, a Itália reconheceu oficialmente o valor inquestionável desta linhagem, considerando-a cão de guarda nacional. Em 1949, a FCI (Federation Cynologique Interantionale) reconhece e certifica esta estirpe. O standard foi definitivamente estabelecido em 1971.

Aspecto Geral:
O Dogue dos Bordéus é um cão com uma estatura respeitável, solidamente construída e robusta. O seu peso oscila entre os 54,4 Kg e os 65,2 Kg e a sua altura na cernelha varia, entre os 58 e os 75 cm.
A sua pelagem, curta e macia, pode ser de cor de pêssego, prateado, gamo ou malhado; existindo espécies que têm uma máscara castanho bronze ou preta.
A sua cabeça é volumosa e maciça e é dotada de rugas profundas e simétricas. O stop é extremamente vincado e os olhos são grandes, profundamente inseridos, ovais e estão bem afastados. Traz as orelhas, que são ligeiramente arredondadas, de inserção alta, sempre pendentes. O focinho é largo e possui algumas rugas e na garganta evidenciam-se pregas de pele pendentes. O tronco é firme e os membros são musculosos, revelando uma ossatura bastante forte. A cauda é mantida baixa e, quando em alerta, eleva-se, alinhando-se com o dorso.

Temperamento:
Distante do temperamento feroz dos seus antepassados, está o actual Dogue dos Bordéus, actualmente considerado um cão calmo e afectuoso, gentil para as crianças e fiel aos seus donos. Convém que seja socializado deste pequeno, para se habituar a presenças estranhas, apesar de não ser impulsivamente agressivo.
Preservou ainda os antigos instintos de cão de guarda, pelo que protege afincadamente o seu território e não tolera a presença de cães estranhos.
Dada a sua robustez, é aconselhável que seja educado desde pequeno, para que se torne num animal de estimação obediente e seguro.

Origem: França
Data de origem: 3000 a. C.
Classificação: Raça de Trabalho
Altura: 58 para 75 cm
Peso: 54 para 65 Kg




Boxer

Introdução:
Apesar do nome “Boxer” soar a inglês, o Deutscher Boxer é originário da Alemanha. Pensa-se que o nome desta raça vem da forma como investe contra as presas, apoiando-se nas patas de trás e levantando as patas da frente, gesticulando, similar ao jogo de mãos de um pugilista, dito tanto em inglês como em alemão: “boxer”. Outra corrente defende que o nome “Boxer” deriva da palavra alemã “boxl”, nome dado aos cães que trabalhavam em matadouros.
Brabant Bullenbeisser é o directo antecessor desta raça. Estes cães, também conhecidos como Buldogues Alemães, eram utilizados na caça ao javali e veado na Alemanha e Terras Altas. O papel dos Bullenbeissers era o de agarrar a presa e segurá-la até à chegada do caçador. O focinho recuado permitia a estes animais continuar a respirar normalmente enquanto prendiam a presa entre os dentes.
Os exemplares com uma dentada mais poderosa e força eram os escolhidos para perpetuar a raça, contudo a preferência por exemplares mais rápidos alterou o aspecto daquele que viria a dar lugar ao Boxer. Ao longo dos séculos, o Boxer já fez um pouco de tudo, desde pastor, artista de circo, luta com touros, entre outras actividades.
O clube da raça foi fundado em 1895 na Alemanha. A partir do século XIX, a raça começou a tornar-se cada vez mais popular, sobretudo como cão de guarda e companhia. A procura por um Boxer dócil com a família, veio atenuar o ímpeto agressivo que a raça inicialmente possuía. O estalão do Boxer foi aprovado pelo AKC em 1904.
Hoje em dia, o Boxer é uma raça bastante popular em Portugal e também por todo o mundo. Os Estados Unidos da América não foram inicialmente adeptos desta raça, mas em meados do século XX, depois de um Boxer ter ganho o título “Best in Show” a raça foi cada vez mais procurada.

Aspecto geral:
De carácter activo e ruidoso, o Boxer apresenta um aspecto físico mais pequeno e ágil que outras raças mastins. De porte médio, os cães devem ter entre 57 e 63 cm e as fêmeas 53 a 59 cm. Os cães com 60 cm devem pesar mais de 30 kg, as cadelas com 56 cm devem rondar os 25 kg.
O Boxer apresenta uma estrutura robusta e forte combinada com uma expressão bonacheirona. A sua cabeça é volumosa e arredondada, com um stop bastante pronunciado. O nariz é largo, curto e preto. Os olhos são redondos e de cor castanha a escura. A mandíbula ultrapassa a maxila (prognatismo), sem que, no entanto, fiquem visíveis a língua e os dentes inferiores quando a boca está fechada. As orelhas de inserção alta, são de tamanho médio e não devem ser cortadas. Caem dobradas para a frente, ficando o cão com uma expressão mais amigável, quando se encontram em repouso.
O pescoço é entroncado e forte e o dorso firme e musculoso. Os membros anteriores são verticais e musculosos e os posteriores ligeiramente arqueados. A cauda é de inserção alta e deixada ao natural.
Curto e brilhante, a pelagem é espessa ao toque. As cores permitidas são o castanho e o tigrado. O Boxer castanho possui uma máscara negra que se limita ao focinho. As manchas brancas só são consideradas defeito se ultrapassarem um terço do total da pelagem e se cobrirem a totalidade ou metade da cabeça.

