quinta-feira, 22 de outubro de 2009

##A logistica da utilização do cão na vigilancia privada#

“O número de cães e homens necessários para a execução de uma segurança eficiente varia de acordo com cada empresa, em que são avaliadas a estrutura e a particular necessidade de cada uma”. Treinamento específico voltado para a segurança garante a particularidade dos cães de guarda. o treinamento dos cães para o serviço de segurança deve ser voltado para esta atividade, portanto, é um aprendizado especial, que deve respeitar a idade, a raça e o comportamento particular de cada animal. "Os cães devem ser treinados de forma a proteger o território ou a defender os homens responsáveis pela vigilância. No primeiro caso, podem começar o treinamento por volta dos sete meses e deverão ter atitude de proteção territorial independentemente de comandos. Já os cães destacados para a proteção dos homens serão exemplares mais tranqüilos e que deverão atacar somente perante comandos específicos. Neste caso, o treinamento deve ser iniciado por volta dos oito meses de idade.O treinamento dos cães deve prever a utilização de armas de fogo, normalmente os vigilantes trabalham armados e os cães devem ser treinados para não temer o estampido. Ao contrário, o objetivo é que ao ouvirem o disparo de uma arama de fogo percebam que esse é o código para que mudem o comportamento e se preparem para entrar em ação". o homem que realiza a ronda com o cão pode portar uma arma ou bastão. "É de praxe que o animal seja treinado para reagir de forma tranqüila ao estampido ou à aproximação de um estranho com algum armamento".
Treinamento de Pessoal e Supervisão ContínuaO treinamento dos vigilantes e dos profissionais que serão responsáveis pelo manejo dos animais é fundamental para que a integração entre esses equipamentos (cães, homens) seja eficiente. o trabalho deve ter atuação com procedimentos especiais, integrando cão e condutor. "Administramos treinamentos específicos destinados aos vigilantes, porteiros e seguranças. Sempre direcionando a melhor aplicação dos cães de guarda". O responsável que conduzirá o cão pelo interior de uma empresa, obra ou estabelecimento comercial deve ser treinado para ser capaz de comandar um ataque, assim como dar ordens para que o cão fique tranqüilo, não demonstrando agressividade. "O trabalho deve começar a ser implementado desde o recrutamento do homem, selecionando o que possui maior capacidade de condução do animal. Devem sempre ser respeitadas as características próprias de cada animal a utilização dos equipamentos de proteção individual essenciais à segurança do cão e do condutor".
O Custo da Integração e o resultado em empresas que já implementaram o sistemaNormalmente as empresas que optam pela utilização de cães como instrumentos de otimização da segurança são de médio a grande portes, devido ao fato de o trabalho se tornar mais profissional e mais objetivo, ou seja, se o cão não estiver atuando de forma condizente com o trabalho de segurança desejado, pode ser substituído por outro. muitas empresas utilizam com sucesso a segurança integrada entre cães, homens e equipamentos eletrônicos. "Hoje, empresas de telefonia utilizam normalmente, para cada antena de detecção, um cão treinado, um sistema de alarme com quatro pares de sensor ativo, um CFTV digital com duas ou quatro câmeras e algumas dispensam a contratação de vigilantes. Tem cães em shoppings empresas de construção civil, onde uma obra de aproximadamente 4 mil metros quadrados utiliza um ou dois cães, um sistema de alarme com quatro ou seis pares de sensores ativos, mais sensores passivos no interior do almoxarifado e do plantão de vendas e que também não utilizam porteiro ou vigilante", destaca.
