segunda-feira, 30 de novembro de 2009

## CÃES É SUAS FUNÇOES DE ORIGEM !!##

PASTOR ALEMÃO

INTRODUÇÃO:
O cão é um dos animais mais bonitos, conhecidos e mais difundidos, com características que fazem que seja um amigo por excelência. O Pastor Alemão é Leal, vontade de agradar ao dono, companheiro, inteligência acima da média canina, sinceridade, e estas são apenas algumas dessas características.

Sendo a raça de Pastor Alemão a abrir este tópico, pois foi a primeira a ser Pára-quedista Português. No dia 4 de Julho de 2007, na comemoração dos 50 Anos dos Cães nos Pára-quedistas Portugueses foi precisamente um Pastor Alemão a saltar num “Salto Tandem”.

Na minha opinião é um dos melhores para executar todos os serviços no meio militar, incluindo saltar de pára-quedas. É o cão mais utilizado em todo o Mundo tanto em forças militares como policiais.

Apesar de haver várias opiniões sobre a origem do Pastor Alemão, ou se foi o resultado do cruzamento das várias raças de pastores já existentes na Alemanha, ou o resultado do cruzamento de cadelas de pastor com lobos.

O Pastor Alemão como hoje o conhecemos foi trabalhado por um senhor chamado Max Von Stephanitz, Capitão da Cavalaria Alemã, e através de cruzamentos e selecção controlada, chegou ao que se define como o primeiro Pastor Alemão, um espécime de pelagem tipo capa preta, o Horand Von Grafth, apresentado numa feira em 1882, em Hanôver, Alemanha. Em 1899, o Capitão Max fundou a Verein Für Deustcher Schaferhund, a primeira sociedade a definir o standard oficial do Pastor Alemão, sendo hoje a maior do mundo em uma só raça. Devido ás suas excelentes capacidades foi usado pelos alemães na primeira e segunda guerra mundial, odiado pelos ingleses e franceses no pós-guerra devido a ser chamado de Pastor Alemão, ao ponto de terem trocado o nome para Pastor Alsaciano ou Pastor da Alsácia, erro que ainda hoje leva pessoas a julgar que são duas raças distintas.

Devido à sua inteligência e capacidade de aprendizagem, pode ser treinado para tarefas tão distintas como busca e salvamento, guarda e vigilância, patrulha, guia para cegos, procura de criminosos, pistagem, recuperação de feridos, etc. Em qualquer situação realiza as tarefas de que foi incumbido com grande vontade e entusiasmo.

Apesar de ser classicamente utilizado como cão de guarda adapta-se perfeitamente ao ambiente familiar e é uma boa companhia. O cuidado especial dos criadores ao longo dos anos fizeram desta raça um cão bem adaptado com boa personalidade.

ASPECTO GERAL:
De tamanho médio, é muito ágil, resistente e saudável. A pelagem dupla, lisa e áspera. Possui cabeça possante e grandes orelhas erectas, corpo sólido e alongado, patas flexíveis mas de ossos robustos e cauda longa. São aceites todas as cores, excepto o branco, desde os cinzas até ao preto inteiro. O espécime capa preta é o mais comum. A altura nas fêmeas é de 55 a 60 cm, peso entre 30/40 kg, nos machos é de 60 a 65 cm, peso entre 34/45 kg.

CARACTERÍSTICAS:
Sociável, destemido, corajoso com um perfeito controlo nervoso, é capaz de distinguir amigo de inimigo, mesmo não conhecendo as pessoas. O corpo é ligeiramente mais comprido em relação à sua altura, o que proporciona uma marcha alongada e elegante. Existem dois tipos de cão, o Pastor Alemão de pêlo curto e o Pastor Alemão de pêlo comprido. Quando o cão está em alerta, as orelhas devem estar erectas. Os cachorros, normalmente, erguem as orelhas definitivamente, entre o quarto e sexto mês.

TEMPERAMENTO:
Olhar vivo, que expressam inteligência e serenidade. As qualidades mais importantes que deve ter em atenção e quase indispensáveis são; inteligente, corajoso, franco, personalidade sólida e calma.