Temperamento:
O Boxer é um exemplo do sucesso na história da canicultura. É talvez o ideal cão de família: tem um aspecto feroz e alma de guardião que lhe permite afastar os estranhos com um uivo; mas é ainda companheiro, sendo especialmente dócil com crianças. O porte médio permite-lhe ser suficientemente grande para ser um cão de guarda, mas não demasiado grande para impedir que brinque com crianças.
Não precisa de ser violento na actividade de guarda. Quando se avizinha um estranho prefere aguardar e observar. Se sentir perigo, dá o alerta, ladrando. O cão só ataca em último caso.
Tem um amadurecimento tardio, o que o torna activo e brincalhão durante longos anos. O cão torna-se adulto por volta dos 2 anos, 2 anos e meio.
Devido à sua lealdade e vontade de agradar é fácil de treinar. É algo teimoso, por isso os donos devem usar o reforço positivo na sua educação. A sua desconfiança em relação a estranhos exige uma forte socialização. Esta raça tolera cães pequenos e mesmo gatos, se for habituado com eles desde pequenos, mas tende a reagir agressivamente com outros cães de porte médio ou maior, sobretudo se forem do mesmo sexo.
O Boxer pode ser mantido num apartamento, se for suficientemente exercitado. Para além dos passeios diários, este cão necessita de algum exercício extra: brincadeira, corrida, etc.

Origem: Alemanha
Data de origem: século XIX
Esperança de vida: 10 a 12 anos
Classificação: Cães de Trabalho
Altura: 53 para 63 cm
Peso: 25 para 32 Kg

##O TRATADOR E TREINADOR DE CÃES##

O TRATADOR E TREINADOR DE CÃES

Um Treinador e tratador de cães, é não mais do que uma pessoa habilitada a ministrar um treino completo a um cão. Existem aqueles treinadores que apesar de terem formação, não exercem a actividade profissionalmente por diversas razões. E existem aqueles que fazem disso a sua profissão.

Ao contrário do que se possa pensar, estes treinadores não são especializados só numa determinada área de treino. Algumas das áreas que o treino comporta são: Obediência, Guarda, Defesa, Busca e Salvamento, Busca e Detecção de Explosivos, Busca e Detecção de Estupefacientes, Recusa de Comida, etc. Apesar da vastidão de áreas em que se pode trabalhar, não se deve treinar um cão para mais do que uma área. Os cães são previamente submetidos a testes e consequentemente avaliados, nas suas capacidades físicas e instintivas, apurando desta forma a função adequada para cada um deles, de modo extrair o máximo de rendimento em quantidade e qualidade do cão.

Também as instalações são submetidas a análises de acordo com variados parâmetros, de modo a garantir o bem-estar dos animais e o seu conforto. Assim como a sua alimentação é cuidada, previamente seleccionada e devidamente doseada, para que se possa manter a saúde dos cães ao seu melhor nível.

Uso de violência em treino?

Muitas pessoas pensam que um cão se treina com recurso a actos de violência, ou que pelo menos os profissionais recorrem a esse tipo de filosofia para obter resultados rápidos e eficientes. Desenganem-se, pois um bom profissional não recorre a esse tipo de atitudes, não só pela afeição pelos animais mas também pelo profissionalismo. Pela minha experiência posso afirmar que é extremamente gratificante treinar um cão e ver o mesmo obedecer com alegria e satisfação de agrado ao dono, neste caso ao treinador.

É muito mais eficaz treinar um cão na base da alegria do que fazer o mesmo trabalho usando a violência. Se não reparem: certamente muitos de vós já viram cães treinados a reagirem às ordens dadas mas de orelhas baixas. Assim como certamente já viram precisamente o contrário, cães a reagirem a ordens com muita alegria e motivação. Pois bem o primeiro caso indica regra geral que o cão já sofreu algum tipo de atrocidade física sobretudo associada à ordem dada. Enquanto o segundo com o seu comportamento indica que associou a ordem dada a algum tipo de brincadeira imprimida pelo seu treinador.

Há que fazer distinção entre educação e treino. Enquanto a educação é não mais do que ensinar o cão a cumprir as regras básicas como os horários de refeições, o local de repouso, o pedido para ir à rua fazer as suas necessidades, e outros comportamentos essenciais à vida conjunta com os donos. O treino vai muito além disso. Este baseia-se sobretudo no aproveitamento dos instintos básicos do animal e no seu apuramento para que este assuma um comportamento desejado pelos donos perante certas situações. Assim sendo é necessário ter determinadas precauções a quando do treino, se este for mal conduzido pode levar a erros irreparáveis no comportamento do animal.

##PERGUNTAS E RESPOSTAS !! ##

Com que frequência se deve dar banho ao cão?

Até à pouco tempo pensava-se que os animais deveriam tomar banho poucas vezes ao ano. Hoje em dia o conceito alterou-se, podendo dar banho aos animais com mais frequência. A frequência também depende do tipo de pêlo, assim um animal de pêlo comprido deverá tomar banho mais vezes do que um de pêlo curto.
Não se deve usar champô para cabelo humano uma vez que estes produtos são demasiado ácidos e irritam a pele dos animais. O seu Médico Veterinário poderá aconselhá-lo sobre o melhor champô para o seu cão. Mais importante do que o banho é a escovagem diária, que permite remover os pêlos mortos e a sujidade da pelagem do animal




Posso dar a pílula á minha cadela? A partir de que idade pode ser feita a ovariohisterectomia? Quais são as vantagens e os inconvenientes da cirurgia?

A administração da pílula às fêmeas é desaconselhável devido ao risco do desenvolvimento de infecções uterinas. Para evitar a gestação aconselhamos o afastamento da fêmea dos machos ou então a ovariohisterectomia. Esta cirurgia pode ser feita a partir da altura em que as cadelas atinjam a maturidade (a partir dos 7 meses de idade). A realização da ovariohisterectomia antes do aparecimento do primeiro cio diminui em 50% a probabilidade de surgirem tumores mamários quando adultas. Além disso, as cadelas deixam de ter cios, não apresentam corrimentos e comportamentos de cio, nem atraem os machos.
O maior inconveniente da ovariohisterectomia é a tendência para engordar o que pode ser convenientemente controlado através da administração de ração específica.