"Sempre que alguém nos procura é porque passou por problemas com roubos ou falha na segurança. Após a implantação dos cães na segurança 90% das empresas não apresentaram mais esses tipos de ocorrências. "No caso das empresas de telefonia que utilizam o sistema completo (cão, alarme e CFTV) na região sul do país, apresentaram nos anos de 2005 e 2006 índice zero de vandalismo. Comparando com as antenas de telefonia que não contaram com a utilização desse sistema e triplicaram o índice de roubo de cabos e baterias.
"procure profissionais capacitados em analisar qual a aplicação dos cães para cada necessidade de segurança, ou seja, se os cães serão utilizados para proteger os homens ou o território, ou ainda em uma situação mista em que a proteção é direcionada aos dois.
Para o emprego de cães, é solicitada a construção de canis confortáveis de modo que possam viver confortavelmente quando não estão trabalhando e possam contar com merecidas horas de descanso. As instalações devem ser totalmente de alvenaria com porta que proporcione o fechamento, de maneira que não permita que estranhos lancem alimentos ou tentem qualquer tipo de comunicação. Dessa forma, previne-se a torção de estômago ou estresse após a refeição.
"Recomendamos uma construção de no mínimo 2,50 metros de largura, por 5 metros de comprimento e 2 metros de altura, dividido entre abrigo e solário". O local deve ser limpo no mínimo uma vez por dia com produtos adequados, como cloro, pinho (ou outros bactericidas) e repelentes de insetos. O banho dos cães deve ser proporcional aos dias de calor, ou seja, no calor eles podem tomar banho uma ou até duas vezes por semana. Deve ser ofertada uma alimentação industrializada de boa qualidade, diminuindo assim a quantidade de fezes e aumentando a digestibilidade. A água deve ser servida em abundância e trocada regularmente. O acompanhamento veterinário é fundamental para garantir um trabalho saudável e eficaz. "A importância do acompanhamento constante de um cinófilo, ou seja, da pessoa que vai trabalhar com o cão. O vigilante que conduzirá o cão também pode ser treinado de modo que observe sintomas de pequenas enfermidades, como por exemplo uma orelha caída, uma pata machucada, queda excessiva de pêlos, rejeição do alimento ou muita coceira. É fundamental ter um plantão 24 horas da empresa responsável pela locação dos cães, pois em qualquer emergência o cinófilo ou vigilante pode entrar em contato requisitando um veterinário. Este por sua vez deve contar com os serviços de uma clínica que ofereça raio-x e exames laboratoriais em esquema de plantão, visto que em muitos casos não é possível aguardar até o dia seguinte.
Raça mais indicadas para executar segurançaDobermann - Cão muito famoso no trabalho de guarda. Atualmente está em desuso devido ao aprimoramento da raça Rottweiler e a cirurgia nas orelhas. Porém, continua um excelente cão de guarda e para efetuar ronda com vigia ou porteiro. Também é indicado para a proteção territorial, visto que late muito e amplia o alerta.
Pastor Alemão - Cão muito conhecido por transmitir respeito e não temor, devido à sua postura séria e não agressiva. É uma raça utilizada tanto para guarda territorial como para ronda e proteção dos homens. Ainda é muito utilizada, mas é comum a queixa de vigilantes e proprietários referente à constante queda de pêlos, gerando dificuldade de locomoção em viaturas. Mas sem dúvida, é o cão de guarda mais famoso do Brasil.
Rottweiler - Despontou no mercado como cão de guarda há aproximadamente 15 anos. É um excelente guarda territorial, de proteção aos homens e indicado para acompanhamento. Caracteriza-se por ter pêlo curto (muito satisfatório) e não latir muito. Não tem como prática avisar sobre a invasão do território, o que pode ser vantagem em alguns casos. É famoso no mercado de segurança e indicado para qualquer trabalho cuja necessidade seja uma ostensividade extra.
Fila Brasileiro - Excelente cão de guarda territorial. Porém, para guarda pessoal e ronda, é inviável devido ao seu tamanho, fator que dificulta seu transporte no interior de viaturas. A raça é muito utilizada por fazendeiros e proprietários de grandes territórios.