APTIDÕES:
O Capitão Von Stephanitz, nunca escolheu um cão pela sua beleza ou aparência sempre procurou um cão de trabalho, robusto, resistente, ágil, inteligente, bom guarda, leal e de confiança. Desde sempre tentou que a relação entre o cão e o seu treinador/dono fosse cooperação e coordenação no trabalho diário.
Sendo estes factores os dominantes na escolha e utilização desta raça por forças militares e policiais por todo o planeta.

CONSELHOS GERAIS:
Embora sendo um cão rústico, o Pastor Alemão depende muito do dono para se manter em boa saúde. Na escolha e aquisição de um Pastor Alemão, deve sempre procurar ajuda e orientação de um criador de confiança, Associação ou Clube de Cães Pastores Alemães que poderá encontrar no site do Clube Português de Canicultura (http://www.cpc.pt).

Sempre que adquirir um cachorro a um criador, no mesmo momento em que o cão lhe é entregue, tem o pedigree, o formulário para a transferência, o boletim de vacinas actualizado e RX de despiste da dispepsia da anca dos progenitores. Além disso, o criador também costuma acrescentar algumas orientações a respeito do esquema de alimentação do cachorro.

Lembre-se que a prevenção é a melhor maneira de combater doenças e manter o seu cão saudável.

Origem: Alemanha
Classificação: Raça de Pastores
Altura: 57 para 62 cm
Peso: 34 para 40 Kg




GOLDEN RETRIEVER

INTRODUÇÃO:
Este é um cão utilizado em muitas situações militares e civis. Pois detém um faro bastante apurado e torna-se muito eficaz na detecção de estupefacientes, explosivos e todo o tipo de buscas.

ASPECTO GERAL:
Simétrico, equilibrado, activo, potente com andamento solto. Apresenta uma construção sólida com expressão amistosa.
A sua expressão amistosa, dá-nos a sensação de confiança, inteligência, curiosidade, meiguice e desejo de contacto. Não deve ter uma expressão medrosa insegura e nem mostrar qualquer agressividade.

CARACTERÍSTICAS:
Dócil, inteligente, com uma aptidão natural para o trabalho.
O instinto de cobro é essencial num Golden Retriever. Sem ele dificilmente poderão desempenhar funções na caça. Ao ser um cão obediente e inteligente unido ao seu instinto natural, faz com que seja um cão muito fácil de educar.

TEMPERAMENTO:
Simpático, amistoso, confiante e seguro de si mesmo. Em todo o momento deve demonstrar uma confiança instintiva no seu contacto com o homem, perante um novo fenómeno a reacção será de curiosidade e nunca de agressividade e medo.

APTIDÕES:
A raça Golden Retriever é utilizada para o cobro da caça, para a busca e salvamento de pessoas , detecção de drogas e explosivos, cães guia , cães de terapia, cães de desporto e de companhia .
Participam igualmente com grande sucesso em provas de caça, exposições de beleza, provas de agility e de obediência.

Este é sem duvida um bom cão para detecção de drogas, explosivos, etc.

Estes exemplares também foram bastante solicitados para procurar sobreviventes no World Trade Center.

Origem: Grã-Bretanha
Classificação: Cães de água, levantadores e retrievers
Altura: 51 para 61 cm
Peso: 27 para 36 Kg




CÃO DE TERRA-NOVA

INTRODUÇÃO:
O Terra-Nova ou Newfoundland, originário do noroeste do Canadá, descende de cães dos Pirenéus levados para a Terra-Nova pelos pescadores de bacalhau Bascos. A sua origem remonta a 1700, quando os primeiros Terra-Nova eram de variedade Landseer : branco e preto. O Terra-Nova de cor preta que conhecemos hoje é provavelmente fruto de uma selecção rigorosa. Estes cães foram trazidos posteriormente para a Europa por outros pescadores de bacalhau, adquirindo uma certa popularidade. Esta popularidade alcançou o expoente máximo, quando a 1886, a raça foi oficialmente reconhecida pelo clube Inglês do Terra-Nova.