É normal um cão comer erva com muita frequência?

Não. A ingestão compulsiva de erva não é um comportamento normal dos animais carnívoros. Muitas vezes este comportamento poderá ser indicativo de doenças, como a presença de parasitas intestinais ou refluxo esofágico. No caso de verificar que o seu animal ingere com frequência ervas o melhor é levá-lo ao seu Médico Veterinário.




Os cães ouvem melhor que os humanos?

Sim, eles conseguem ouvir um som a uma distância quatro vezes maior do que somos capazes. Além disso, com a ajuda de suas orelhas direccionáveis, eles conseguem captar com precisão a direcção da origem do som em apenas seis centésimos de segundo. Os cães captam sons além da nossa frequência. Os humanos ouvem frequências entre 16 e 20.000 Hz, enquanto os cães podem ouvir entre 10 e 40.000 Hz.




Não consegue compreender porque razão o seu cão gosta mais do seu filho do que de si, sendo você que o alimenta e trata dele e o seu filho passa a maior parte do dia na escola!

Pois bem, um cão cria laços com mais facilidade com a pessoa com quem brinca, que o leva a passear e que lhe dá carinhos.
Durante o dia os adultos tem coisas a fazer e comparativamente dedica-se pouco tempo ao animal.
Para além disso um cão vivo e franco gosta de pessoas novas e enérgicas, porque na verdade estão
mais pré-dispostos para a brincadeira. Por outro lado um cão idoso prefere a companhia de pessoas
de mais idade, porque são calmas e lhe dão sossego. Os jovens são, por natureza, mais impulsivos e,
por isso, adaptam-se mais a um cão acessível, dócil e amigável.
Estabelecendo-se assim um contacto natural.




Saiba de algumas regras a seguir para evitar ser mordido ou atacado por um cão.

As regras a serem seguidas são:
- Nunca assuste um cão, não lhe bata e não atire objectos contra ele.
- Nunca o irrite ou interrompa a alimentação, nem tente retirar um osso, quando ele o está a roer.
- Não acaricie um cão estranho.
- Não fuja de medo a frente de um cão, nem levante os braços para se defender, não faça movimentos bruscos.
- Não passe a correr em frente a cães estranhos, e muito menos atrás.
- Não entre em propriedades privadas, vigiadas por cães.

Estas são algumas normas simples e fáceis de seguir, e que fará com que a probabilidade de ser atacado e mordido seja bem menor.




Quero adquirir um cão, mas será que consigo reconhecer e escolher numa ninhada, aquele cachorro que mais tarde vai ser o mais bonito e mais confiante, entre todos!
Não existe uma regra que se possa dizer absoluta e que permita distinguir o melhor de todos numa ninhada, os padrões variam de raça para raça. De um modo geral podemos dizer que o mais forte, mais activo, menos temerário e que seja bem proporcionado, na maioria dos casos será o melhor.
Isto em conjunto com uma apreciação dos progenitores.




Existe alguma dieta para cães doentes, como por exemplo, dos rins ou do estômago?

Sim, existem, mas apenas aquelas definidas pelo veterinário e que são feitas individualmente, para cada cão e doença específica, as experiências podem levar facilmente a um agravamento da doença em questão.

Algumas regras básicas são:

Em doenças de rins, nada de sal, nada de carne assada, preferivelmente carne branca e peixes frescos. Em vez de água, chá fraco e dado em pequenas quantidades

Em doenças de estômago, deixe o cão em jejum até 3 dias, nada de leite, nada de carne crua e pouca bebida.




Compatibilidade de Raças

Não existe nenhuma incompatibilidade entre raças de cães, até é relativamente comum vermos cães a viver no mesmo espaço com gatos, cães grandes com cães pequenos, etc.
Tudo têm a ver é com o treino/educação.
Os cães são animais gregários por natureza e que gostam de viver em matilha, na qual existe uma hierarquia definida, normalmente, pela regra do mais forte, nas nossas casas o Líder Alfa é e têm de ser o dono, o mais forte e a quem todos são submissos sem qualquer sombra de duvida.
Normalmente ajustam-se melhor cão e cadela. Entre machos também pode existir amizade, mas um terá que reconhecer o outro como seu superior, esta harmonia é posta em causa por ciúmes, disputa alimentar, instinto sexual e a indefinição de quem é o chefe. O animal mais forte tem a sua posição bem definida, na comida, no amor, etc., e esta situação é reconhecida por todos os outros, até que
um outro tente subverter as regras e assumir o lugar, raras vezes, esta renuncia se processa pacificamente.
Os cães mais velhos, normalmente são deixados em paz pelos mais novos, mas não por “respeito” à velhice, mas apenas pelo facto de os cães mais velhos já não terem o estímulo para concorrer e desafiar os mais novos pelo lugar.

Para se corrigir este tipo de comportamento:

- Deve-se repreender energicamente o cão no momento em que ele passar a ter um comportamento agressivo e de intimidação ao outro cão.
- A alimentação deve ser dada em recipientes separados e individualizados, ao mesmo tempo, distanciados e sobre supervisão.
- Quando estiver a fazer festas a um cão não permitir que o outro interfira, mas depois, acarinha-lo também, e não permitir que o outro interfira também.
- Ordenar ao cão que se deite, e quando este obedecer, fica numa posição de submissão, levantar–lhe a perna traseira, se ele não o tiver feito já, isto demonstra-lhe o domínio do líder sobre ele.
- Como opção ultima, quando ele tiver comportamento agressivo, colocar-lhe o açaime e deixar que ele ande assim como penalização

Acima de tudo, tentar eliminar tudo que possa gerar competição e reprimir comportamentos inaceitáveis, demonstrando quem é o líder e que não tolera esse comportamento.
De resto só é necessário uma enorme paciência.