## doenças dos cães ##


Leishmaniose - Vacina Leish Tec

IntroduçãoAs leishmanioses constituem um grupo de doenças parasitárias de caráter zoonótico de ampla distribuição geográfica, causadas por uma variedade de espécies de protozoários pertencentes ao gênero Leishmania. A leishmaniose é considerada a segunda principal doença causada por protozoário, perdendo somente para a Malária em incidência e é considerada a quinta maior endemia mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde. A leishmaniose visceral é uma doença de grande importância médico-veterinária e é transmitida no Brasil pela picada da fêmea de Lutzomyia longipalpis, popularmente conhecida como flebotomíneo, mosquito-palha ou birigui, infectada. Um importante aspecto epidemiológico consiste no fato de que as fêmeas destes flebotomíneos possuem caráter oportunista, no qual uma ampla variedade de vertebrados faz parte de sua alimentação no meio ambiente, parasitando roedores, carnívoros, marsupiais, edentados, insetívoros e, principalmente, cães e humanos, sendo caracterizada em ambos por lesões na pele (leishmaniose tegumentar) ou envolvimento visceral generalizado (leishmaniose visceral). Devido à elevada prevalência de infecção canina, o cão é considerado o principal reservatório da doença em ambientes domésticos.
Classificação e agentes etiológicosDiversas espécies de Leishmania causam diferentes aspectos clínicos da doença, sendo classificadas em:Leishmaniose visceral – mais conhecida como "calazar". É a forma mais grave da doença, sendo fatal se não tratada. Ela pode ser causada pelas espécies L. donovani e L. infantum no Velho Mundo e pela L. chagasi nas Américas (Muigai et al.,1987; Desjeux, 1996 e Matlashewski, 2001).Leishmaniose tegumentar – compreende três manifestações clínicas da doença:Leishmaniose cutânea – conhecida como "úlcera de Bauru". A leishmaniose cutânea é caracterizada por lesões localizadas, geralmente únicas. Normalmente, as lesões apresentam cura própria, sem a necessidade de tratamento (Grimaldi & Tesh, 1993, Desjeux, 2004). Ela pode ser causada pelas espécies L. tropica, L. major, L. aethiopica, L. mexicana, L. amazonensis, L. guyanensis, L. peruviana, L. braziliensis e L. panamensis.Leishmaniose cutânea difusa – leishmaniose dérmica ocorrida após infecção com calazar. Causa lesões dermatológicas extensas, disseminadas e de caráter crônico, sendo de difícil tratamento (Grimaldi & Tesh, 1993). Ela pode ser causada pelas espécies L. mexicana, L. amazonensis e L. venezuelensis, no Novo Mundo (Weigle & Saravia, 1996) e pela L. aethiopica, no Velho Mundo (Dowlati, 1996).Leishmaniose mucocutânea – inicia-se com lesões aparentemente simples na pele e mucosas, principalmente, na boca e na cavidade nasal, podendo se estender, causando graves lesões ulcerativas até destruição de todo o tecido afetado. Pode ainda afetar faringe, laringe e traquéia, provocando quadros de desnutrição e obstrução respiratória (Grimaldi & Tesh, 1993 e Weigle & Saravia, 1996). Ela pode ser causada pelas espécies L. braziliensis, L. panamensis, L. guyanensis e L. major (Desjeux, 2004).
Agentes etiológicos e vetoresA Leishmaniose Visceral é causada por protozoários do gênero Leishmania, pertencentes à família Trypanosomatidae, ordem Kinetoplastida, filo Sarcomastigophora e sub-reino Protozoa. No Velho Mundo, a L. donovanni tem sido incriminada como agente etiológico do calazar indiano (Laveran & Mesnil, 1903). Na bacia do Mar Mediterrâneo, o parasito incriminado é a L. infantum (Nicolle, 1908) e no Novo Mundo, segundo Cunha & Chagas (1937), a L. chagasi é a espécie incriminada como agente causador da Leishmaniose Visceral e americana (LVA). Esses parasitos são digenéticos e são transmitidos ao homem e aos animais após a picada do inseto vetor do gênero Lutzomyia, em países do Novo Mundo, e do gênero Phlebotomus, em países do Velho Mundo. Os vetores pertencem à ordem Diptera, família Psychodidae e subfamília Phlebotominae (Grimaldi & Tesh, 1993).