ASPECTO GERAL:
Este cão possui um andar ligeiro, apesar das suas grandes dimensões. Possui um crânio maciço e largo; orelhas pequenas, junto à cabeça; olhos pequenos, castanhos-escuros, colocados lateralmente; nariz quadrado e curto; dorso largo e pescoço forte; pés grandes e fortes.

CARACTERÍSTICAS:
As características mais evidentes do Terra-Nova são a sua força e o seu ar activo, este cão em pequeno, parece mais uma cria de urso que um cachorro.
Uma das características importantes do Terra-Nova é a palmura existente nas patas. Com efeito, os dedos estão interligados por uma membrana. A cor mais vulgar é o preto, admitindo-se também a cor de bronze, assim como algumas malhas brancas no peito e nos dedos.

TEMPERAMENTO:
Apesar das suas dimensões imponentes, é gentil e afectuoso, inteligente e fiel, dócil e também um excelente guardião da casa, um cão de tiro possante e um grande companheiro.

APTIDÕES:
Celebrizou-se nos salvamentos de numerosos marinheiros, cujos barcos naufragavam nos recifes da Terra-Nova. Atira-se instintivamente à água onde se sente tão à vontade como em terra. Dizem que sabe nadar debaixo de água.


Origem: Canadá
Data de origem: século XVII
Classificação: Cães de Trabalho
Altura: 66 para 71 cm
Peso: 63 para 68 Kg




ROTTWEILER

INTRODUÇÃO:
O Rottweiler é um cão de linhagem muito antiga que se pensa ter surgido numa cidade chamada Arae Flaviae fundada pelos Romanos, aquando das suas incursões no território alemão. Neste contexto, pensa-se que descende de um Mastim, não só pela sua notável inteligência, mas também pela vincada capacidade de trabalho.

A Arae Flaviae corresponde hoje a Rottweill, localizada perto da Floresta Negra. Este cão acompanhou o desenvolvimento da cidade que lhe deu o nome e nela evoluiu, desempenhando diferentes tarefas. Conta-se que inicialmente trabalhou como cão de carga entregando carne, daí que também seja conhecido por Metzgerhund (Cão do Carniceiro). Revelou-se igualmente útil na condução do gado e a puxar pequenos veículos com cargas de leite. Diz-se que alguns comerciantes tinham por hábito guardar, nas coleiras destes cães, o dinheiro que faziam nas feiras, por segurança.

A prosperidade desta raça foi no entanto ameaçada quando, no séc. XVIII, o Governo estabeleceu que o transporte de gado fosse feito por comboio. Tal afectou o “stock” da estirpe naquele país, já que o Rottweiler ao perder uma das suas mais importantes tarefas, deixou de ser tão cobiçado e consequentemente tão largamente criado. Ainda assim, o primeiro registo de um exemplar teve lugar numa exposição canina em Heilbronn, no ano de 1882.

Em 1901, surge um clube que agrupa duas raças: o Rottweiler e o Leonberger. Apesar do seu curto tempo de existência, esta entidade ofereceu-nos o primeiro standard da raça. A partir de então, a história desta raça toma um rumo diferente. Em 1907, surge o Deustcher Rottweiler Klub, em Heiderberg, filiado na Associação Alemã de Cães Polícia e o Internacional Rottweiler Klub, cuja linha de acção privilegiava a beleza da estirpe. A fusão destes dois clubes origina, em 1921, o aparecimento do Allegmeiner Deutscher Rottweiler Klub (ADRK), que publica, em 1924, o primeiro Livro de Origens da raça.

Por volta da I Guerra Mundial, a sua popularidade já há muito que havia sido estabelecida no meio policial, que a nomeara “cão-polícia”, em 1910. Os dois conflitos mundiais foram (tal como nas demais raças) momentos particularmente difíceis para o seu desenvolvimento, mas os esforços que foram sendo realizados pelos seus admiradores revelaram-se bastante positivos.

Em 1935, a raça foi oficialmente reconhecida pelo Kennel Club americano e, no ano seguinte chega á Grã-Bretanha. Em 1966, recebe um registo separado da parte do Kennel Club britânico.