WORLD TRADE CENTER

Sabiam que os cães da polícia, da equipa de busca e resgate e do esquadrão anti-bombas estavam entre os primeiros a chegar ao World Trade Center, ao Pentágono e ao local da queda do outro avião na Pensilvânia.. Mais de 300 cães enfrentaram o desafio de localizar sobreviventes e vítimas entre os escombros; infelizmente, havia mais vítimas do que sobreviventes. Assim como os heróis humanos, eles demonstraram uma grande coragem e uma abnegada devoção ao dever.




O seu cão vomita no carro? Saiba o que pode fazer para o evitar.

Vomitar no carro tanto acontece aos cães como a algumas pessoas, existem quem não aguente viagens de barco, outras de avião. Trata-se de um problema de extrema sensibilidade do sistema nervoso. A primeira coisa a fazer é não dar comida um pouco antes da viagem, mesmo não evitando totalmente os vómitos, será diminuída a probabilidade de acontecerem. Uma boa ventilação ajuda a reduzir os ataques, também já foi observado que os cães que podem olhar pelas janelas têm menos tendência a vomitar, evita-se por isso que se deitem no chão, o que aumenta a vontade de vomitarem. Os medicamentos usados por nós para evitar o enjoo também podem ser aplicados da mesma maneira nos cães, mas é aconselhável falar com o veterinário, para se determinar qual o medicamento e a relação quantidade/peso do cão.

Quanto mais vezes viajarem, menos vezes vomitarão, passando numa fase, alguns, a babarem-se e gradualmente deixam de vomitar completamente.

É conveniente parar de 4 em 4 horas, sensivelmente, para o cão poder dar uma volta, urinar e beber um pouco de água, mas em pouca quantidade.

##Como cortar as unhas dos Cães?##

Como cortar as unhas dos Cães?

Veja na figura onde deve ser realizado o corte da unha. A área pontilhada em baixo da unha é tecido vivo com sangue e nervos e é chamada de sabugo, ou leito da unha. Corte diagonalmente a unha em poucos milímetros.

Em caso de dúvida devemos pedir a um veterinário que faça este serviço por nós..



##Qual é o motivo que leva um cão a adquirir o hábito de roer?##

Qual é o motivo que leva um cão a adquirir o hábito de roer?

O habito de roer, aparece na maioria dos casos, por ocasião da muda dos dentes (entre os 3 meses e meio até aos 6 meses de idade). A dentição definitiva dos cães, depois da 1ª dentição, ao irromperem na gengiva provocam dor e uma forte necessidade do cão morder, e para isso é necessário algum objecto duro. Este motivo leva os cães a procurar e roer alguns objectos pessoais (chinelos, pés de uma mesa ou cadeira, etc.). O que fazer nesse caso? É simples! Basta dar ao animal algo para roer (osso, objecto de borracha, etc.) tal e qual como as chupetas dos bebes.

Outras situações que podem surgir e levar um cão adulto a ter o hábito de roer:
- Alimentação incompleta ou em quantidade insuficiente. Neste caso basta aumentar a qualidade ou quantidade da ração;
- Algum tipo de doença no aparelho digestivo. E aqui não há nada melhor do que consultar o veterinário

##DO CONHECIMENTO NASCE A COMPETÊNCIA E O RIGOR…##

DO CONHECIMENTO NASCE A COMPETÊNCIA E O RIGOR…

…DA PAIXÃO NASCE O CONHECIMENTO!



O homem é feito assim e não consegue evitar tudo relacionar, tudo comparar a si próprio, ao seu próprio estado, acabando, por vezes, por tratar o seu cão como se fosse um ser humano, ou até mesmo, como uma criança. Mas, o verdadeiro respeito pelo cão, tal como o de qualquer ser vivo, não reside aí.

Situa-se na tomada de consciência, por todos nós, da verdadeira identidade da espécie canina. Identidade morfológica, biológica e, como é obvio, a identidade psicológica e comportamental, de uma condição animal profundamente adaptada, com o correr dos séculos, ao homem.

Assim respeitar o cão é respeitar, simultaneamente, o animal pré-histórico original e o animal moderno, fruto de uma evolução zoológica, pretendida e conduzida pelo homem.

O animal pré-histórico era, em primeira instância, um animal de matilha, obedecendo a uma hierarquia precisa no seio desta, quer instintiva quer imposta, fonte de eficácia da sua luta pela sobrevivência.

O animal moderno conservou, na sua natureza profunda, a mesma necessidade de integração hierárquica e integrou-se, efectivamente, graças a uma espantosa adaptabilidade, a todas as formas de sociedade e civilização humanas.

O cão é um animal social e hierárquico: espera, por parte do dono, a coerência, a consistência e o mesmo respeito que os seus antepassados encontravam na hierarquia da matilha.

Respeitar o animal significa, em primeiro lugar, respeitar as suas verdadeiras necessidades biológicas e psicológicas.

Esta atitude só poderá concretizar-se se for fundamentada na compreensão, na análise e na síntese dos nossos conhecimentos sobre a espécie canina.