Morfologia e ciclo biológicoO ciclo biológico (Figura 1) do parasita Leishmania compreende duas formas morfologicamente distintas: amastigota e promastigota.Forma amastigota: forma arredondada, aflagelada e com aproximadamente, 5μm de diâmetro. É responsável pelo desenvolvimento da doença no hospedeiro vertebrado. Parasita intracelular obrigatório, sendo encontrado no interior de células fagocíticas, como monócitos e macrófagos, do hospedeiro mamífero.Forma promastigota: forma alongada que possui um núcleo central e um longo flagelo. É encontrada no hospedeiro invertebrado, vetor da doença (Ashford, 2000).O parasita é transmitido ao homem após a picada do inseto vetor infectado, que injeta, na pele do hospedeiro vertebrado, as formas promastigotas metacíclicas. Cabe ressaltar que apenas os vetores fêmeas são capazes de transmitir o parasita, pois apenas eles são hematófagos. As formas promastigotas, na sua maioria, são fagocitadas pelos macrófagos, formando-se organelas denominadas de fagolisossomos. Dentro dos fagolisossomos, elas se transformam nas formas amastigotas que se replicam por divisão binária. Macrófagos infectados podem então ser ingeridos por insetos vetores sadios durante o repasto sanguíneo. No intestino dos vetores, as formas amastigotas são então liberadas após a lise dos macrófagos. Os parasitas liberados se transformam rapidamente em promastigotas procíclicas, não infectivas. Essas formas se multiplicam rapidamente e se aderem à parede do intestino. Enquanto migram para a porção anterior do órgão, elas se diferenciam nas formas promastigotas metacíclicas, não replicativas, mas altamente infectivas, que podem ser transmitidas após a picada do inseto durante o seu repasto sanguíneo, completando o ciclo biológico do parasita (Matlashewski, 2001 e Sacks & Noben-Trauth, 2002).
Aspectos clínicos da doença em cãesOs cães são importantes reservatórios no ciclo doméstico da leishmaniose visceral (LV) (Deane e Deane, 1962; Keenan et al., 1984a; Marzochi, et al., 1985) e são considerados a principal fonte de infecção dos flebotomíneos devido à forte prevalência da infecção canina, quando comparada à infecção humana (Chagas et al., 1938; Deane, 1955 e 1956).As manifestações clínicas da doença podem variar consideravelmente, sendo dependentes da interação da espécie do parasita, da resposta imunológica de cada hospedeiro e da fase atual da doença. O período de incubação da doença pode variar de 1 mês a 4 anos (Lanotte et al., 1979).Examinando cães infectados com L. infantum na Ilha de Elba (Itália), Mancianti et al. (1988) classificou clinicamente esses animais como:animais assintomáticos: ausência de sinais ou sintomas sugestivos de infecção por Leishmania;animais oligossintomáticos: adenopatia linfóide, pequena perda de peso e/ou pêlo opaco;animais sintomáticos: todos ou alguns dos sinais sugestivos da doença, como: alterações cutâneas (alopecia, eczema furfuráceo, úlceras, hiperqueratose), onicogrifose, emagrecimento, ceratoconjuntivite e paresia dos membros posteriores.Entretanto, cães infectados podem permanecer clinicamente normais por um período muito longo de tempo.As principais manifestações clínicas na fase aguda da doença são linfadenomegalia generalizada, febre, apatia e ausência de lesões na pele (Alvar et al., 1994; Ciaramella et al.,1997 e Ferrer, 2003).As manifestações clínicas clássicas da leishmaniose visceral canina são linfadenomegalia, caquexia (enfraquecimento crônico do animal), lesões cutâneas como alopecia periocular, dermatite descamativa e seborréica, hiperqueratoses, úlceras com aspecto de queimaduras, nódulos subcutâneos (que podem ser pequenos ou grandes) e erosões (mais freqüentes na ponta da orelha e nariz), onicogrifose, anemia, hepatoesplenomegalia, disfunção renal severa, aplasia de medula, trombose, colites, hemorragia nasal, pneumonias, lesões oculares e poliartrites (Abranches et al., 1991; Ciaramella et al., 1997 e Tafuri et al., 2001).Aproximadamente 50% a 60% dos cães infectados são assintomáticos, o que sugere a existência de animais resistentes ou com infecção recente na população. Cães infectados, mesmo assintomáticos, podem apresentar grande quantidade de parasitos na pele, o que favorece a infecção do inseto vetor, permanecendo um elo no ciclo biológico da doença.
DiagnósticoO diagnóstico da leishmaniose visceral canina apresenta-se dificultado por vários fatores, principalmente devido à presença de manifestações clínicas variadas e à ausência de lesões características (patognomônicas) da doença.O médico veterinário conta com uma série de métodos de diagnóstico para auxiliá-lo na conclusão da suspeita clínica da doença. São eles:
Métodos sorológicosSão utilizados no diagnóstico da leishmaniose visceral e visam à detecção de anticorpos específicos ao parasita. Em geral, as técnicas mais utilizadas são a Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI), a Análise de Imunoadsorção por Ligação Enzimática (ELISA), o Teste de Aglutinação Direta e o Western Blot, pois apresentam sensibilidade e especificidade que alcançam entre 80 e 100%. Cabe ressaltar que, geralmente, nos estágios iniciais da doença os cães são soronegativos, portanto, deve-se estar atento quando exames sorológicos forem utilizados no diagnóstico da doença.
