segunda-feira, 16 de novembro de 2009

##Conclusão ##

Conclusão
Devido às numerosas eventualidades causadas pelas diferentes combinações genéticas, mutações e pelos fenómenos de dominância, é essencial a humildade e uma extrema prudência por parte dos criadores caninos e dos responsáveis pelos clubes da raça no domínio do melhoramento genético.
Todavia, é possível reter os grandes princípios da selecção que foram confirmados pela experiência e pelos estudos estatísticos.
-Antes de seleccionar, é necessário estabelecer prioridades, reservando um pequeno número de caracteres sobre os quais serão constantemente concentrados esforços. Portanto, não deverá "matar vários coelhos de uma cajadada só"…-Uma vez definidos os critérios de selecção, é de relembrar que os caracteres qualitativos (tipo de pigmento, textura da pelagem…) são mais rápidos e fáceis de fixar do que os caracteres quantitativos (morfologia, desempenho…), pois têm origem num número restrito de genes.
-Quando a correlação entre fenótipo e genótipo é boa, pode-se esperar um progresso rápido. -O acasalamento entre dois sujeitos geneticamente afastados pode, por mero acaso, resultar em descendentes de elevado nível que serão assim bons competidores, mas geralmente fracos progenitores (forte taxa de heterozigotia). -Por outro lado, a consanguinidade não permite a expectativa de nascimentos de sujeitos excepcionais, mas favorece a fixação de caracteres ao aumentar a homozigotia. -Será interessante, quando se pretender introduzir uma nova corrente de sangue numa linhagem, utilizar um macho reprodutor "com raça", ou, se este estiver indisponível, um dos seus irmãos mesmo que se exteriorizem alguns defeitos mínimos ou se tiver uma carreira mais modesta.
-A melhor prática de canicultura consiste em estabelecer paralelamente várias linhagens consanguíneas satisfatórias, recorrendo por vezes a cruzamentos entre linhagens ("line-breeding") imediatamente seguidas de consanguinidade, se os resultados merecerem a fixação. -Determinados criadores, esperando obter a longo termo animais com todas as qualidades, seleccionam prioritariamente critérios inversamente proporcionais à sua hereditariedade, ou seja, primeiro, critérios de prolificidade, depois, critérios de robustez e, finalmente, critérios morfológicos. Na verdade, se as qualidades de reprodução (excepto a capacidade de amamentação) ainda se afiguram menos hereditárias do que as qualidades de trabalho (determinismo bastante poligénico), alguns caracteres, como os defeitos de aprumo congénitos, parecem ser bastante hereditários.

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