O cão é sem dúvida, de todas as espécies animais presentes na Terra, uma das mais diversificadas; não só a sua forma adulta pode variar entre 1 e mais de 90 kg, como também se sabe, actualmente, que as raças pequenas, médias e grandes não possuem a mesma esperança de vida (8/9 anos para as raças grandes, 14/15 para as pequenas), nem a mesma duração de crescimento, nem o mesmo número de crias por ninhada (1 a 3 para as raças pequenas, 8 ou até mesmo 12, para as grandes). Para além disso, é um dado adquirido, hoje em dia, a existência de diferenças fisiológicas fundamentais, consoante o tamanho e tipo de raças: assim, por exemplo, o tubo digestivo de um cão de raça grande representa apenas 2,8% do seu peso total, contra 7% no caso de um cão de pequeno porte e 11% no ser humano, facto que explica numerosos problemas digestivos, ósseos e biológicos durante muito tempo não explicados, nomeadamente no caso das raças grandes e gigantes.

Por muito desculpável que seja, comparar o cão a um pequeno ser humano é um erro biológico que se pode revelar muito perigoso para o animal.

Respeitar o cão pelo que nos oferece e representa para nós, não se deve traduzir numa abordagem antropomórfica que procure transformá-lo, como frequentemente se ouve, “numa criança a quem apenas falta o dom da palavra”. A biologia é de tal forma, que criou a diversidade terrestre dos seres vivos, em que cada qual funciona como complemento dos outros para, assim, proporcionar um equilíbrio instável que o Homem não deve de forma alguma alterar.

Assim esse reflexo antropomórfico, por muito desculpável que seja em função de sentimentos, por vezes intensos, que manifestamos pelos nosso cães, deve ser excluído, pois não respeita o funcionamento biológico e fisiológico do cão e, por via das suas consequências, é susceptível de constituir um perigo para o animal.



Bons exemplos desta realidade podem ser observados no campo alimentar:



- O Homem muda de alimentação a cada refeição sem problemas… mas se o seu aparelho digestivo tivesse uma concepção idêntica à do cão, esta variação alimentar contínua provocar-lhe-ia um estado permanente de diarreia!

- O Homem tem necessidade de alimentos cozinhados, de sal, de açúcar, de aromas gustativos e do aspecto visual do que lhe é apresentado no prato para poder desfrutar da sua refeição, mas se os seus sentidos fossem iguais aos do cão bastariam as emanações provenientes do alimento para uma apreciação completa…!

- O Homem pode, desde há milhares de anos a esta parte, consumir a sua refeição calmamente, sem correr o risco de se tornar presa de um predador selvagem, mas, se fosse um cão, a evolução teria imprimido nele esse reflexo de consumo rápido existente nos genes de qualquer animal a quem um congénere possa roubar a refeição ou ser atacado por um predador!



Portanto, o cão é um cão, apesar de este conceito não ser do agrado de todos, e deve ser apreciado, tratado e respeitado como tal. Aliás, tanto a ciência como o conhecimento vêm corroborar estes factos, se tivermos em conta os exemplos referidos.

A digestão é um exemplo típico das reacções e mecanismos próprios de cada espécie, cuja amálgama poderia revelar-se perigosa para o cão (ou para o Homem) face às suas diferenças flagrantes e comportamentos antagónicos.

Assim, de uma forma geral, o aparelho digestivo do Homem representa 10% do seu peso corporal, contra somente 2,7 a 7% para o cão em função do seu tamanho! Compreende-se melhor que seja mais fácil para o homem digerir alimentos mais variados.



A apreciação do alimento: o olfacto e o paladar não desempenham os mesmos papéis.

O cão, ao contrário do Homem, aprecia a alimentação, sobretudo graças ao seu olfacto. A superfície da mucosa olfactiva dos canídeos, consoante as raças, é de 10 a 100 vezes mais extensa do que a do Homem. A trufa de um Pastor Alemão, por exemplo, chega a possuir 200 milhões de receptores olfactivos, enquanto que o nariz humano mais apurado não possuirá mais de 20 milhões. O paladar, em contrapartida, contrariamente ao que muitas pessoas julgam, tem mais intervenção reduzida na escolha alimentar do cão. Por outro lado, enquanto o Homem possui 9000 papilas gustativas (as células que captam e analisam o gosto dos alimentos), o cão dispões apenas de um número 6 a 8 vezes inferior e, uma vez abocanhado o alimento, este é rapidamente enviado para o estômago.



Pré-digestão do alimento: da cavidade bucal até ao estômago.

O cão não mastiga os alimentos, engole-os, enquanto que o Homem os prepara para a digestão através de uma mastigação prolongada (da qual obtém prazer por via da libertação de aromas), tritura os alimentos, misturando-os com a saliva, realizando, assim, um primeiro processo digestivo através das enzimas nela contidas. Pelo contrário, no caso do cão, é o estômago que constitui o local privilegiado de desencadeamento dos processos digestivos.

O teor extremamente ácido do pH estomacal, em resultado da grande abundância de ácido clorídrico (6 vezes mais do que o ser humano), explica perfeitamente o papel purificador desempenhado pelo estômago no cão, que lhe permite dispor de uma barreira natural extraordinariamente eficaz contra as infecções digestivas.



Performance digestiva: uma herança genética.

Antigamente, o cão era um animal de matilha para quem era fundamental digerir rapidamente a presa, aproveitando ao máximo os elementos nutritivos nela contidos. Facto que explica a razão da maior rapidez do trânsito digestivo do cão comparativamente ao Homem (12 a 24 horas contra 30 a 48 horas).

A flora intestinal do cão é muito específica, contrariamente à do Homem (o omnívoro completo) que tem de se adaptar a alimentos tão variados como diversos tipos de carne, legumes, frutos… dispondo assim de uma flora bacteriana intestinal 1000 mais numerosa que a do cão!