ASPECTO GERAL:
Rottweiler é um cão de porte musculoso e robusto, mas com linhas elegantes e bonitas. Os machos medem nas espáduas cerca de 60 cm e as fêmeas cerca de 56 cm. O seu peso atinge os 50 kg nos primeiros, e os 40 Kg nos segundos.

A pelagem é de tamanho médio e apresenta-se rija. O sub-pêlo é abundante, curto e denso. As cores permitidas são o vermelho, cinzento lobeiro e o preto (que pode ou não ter marcas mais claras).

A cabeça de raposa é grande e larga entre as orelhas e possui um chanfro acentuado. Os olhos amendoados são castanhos, de expressão calma e segura e as orelhas são pequenas e triangulares, pendendo dobradas para a frente, ligeiramente afastadas da cabeça. O pescoço é vigoroso, terminando num peito largo e forte de costelas bem arqueadas. Os membros anteriores têm os jarretes levemente descaídos. Os posteriores são largos e musculosos e têm os pés ligeiramente maiores que os anteriores. A cauda e longa e forte.

CARACTERÍSTICAS:
Estes cães são bastante inteligentes e têm uma personalidade forte. Como cães de guarda são extremamente atentos e são hostis para com os intrusos.
Na sua relação com a família, são animais alegres que gostam de receber atenção do seu dono. Lidam bem com as crianças e com outros animais de estimação, se forem devidamente habituados a conviver com estes.

TEMPERAMENTO:
O Rottweiler é uma companhia calma, silenciosa e obediente. Existem porem linhas de cães com temperamentos totalmente opostos. O seu nível de agressividade está muito dependente do tipo de treino que recebe, e é altamente desaconselhável estimulá-lo para o ataque.
Deve ser educado desde pequeno de uma forma sistemática e positiva, para que se torne num companheiro seguro. É aconselhável que o seu o dono possua alguma experiência em lidar com este tipo de perfil.

APTIDÕES:
É um cão de trabalho e adapta-se a qualquer tarefa. Basta ser actualmente uma raça de cães ao serviço dos pára-quedistas.

Origem: Alemanha
Data de origem: Século XIX
Esperança de vida: 9 a 12 anos
Classificação: Raça de Trabalho
Altura: 58 para 69 cm
Peso: 41 para 50 Kg




DOGUE ARGENTINO

Introdução:

O Dogue Argentino é uma raça que surge pela mão de dois irmãos da zona de Córdoba, na Argentina, tinham uma enorme paixão pela caça grossa, em particular, ao javali, mas sentiam necessidade de ter um cão que correspondesse as suas expectativas. Iniciam assim a criação daquilo que achavam que fosse um cão perfeito e capaz de se adaptar às condições agrestes das zonas rurais da Argentina.

Assim sendo iniciam um estudo, de raças, e começam cruzamentos selectivos entre raças que acham ter as condições necessárias, do Dogue Alemão a estrutura, do Boxer o carácter, vivacidade e dócil, do Pointer o faro, do Dogue de Bordéus os fortes maxilares, do Bull Terrier a coragem, do Irish Wolfhound a velocidade, do Cão dos Pirenéus a cor e do Mastif a força, entre outras raças.
Em 1928, foi definido o primeiro standard da raça, só em 1964 foi reconhecido pela Federação Argentina de Cinófilia e em 1973 internacionalmente

Aspecto Geral:

É um cão de grande porte, cabeça forte e maciça, focinho também forte e largo, olhos em tons de avelã com formato amendoado, Orelhas devem ser cortadas, erectas e de formato triangular, dorso e garupa forte e musculadas, peito largo e a cauda é grossa e longa. Pêlo curto, de cor branca, macio e assente. Altura dos machos é de 62 a 68cm e das fêmeas de a 60 a 65cm.

Características:

Molosso dentro das proporções desejadas, sem ser exageradamente enorme. Com aspecto equilibrado e vigoroso. Personalidade cordial e afectuosa, uma cor branca imaculada. Dogue Argentino demonstra ser um verdadeiro atleta. É um cão silencioso e raramente ladra ao acaso, devido ao facto de ter consciência do seu poder.