Métodos parasitológicosSão métodos confirmativos por terem especificidade de 100% para o diagnóstico da leishmaniose visceral, porém apresentam sensibilidade relativamente baixa, em torno de 60 a 80%. Através deles, faz-se a detecção do parasita a partir de biópsias de tecidos ou aspirados de líquidos corporais.O teste parasitológico mais simples e mais utilizado pelos veterinários é a identificação microscópica das formas amastigotas, a partir da confecção em lâminas de esfregaços de aspirados da medula óssea ou de linfonodos, coradas com Giemsa (Deane e Deane, 1955). Esse teste é rápido, barato e de alta especificidade, entretanto, exibe baixa sensibilidade, pois estudos demonstram ser a sensibilidade menor que 60% em aspirados de medula óssea e menor que 30% nos linfonodos.Análises histológicas da pele e linfonodos também são técnicas freqüentemente utilizadas para o diagnóstico da leishmaniose visceral, entretanto, deve-se procurar dissociar as alterações histopatológicas, como inflamação ou granuloma de um diagnóstico positivo da doença (Tafuri et al., 1996 e Tafuri et al., 2001). Este deverá ser confirmado pela presença das formas amastigotas do parasita. Entretanto, na maioria dos casos de leishmaniose visceral, poucas formas amastigotas estão presentes, o que dificulta a avaliação. Nessas situações, a análise histológica deve ser associada à imuno-histoquímica, que apresenta elevada sensibilidade e detecta o parasita em cortes de tecidos, através do uso de anticorpos específicos (Bourdoiseau et al., 1997 e Tafuri et al., 2004).Outra forma de diagnóstico corresponde ao isolamento do parasito através de cultura, in vitro ou pela inoculação de aspirados em animais de laboratório, como hamster (Sundar e Rai, 2002).
Métodos molecularesCom o avanço da tecnologia biomédica, técnicas moleculares vêm sendo também empregadas no diagnóstico da leishmaniose visceral. A detecção do DNA do parasita, pela técnica da PCR, é realizada através da coleta de amostra de vários tipos, como aspirados de medula óssea, sangue, linfonodos e tecidos. Essa técnica, apesar do custo elevado, apresenta alta sensibilidade e especificidade em torno de 100% e é a mais utilizada em pacientes humanos (Mathis & Deplazes, 1995 e Reithinger & Davies, 2002).
Prevenção e controleO controle da leishmaniose visceral tem como objetivo principal interromper a cadeia de transmissão da doença em uma população. Essa medida é de difícil execução, por exigir uma perfeita integração das ações direcionadas ao ambiente e aos animais que nele vivem.A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o diagnóstico precoce e tratamento dos casos humanos, diagnóstico e sacrifício dos animais soropositivos e a identificação e eliminação do vetor como medidas de controle da doença. Os cães são considerados infectados ao apresentar resultados soropositivos em testes de diagnóstico sorológico, ELISA e RIFI, conforme preconizado no Programa Nacional de Controle de Leishmaniose Visceral no Brasil.Dentre as medidas profiláticas contra a leishmaniose, o controle do vetor tem se mostrado eficaz na prevenção da doença. Diversas ações podem ser adotadas, visando a esse controle no animal ou no ambiente.
Controle do vetor no ambiente: recomenda-se borrifação com inseticidas à base de piretróides, remoção de qualquer espécie de matéria orgânica em decomposição, mantendo o ambiente limpo e plantio de repelentes naturais, dentre outras.
Controle do vetor no animal: a utilização de inseticidas tópicos ou repelentes naturais em loções ou incorporados em coleiras tem se mostrado um método auxiliar eficaz contra a doença. Estes exercem efeito repelente e letal sobre os flebótomos, minimizando a possibilidade de ocorrência do repasto sanguíneo e, conseqüentemente, de infecção dos animais.
Imunoprofilaxia: é considerada a forma mais eficaz no controle da leishmaniose visceral canina por proteger o animal da doença e impedir que se torne um reservatório potencial do parasita, servindo como fonte de infecção dos vetores. É recomendado associar a outros métodos preventivos contra o vetor.
Artigo científico publicado demonstrando a caracterização do antígeno A2.Vaccine, v.26, p.4585 - 4593, 2008. Epitope mapping and protective immunity elicited by adenovirus expressing the Leishmania amastigote specific A2 antigen: Correlation with IFN-g and cytolytic activity by CD8+ T cells. RESENDE, D. M., CAETANO, B, DUTRA, M., BRUNA-ROMERO, O, FERNANDES, A. P., GAZZINELLI, R. T.