Compreender estes elementos, analisáveis, também, sob outros ângulos funcionais biológicos, pressupõe compreender o cão e sobretudo aceitar a sua diferença em relação ao Homem, não apenas em termos de aparência ou pelo facto de que não possa “falar”. O antropomorfismo, por vezes excessivo, tal como é veiculado em certos filmes, por exemplo, não é só cientificamente inaceitável como, também, altamente prejudicial, podendo até reduzir a esperança de vida do animal.

##O Pit Bull pode ser uma boa aquisição? Mesmo para quem tem crianças?##

O Pit Bull pode ser uma boa aquisição? Mesmo para quem tem crianças?

Claro que sim, porque o American Pit Bull e seus "primos" sempre tiveram uma merecida reputação de cães leais e merecedores de confiança nas primeiras décadas do século passado. Essa imagem mudou. Nos últimos anos, este exemplares têm sido severamente castigados como pertencentes a uma raça violenta, assassina de crianças, tendo sido até proibidos em alguns países. Como resultado, o termo pit bull é hoje pejorativo e inspira medo em muitas pessoas.

Na verdade, o pit bull é um guarda familiar e um protector. É um cão inteligente e obediente; são cães saudáveis que reclamam pouco e oferecem muito aos seus donos. Há até mesmo casos isolados de cães que servem de guardas para cegos. Assim como outros cães, os pit bulls podem ser defensivos relativamente ao seu território. Como em todas as outras raças, alguns deles mostram uma desconfiança em relação a outros animais (incluindo humanos) e têm uma propensão a atacar animais que se aventurem a cruzar seu caminho. Por causa da sua história de lutas, os pit bulls também podem mostrar agressão não provocada contra outros cães, ou até mesmo contra crianças. Pit bulls podem ser bons animais de estimação, mas devem ser tratados com cuidado e respeito por quem decidir criá-los.

É preciso não esquecer que a maior parte das raças de cães poderão ser bastante perigosas, todavia e tal como o ser humano, tudo depende do objectivo que traçamos para o animal e da educação que lhes damos desde tenra idade.

##As principais doenças que afectam os cães:##

As principais doenças que afectam os cães:
Cinomose - Viral extremamente contagiosa. Ataca principalmente os filhotes, entre 3 e 6 meses de idade, quando geralmente é fatal. Cães adultos também podem ser atingidos, especialmente quando não estão devidamente vacinados. Os primeiros sintomas são redução do apetite, apatia e, em alguns casos, corrimentos nasais com pus. O cão terá diarreias e pneumonias. No estágio final, o vírus chega ao sistema nervoso central causando convulsões e paralisias. O tratamento é longo e não existe certeza de ser 100% efectivo. O melhor método de controle da doença é vacina.
Parvovirose - Também provocada por vírus. Altamente contagiosa. Os animais jovens são suas principais vítimas, podendo causar febre, apatia, vómitos, diarreias com sangue; levando o animal à desidratação grave. Dificilmente o cão infectado se salva. A vacina também é a melhor forma de prevenção.
Hepatite - Causada por vírus. A contaminação atinge vários órgãos do animal, principalmente o fígado. Filhotes e cães jovens podem morrer repentinamente, sem apresentar qualquer sintoma da doença. Os sinais da Hepatite Canina são bastante semelhantes à Cinomose e incluem falta de apetite, vómitos, sede exagerada e febre. Frequentemente é fatal.
Parainfluenza - Pode ser bastante grave em cães jovens. Causada por um vírus que se instala no sistema respiratório do animal. Além dos prejuízos da própria doença, a Parainfluenza facilita a infecção por outros vírus, como por exemplo, da
Cinomose.
Leptospirose - Causada por bactérias. É bastante grave não apenas pelos males que causa ao animal, mas também por ser transmissível ao homem. Provoca dores generalizadas. Em casos graves, o cão pode morrer devido à hemorragia interna e danos severos causados ao fígado. A transmissão se dá pelo contacto com a urina de animais infectados. O principal transmissor é o rato. Como nos outros casos, a vacinação é única forma de prevenção.
Raiva - Certamente a doença mais assustadora que pode atingir seu cão. Extremamente perigosa. O vírus da Raiva ataca o sistema nervoso central - o mesmo pode ocorrer com o homem - e é fatal. A transmissão se dá através de mordidas ou da saliva de outros animais infectados. A vacina anual é a única forma de se evitar a doença.

VACINAÇÃO

Essa é a fórmula mais segura, inteligente e barata de cuidar da saúde básica do seu animal. As doenças acima são todas extremamente graves. Eis um esquema simples e prático de vacinação adoptado por muitos criadores de Pastores Alemães:
Aos 45 dias - Parvovirose: Vacina especial para filhotes em desmame.
Aos 60 dias - Séptupla: Primeira Dose. Essa vacina protege o animal contra Leptospirose, Cinomose, Coronavirose, Parvovirose, Hepatite e Parainfluenza. Nessa idade, cães criados em casas ou sítios devem ser vacinados também contra o Tétano.
Aos 90 dias - Séptupla: Segunda Dose. Tétano: Segunda Dose.
Aos 120 dias - Séptupla: Terceira Dose. Tétano: Terceira Dose. Raiva: Dose Única.

Obs. As vacinas devem ser repetidas anualmente.

##A atrocidade do abandono...##

A atrocidade do abandono...

Quando começa a época balnear, o sol, a praia, o descanso, enfim uma série de comodismos que todos nós apreciamos, em especial na companhia dos nossos animais de estimação.