Leishmaniose - Vacina Leishmune
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LEISHMUNE
A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) pertence ao complexo das leishmanioses, que se caracterizam por um conjunto de síndromes complexas e multifacetadas causadas por diversas espécies do gênero leishmânia, transmitidas por insetos vetores que afetam tanto seres humanos como animais domésticos e silvestres, e estão distribuídas por todos os continentes, com exceção da Oceania e da Antártida. O cão é o principal reservatório da leishmaniose visceral no Velho e no Novo Mundo. De forma geral, a enzootia canina tem precedido a ocorrência de casos humanos e a infecção em cães tem sido mais prevalente do que no homem em todo o país. A transmissão das leishmânias ocorre principalmente a partir da picada do inseto vetor contaminado. A L. infantum pode ser transmitida, ainda, por meio de transfusão sangüínea e acidentes de laboratório. A transmissão congênita ou pelo coito não foi descrita em cães, embora alguns pesquisadores considerem essa possibilidade.
CICLO
As leishmânias são transmitidas para os humanos a partir da picada de dípteros que se contaminam de outros humanos infectados, como no caso do calazar indiano; ou a partir de vertebrados não-humanos, como o cão, a raposa e o chacal, que funcionam como reservatórios do parasita. O inseto transmissor pertence ao gênero Lutzomyia, nas Américas, e Phlebotomus, no restante do mundo. Durante o repasto sangüíneo a fêmea do flebotomíneo ingere macrófagos parasitados por leishmânias que, no intestino do mosquito, seguem o ciclo necessário para o seu desenvolvimento. Posteriormente ocorre a contaminação de seres humanos e animais pela picada do mosquito infectado.
PROGRAMA DE VACINAÇÃO
Esquema de vacinação com Leishmune Vacinação Primária: Iniciar a vacinação em cães a partir dos 4 meses de idade, saudáveis e soronegativos para Leishmaniose Visceral Canina. O protocolo completo deve ser feito com 3 (três) doses, respeitando um intervalo de 21 dias entre cada dose (aplicação). Revacinação Anual: A revacinação deve ser feita 1 ano após a primeira dose, sendo repetida anualmente com 1 (uma) dose de Leishmune para manter a resposta imune. Considerações:A vacina é apenas para cães saudáveis e soronegativos para Leishmaniose Visceral Canina.É obrigatória a realização de exame sorológico prévio, para detecção de cães previamente infectados.Por não terem sido conduzidos estudos da aplicação da vacina em fêmeas prenhes, não se recomenda a vacinação nesses animais.
A Fort Dodge Animal Health é uma empresa multinacional de origem americana, fabricante de produtos farmacêuticos para a saúde animal e cuja linha de produtos contempla tanto os de venda sob prescrição médica quanto os de venda em balcão.
Os produtos fabricados pela Fort Dodge destinam-se aos seguimentos de: bovinos, aves, suínos, animais de companhia (cães, felinos e equinos), caprinos e ovinos. De sua extensa linha de produtos, podemos destacar alguns chave, como o CYDECTIN e BARRAGE para o controle de parasitas no gado, o EQUEST, para o controle de parasitas em equinos e a DURAMUNE MAX, vacina múltipla para cães, sendo a mais completa e atualizada do mercado.
Serviço de Atendimento ao Cliente 0800 701 9987
E-mail: fdsac@fdah.com
Website: www.fortdodge.com.br
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Postado por Marcio Louback às 20:47 0 comentários
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Leishmaniose
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LEISHMANIOSE
E auxílio laboratorial no seu diagnósticoPriscila do Amaral Fernandes
Agente etiológico:Conforme notícias jornalísticas de âmbito nacional e depoimento de médicos e veterinários, sabemos que a Leishmaniose está se tornando uma nova ameaça à população, já que é uma doença altamente transmissível e de tratamento difícil. Trata-se de uma zoonose transmitida por insetos da família Psycodidae que atingem cães, roedores e primatas, incluindo o homem. é rara em gatos e mamíferos selvagens. A Leishmania é um protozoário flagelado que vive no sangue, na linfa e nos espaços teciduais, sendo transmitida tipicamente de hospedeiro para hospedeiro pelos insetos hematófagos. Determinam doenças do sistema fagocítico mononuclear (SFM).No Rio de Janeiro, o inseto é encontrado principalmente nos bairros da zona oeste onde cães soro-positivos têm sido sacrificados por decisão da Fundação Oswaldo Cruz, do Centro de Zoonoses e do Instituto Jorge Vaitsman. Estes órgãos, que são os responsáveis pelos testes sorológicos, demoram muito para liberar os resultados na maioria das vezes, o que contribui para o aumento do número de pessoas e animais contaminados. Em muitos animais parasitados não existem sinais característicos da infecção, além disso, a sintomatologia clínica da leishmaniose visceral no cão confunde-se muitas vezes com a de outras doenças peculiares a esse animal.Atualmente, médicos veterinários já podem ter acesso a um diagnóstico laboratorial mais rápido em laboratórios privados e pensam num possível tratamento para esses animais, como já está sendo feito em Belo Horizonte e em grande parte da Europa.A Leishmaniose está dividida em quatro grupos por apresentar características clínicas e epidemiológicas diversas:1- Cutânea - produzem esclusivamente lesões cutâneas, ulceradas ou não, porém limitadas. 2- Mucocutânea - se complicam freqüentemente com aparecimento de lesões destrutivas nas mucosas do nariz, boca e faringe.3- Visceral ou Calazar - os parasitas apresentam acentuado tropismo pelo SFM do baço, fígado, medula óssea e dos tecidos linfóides.4- Cutânea difusa - formas disseminadas cutâneas que se apresentam em indivíduos anérgicos ou, tardiamente em pacientes que haviam sido tratados de calazar.
Patogenia:
A Leishmania determina doenças do sistema fagocítico mononuclear, o qual responde com intensa proliferação celular e diferenciação plasmocitária, resultando no aumento do volume dos órgãos ricos em células do SFM (hepatoesplenomegalia) e elevação da fração globulina no plasma (disproteinemia). Surge um quadro hematológico representado por pancitopenia, especialmente por leucopenia. A baixa de plaquetas gera uma anemia por tendência hemorrágica. O bloqueio progressivo do SFM diminui as defesas do organismo, tornando os pacientes suscetíveis a infecções, principalmente do trato respiratório e digestivo.
Achados Anatomo-patológicos:
Baço: suas células de revestimento dos seios venosos e dos cordões esplênicos aparecem distendidas por numerosos parasitas. No centro dos folículos linfóides também se vêem células parasitadas.
Fígado: as células de Kupffer e alguns macrófagos localizados nos espaços-porta contêm os parasitas.Estes são muito freqüentes também na medula óssea, mas podem ser encontrados nos gânglios linfáticos, no intestino, nos pulmões, no tecido intersticial do testículo, no derma cutâneo e no revestimento da supra renal.
Bibliografia:
1. PESSÔA, S. B. & MARTINS, A. V.: Parasitologia Médica.11a ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, RJ, 1982. pp 107-124.
2. TILLEY, L. P. & SMITH JR, F. W. K..: The 5 minute Veterinary Consult. Canine e Feline.. William & Wilkins, 1997. pp. 766.
3. LEITÃO, J. S. Parasitologia Veterinária - II vol.. Parasitoses. 3a ed. Fundação Caloute Gulbenkian, Lisboa. pp. 238-240.
4. REY, L. Parasitologia. Parasitos e Doenças Parasitárias do Homem nas Américas e na África.. 2a ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, RJ, 1991. pp183-190.
Tosse de Canil
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Tosse de canilOrigemEsta patologia é causada por uma combinação de agentes, de entre os quais: Bordetella Bronchiseptica (bactéria), Parainfluenza (vírus detectado em 70% dos casos) e, em menor escala, micoplasma, adenovírus canino (CAV) e herpes vírus.Principais sintomasOs cães evidenciam acessos de tosse intensa, seca, e com pouca expectoração. O seu estado geral é bom e a temperatura interna encontra-se normal ou ligeiramente aumentada. Podem estar associados sintomas de conjuntivite ou rinite. Caso não se realize qualquer tratamento, estes sintomas agravam-se para uma infecção generalizada, com tosse produtiva, hipertermia, diminuição do apetite e mau estado geral.Forma de contágioPor via directa, os cães contaminam-se rapidamente através das vias respiratórias. PrevençãoA prevenção consiste na desinfecção dos locais com hipocloritos. Colocar os cães recém-chegados em quarentena (prazo de incubação 10-12 dias), isolar os cães com tosse do canil até à obtenção de um diagnóstico preciso e vacinar os animais. A profilaxia sanitária pode também ser melhorada por um mínimo de 5 renovações de ar por hora durante o Inverno e até 30 no Verão, aplicando uma higrometria de cerca de 65% sem ultrapassar os 75%.Fonte: Royal Canin
Giardiose
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GiardioseOrigemEsta doença é provocada por um parasita intestinal: Giardia duodenalis. Principais sintomasAs giardias parasitam essencialmente os animais jovens (do desmame até aos 2 anos de idade), nomeadamente os animais com 6 a 12 semanas. Nestes últimos, pode observar-se a presença de gordura nas fezes que apresentam um aspecto descolorido, bri-lhante, gorduroso, tipo "betume", aumento do volume e da frequência das defecações, emagrecimento e coprofagia.Forma de contágioA dispersão dos parasitas faz-se sobretudo através dos excrementos dos cães adultos e pela existência de locais húmidos.Oocistos de giardia corados nos excrementos.Prevenção Como este parasita é comum a muitos mamíferos, todos os animais existentes no canil deverão ser tratados. A desinfecção com amónio quaternário parece ser bastante eficaz.Fonte: site Royal Canin