Porém, há quem não partilhe da mesma opinião, para quem a palavra férias é sinónimo de ter que arranjar uma solução para os seus fiéis amigos de companhia, e quase sempre muitas destas pessoas optam pela decisão mais simples mais fácil e mais eficaz, O ABANDONO. Embora esta decisão não seja uma decisão correcta, a realidade é que vemos cada vez mais animais abandonados durante o percurso das nossas férias.

Mas este problema não se resume apenas ao simples e aterrorizante facto do abandono. Este problema projecta-nos para problemas mais graves, começando logo pela exposição dos animais a ambientes completamente diferentes do habitual.

Estes novos ambientes despertam nos animais os seus instintos básicos, o que leva as pessoas a pensar “ele vai conseguir sobreviver, é da raça x e eles conseguem”, o que muitas pessoas se esquecem, é que pelo facto dos animais terem esses instintos nos seus genes, não significa êxito, pois eles não foram ensinados a caçar pelos seus progenitores por exemplo. Eles normalmente são criados já num ambiente familiar que os leva a não necessitarem de desenvolver os seus instintos.

Depois vem o problema das possíveis epidemias a que ficam expostos. Epidemias essas, que em muitos casos são transmissíveis, quer a animais quer ao Homem.

Não nos podemos esquecer também do trabalho que muitas pessoas levam a auxiliar os animais abandonados, dando-lhes abrigo, comida e até um pouco de carinho, a título voluntário e até particular. Pessoas, que conseguem organizar a sua vida, e arranjar tempo para cuidar dos pobres animais que lhes batem à porta (A essas pessoas gostaria de transmitir desde já a minha admiração, simpatia e agradecimento.)

Assim sendo e depois de abordar este problema de uma forma até muito superficial, dou comigo a pensar o que leva as pessoas a abandonar aqueles, que apesar de serem animais, ao longo das suas vidas nos vão dando tanto carinho, dedicação e fidelidade?! Não consigo perceber e acredito que ninguém consiga. Afinal até não é assim tão difícil e tão dispendioso encontrar outras soluções.

Porque não, optar por alterar um pouco as nossas férias e escolher locais, para onde se possas levar animais de companhia, e partilhar as nossas férias também com eles? Porque não entregar os animais ao cuidado de familiares (sem descorar a responsabilidade do cargo)? Porque não contactar instituições de acolhimento temporário?

Para terminar gostaria de deixar aqui o meu apelo como treinador e tratador, e como amigo dos animais; tenham sempre em atenção a quando da marcação das vossas férias, que tem animais e que eles são vossos amigos em todas as situações, durante o ano de trabalho e durante as férias também, não abandonem os vossos animais, lembrem-se sempre de que quando vocês chegavam a casa depois de um longo dia de trabalho ele lá estava à vossa espera. Lembrem-se que há coisas na vida que não se pagam e a companhia sempre alegre de um animal é uma dessas coisas.

##EDUCAÇÃO E TREINO##

EDUCAÇÃO E TREINO

Os cães, de uma forma geral, revelam-se bons alunos. Há que se fazer uma diferenciação entre educação e treino. A educação deve ser efectuada desde que nascem. Trata-se de corrigir hábitos e começar a preparar o pequeno cão para a convivência com pessoas e outros animais. Nunca permitir que o cachorrinho faça aquilo que não desejamos ver num cão adulto. Por exemplo, se habituar-mos um cachorro a dormir na nossa cama e deitar-se no sofá, será muito difícil mais tarde "explicar" ao cão adulto que ele não deve ter esse comportamento.

Normalmente, o treino começa quando o cão tem nove meses. Cada cão é um cão, com diferenças de temperamento que podem acelerar ou dificultar o treino. É estimulante e recompensador estar acompanhado de um cão pronto a responder aos nossos comandos. Um cão bem treinado não foge desesperado pelo meio da rua quando lhe soltam a trela, anda sempre junto ao dono.

ATENÇÃO! Nem todos os cães se desenvolvem de forma satisfatória no treino. Nesse caso, nada melhor que um especialista, que se dedica exclusivamente a este ofício e que saberá os caminhos a seguir.

##AS MOTIVAÇÕES QUE LEVAM UM CÃO A ENTRAR EM LUTAS COM OUTROS CÃES##

Lutas territoriais:

A definição do território é a principal razão para as lutas entre cães e conduz basicamente à tentativa do cão fazer valer uma posição de superioridade na hierarquia canina. Embora este comportamento agressivo também ocorra entre fêmeas, é entre machos adultos ou a aproximarem-se da maturidade, que ele assume proporções consideráveis.

Quando não existe intenção de lutar, os cães emitem avisos entre si (tais como rosnar); é o procedimento normal das fêmeas perante machos.

Uma ocasião que pode originar este tipo de disputa hierárquica na definição dos territórios consiste na situação em que existe mais do que um cão na mesma casa e, aí, o dono deve estabelecer uma liderança forte sobre todos os cães através de procedimentos dominantes que não criem confrontos directos; isto porque a liderança do dono é fulcral para a existência de uma hierarquia social estável.

O dono deve igualmente desencorajar qualquer comportamento agressivo entre os cães de tal modo que este não seja interiorizado como algo positivo.

Cabe assim ao dono identificar todas as fontes de conflito e competição e adaptar a estes a sua estratégia de controlo sobre comportamentos agressivos.