Parvovirose
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Parvovirose
OrigemDenominada também gastroenterite hemorrágica, a parvovirose é provocada pelo vírus VPC. Atinge fundamentalmente os cachorros e os cães idosos não vacinados.
Principais sintomasOs cachorros deixam de comer, mostram-se muito abatidos e apresentam diarreias fétidas associadas a vómitos intensos. Este conjunto de manifestações provoca uma rápida desidratação, levando à morte no espaço de alguns dias (ou mesmo morte súbita nas formas agudas) em 10 a 90% dos casos, em função da imunidade conferida pela vacinação.O vírus da parvovirose destrói as células da mucosa intestinal do cachorro.
Forma de contágioO contágio ocorre por via directa, através da urina, saliva, pelagem, ou por via indirecta através de vectores como gatos, roedores, botas, e água para consumo…
Prevenção Passa pela vacinação precoce dos cachorros e desinfecção dos locais e materiais com aldeídos (formol e derivados), lixívia a 6% ou jacto de vapor de água. Os cuidados de higiene ministrados aos recém-chegados e outros cães à entrada da maternidade pode diminuir a passagem do vírus aos cachorros.


##o cão como vigia##

Cão de Guarda é uma ferramenta para quem necessita de segurança ostensiva em empresas como uma alternativa, agregando à segurança já existente, ou com a combinação cão e alarme, minimizando custos garantindo a mesma eficácia. O mesmo pode-se dizer do segmento da construção civil, principalmente em obras, sites de antenas de celulares, áreas portuárias e etc...
Não basta escolher um animal por sua ferocidade. Tanto para emprego na segurança de residências quanto de empresas, há uma série de cuidados que devem ser levados em conta, como o espaço adequado para o animal e o tratamento dispensado a ele.
os proprietários devem levar em conta as características de cada raça na hora de escolher um cão e observar o comportamento do animal desde pequeno.
- Não é de uma hora para outra que os cães ficam agressivos e atacam. É preciso observar mudanças de comportamentos, se possível, desde pequeno. O cão é o equipamento de segurança mais antigo. E muito eficiente, porque tem uma ostensividade muito grande - Características das raças mais utilizadas em segurança
Raça
Temperamento
Físico
Freqüência de latido
Correspondência ao treinamento
Rottweiler
Forte
Robusto
Baixa
Rápida
Pastor Alemão
Acessível
Robusto
Elevada
Rápida
Fila Brasileiro
Forte
Robusto
Elevada
Médio
Doberman
Acessível
Médio
Elevada
Rápida
Dicas

Pesquise bem antes da compra: visite canis e, se possível, conheça os pais do filhote.

Procure comprar um cão com no máximo um ano, para que possa ser treinado e acostumado aos donos.

Se não há necessidade de buscar o cão mais feroz, procure aquele que melhor lhe satisfaça. O cão pode viver por mais de 10 anos.
Ao comprar um cão de guarda, prefira as fêmeas, que têm melhor entrosamento com pessoas da casa. Os machos são mais agressivos.
Não bata no filhote.

É possível até a realização de um teste, aos 45 dias de vida do animal, para identificação do temperamento.

Acostume o filhote às crianças.

O cão não pode viver isolado da família: deve fazer parte dela e ter um bom relacionamento com todos.

Se o cachorro for mantido afastado das crianças, corre o risco de não reconhece-las e atacá-las como se fossem intrusas.

Não deixe seu filho pequeno a sós com um cão de guarda. Eduque-o para que ela saiba como brincar com o cão sem machucá-la.

Na rua, providencie uma boa guia e não entregue o animal a quem não tem complexidade física compatível.

Se ganhar visitas, prenda o animal.

Construa um canil ou um espaço fechado para prender o cão no momentos necessários.

Tenha equipamentos de segurança como guia, coleia e enforcador.
A defesa pessoal Manter um comportamento correto diante de uma situação de perigo pode ser fundamental para preservar a integridade física. Confira dicas de como ter uma conduta inteligente de segurança diante do perigo:
Armas

Um revólver ou uma pistola são objetos perigosos de se ter em casa, por oferecer risco a quem não sabe manuseá-las, como crianças, e por despertar a cobiça de assaltantes.

O Estatuto do Desarmamento restringiu o uso de armas de fogo no país. Quem quiser fazer uso de uma arma deve passar por uma entrevista na Polícia Federal e se submeter a teste psicológico e curso de tiro.
Defesa

Não existe uma arte marcial mais eficiente do que a outra. Faça aquela que melhor se identifica com sua vontade e seu porte físico.

Antes de iniciar a prática, assista a algumas aulas e compare as lutas.

O profissional que leciona uma arte marcial deve estar registrado no Conselho de Educação Física.

Antes de sair de casa, dê uma olhada na parte externa da residência e verifique se não há a aproximação de pessoas suspeitas.

Evite a ostentação: guarde relógios, carteiras, celulares e bolsas de forma atenta e, de preferência, longe da vista das demais pessoas.

Se precisar ir a um lugar considerado perigoso, prefira horários de maior movimento de pessoas.
Reação

Não reaja se a intenção do criminoso for apenas material, ou seja, roubar.

Não reaja se você não souber reagir.

A reação somente é válida se uma situação de risco chegar ao limite, ou seja, se você corre perigo de vida.

Não pense que nunca pode acontecer com você. Imagine situações de risco e como você se portaria na ocasião.