Nesta situação, podem acontecer duas coisas:

1. Disputa Hierárquica: se existir uma alteração motivada pela alteração do status de algum cão ou porque enfraqueceu; ou porque envelheceu; ou porque surge um novo cão no grupo social ou reencontra o seu grupo social após um período de ausência; ou porque um cão mais novo, com o desejo de ascender a um nível mais elevado na pirâmide hierárquica e acabou de atingir a maturidade (18 meses a 3 anos de idade), começando a desafiar o titular de líder.
Em todo o caso estas disputas não originam normalmente qualquer perigo de vida e daqui emergirá uma nova hierarquia que será respeitada por todos os cães; é preciso sublinhar que os donos não devem intervir neste processo que poderá demorar algumas semanas.

2. Agressões conjuntas: mais comuns; surgem quando o dono interfere na definição de uma hierarquia social estável através da protecção contínua do cão submisso enquanto castiga o cão dominante. Esta intervenção do dono enfraquece a posição do cão dominante e por sua vez eleva o status do cão submisso criando desta forma uma inversão de papéis no seio da pirâmide hierárquica.
A protecção de um cão em detrimento de outro / outros conferindo-lhe deste modo um status dominante, deve ter em conta factores como o comportamento, idade, saúde e temperamento dos animais.

Tendo em conta este factores a decisão será tomada por forma a que o cão predominante tenha acesso privilegiado a todos os recursos. Contudo, adoptar um cão cujo temperamento seja compatível com a personalidade do seu outro cão é extremamente importante no sentido em que previne eventuais problemas.

Neste sentido é de ter em conta a pré – disposição genética de alguns cães para desenvolverem um comportamento dominante. Assim é de todo o interesse informar-se acerca da cria que pretende adquirir. Note-se que é muitas vezes mais fácil introduzir um cão do sexo oposto.

Nestas situações o dono deve, o quanto antes, estabelecer o seu próprio papel de líder. O treino de obediência, socialização primária, estilos de liderança, reduzirá o conflito entre os cães e promoverão uma integração social positiva.

É de notar que esta atitude por parte do dono perpetua e exacerba a competição entre os cães. O tipo de agressões ocorridas assumem, neste contexto, maior perigo e persistindo temporalmente, podem resultar no ferimento grave de um ou ambos os cães. Contudo, constata-se que este comportamento agressivo mútuo só ocorre na presença do dono sendo que na sua ausência os cães coabitam pacificamente.

É da salientar que este tipo de atitudes podem variar, embora a maioria das situações de agressão registadas nestas circunstâncias se enquadram nestas categorias.

Contudo, apesar dos cães normalmente definirem a sua hierarquia sem terem que recorrer ao combate físico propriamente dito, os donos devem estar conscientes perante determinados comportamentos que evidenciem um confronto; é o caso da postura erecta; encosto da cabeça ao dorso de outro animal; contacto visual directo.

O dono dever ter em conta que nesta altura as correcções verbais podem ser bastante eficazes como medida de prevenção. Se este comportamento persistir, o dono deve manter-se vigilante acerca da eminência de uma luta. Lembre-se também que se os cães aprenderam a lutar poder-se-á criar um padrão de comportamento que poderá exigir um esforço imenso para ser corrigido.

A agressão contra presas:

A agressão contra presas reveste uma forma muitas vezes mal compreendida tanto pelos donos como pelos especialistas em treino de obediência. Não constitui propriamente um episódio de luta mas sim um impulso psicológico inerente a alguns cães para perseguir, capturar e imobilizar a presa.

É usual verificar-se este comportamento em cães de médio e grande porte que demonstram uma certa fascinação por cães mais pequenos e portanto mais frágeis. Normalmente, a situação começa quando um cão de porte médio ou grande tenta brincar com um cão mais pequeno de um modo algo brusco. Muitas vezes crê-se que esse será o comportamento normal do cão maior uma vez que tem muito mais força que o outro mas se o cão mais pequeno demonstrar receio, o cão maior poderá sentir-se estimulado e reagir ainda mais bruscamente. Neste momento o cão maior deve ser controlado ou a situação poderá tornar-se incontrolável.

Infelizmente alguns cães apresentam disfunções ao nível social que os inibem de integrar um grupo social canino. Nomeadamente os cães que não tiveram oportunidade de experimentar um contacto social apropriado com outros cães durante o período de desenvolvimento social, podem nunca vir a dar-se bem com outros cães.

Nestes casos é recomendado um exame médico de forma a detectar alguma restrição médica subjacente que possa contribuir para o comportamento agressivo do cão. Se não existir qualquer problema, um especialista em comportamento animal poderá fornecer um diagnóstico da situação e o tratamento adequado.

O treino apresenta-se como uma alternativa para diminuir a agressividade entre cães desde que alguma dessa agressividade tenha origem hormonal.

Em outros casos, a terapia farmacológica poderá facilitar a reintrodução de cães agressivos. Drogas de redução da ansiedade e anti-depressivos constituem a medicação a considerar, mediante acompanhamento médico.

Treinar os cães para usarem açaimes e trela contribuirá igualmente para aumentar o nível de controlo do dono e a segurança de ambos na eminência de uma luta canina.

O quotidiano enriquecido com exercício aeróbico diário, uma dieta natural e sessões de treino de obediência regulares são fortemente recomendados.

Mas se o seu cão entrar de facto numa luta, tente manter-se calmo e use da sua força para a acabar. Contudo, faça-o com cuidado pois poderá magoar-se. Evite reagir histericamente ou gritar pois isso será como atirar mais uma acha à fogueira.

A maioria das lutas entre cães surge entre animais cujos donos não tencionam de modo algum envolver numa luta. Cuidado porque, em última análise, é sempre o dono quem acarreta com a responsabilidade pelos actos do seu cão.

Sendo sem dúvida o cão um companheiro fantástico, há também que perceber que os processos cognitivos do cão são bastante diferentes dos nossos e por esta razão deve tentar compreender o cão como o que realmente é.