Temperamento:

Apesar do seu grande porte e aspecto intimidador, é um cão alegre, humilde, amigável e de uma lealdade extrema à sua família humana, muito activo e corajoso
De andar tranquilo, seguro, inteligente e de reacções rápidas, demonstrando permanente alegria nos seus movimentos. Jamais deve demonstrar agressividade, que deve ser prontamente e severamente observada e corrigida

Aptidões:

Como caçador é inteligente, astuto, silencioso, valente e de uma coragem admirável, ao serviço de forças militares e policiais tem sido usados em busca e salvamento, como guarda, em qualquer tipo de terreno, ele têm com almofadas plantares altas, carnudas, de sola áspera e com calosidades que permitem aliviar o impacto sobre o solo.

Origem: Argentina
Classificação: Cão de caça
Altura: 61 para 68 cm
Peso: 37 para 45 Kg




Cão de Fila de S. Miguel - Açores

Introdução:
Em Portugal existem várias raças, e de grande qualidade, que a generalidade do publico desconhece, neste enquadramento, está o Cão de Fila de São Miguel. Esta situação, com esta raça em particular, acontece devido a alguns criadores que, atrás de uma postura de manutenção de qualidade, pureza da raça e de manter o puro cão de trabalho, conseguem ter assim um controlo apertado sobre a venda dos cães, na minha opinião, estas medidas proteccionistas não fazem o menor sentido, o que não faltam são raças bastante difundidas e que não perderam o seu carácter, nem as suas qualidades rústicas e de trabalho, sendo que a existência de associações e clubes serve para defender e manter o standard e pureza da raça pela qual são responsáveis, e que sem isto esses mesmos clubes não fazem razão de existir.

O registo oficial foi iniciado no inicio da década de 80, apesar de haver registos da existência do Fila com mais de 300 anos, devido ao esforço e trabalho do Sr. António José Amaral em conjunto com a Veterinária Dr.ª Maria Machado Mendes Cabral.

Foi registada em 1982, o espécime numero 1, uma cadela de seu nome “Corisca”, da propriedade do Sr. José Amaral.

Em 1984 foi finalmente reconhecida pelo Clube Português de Canicultura, com a definição do estalão para a raça. È uma raça rara, com pouco mais de 3000 exemplares existentes, mas que faz parte integrante da cultura e tradições Micaelenses.

Aspecto Geral:
É um cão rústico, mais comprido que alto e que faz lembrar uma hiena, os machos têm uma altura de 50 a 60cm e um peso de 25/35Kg, as fêmeas de 48 a 58 cm e um peso de 20/30Kg.

Pelagem áspera, sendo o pêlo curto e lisa, com cor entre o amarelo-tostado, tons avermelhados e dourados ou cinzento, sendo obrigatório serem raiados. A cauda deve ser amputada pela 2 ou 3 vértebra, as orelhas são também normalmente cortadas. Práticas que hoje já não são permitidas em muitos países da União Europeia.

Características:
O Cão de Fila de S. Miguel é um trabalhador puro, concentrado no que faz e de uma agressividade particular necessária a uma boa condução de vacas nos campos verdes da ilha. É um guarda dedicado, seja da propriedade do seu dono, seja de vacas ou qualquer outra coisa que esteja sobre a sua vigilância. Cão de aparência forte, olhar firme e que mantém a sua posição, inteligente e de fácil aprendizagem.

Temperamento:
Personalidade vincada com necessidade de ter um dono também firme e uma educação também ela bem estruturada, é de uma lealdade extrema e dócil para com o seu dono. É preciso ter consciência que é um cão de trabalho, forte e determinado naquilo que faz.

Aptidões:
Apesar de ser um cão de condução e vigilância de gado, a verdade é que hoje grande parte dos criadores do Fila em São Miguel já não são criadores de gado
O Fila é um bom guarda, de propriedade ou como defesa pessoal, sendo um cão rústico está adaptado para viver em quase todos os ambientes com poucas exigências.

Origem: Portugal (Açores, ilha de S. Miguel)
Classificação: Cães de Pastoreio
Altura: 48 para 60 cm
Peso: 20 para 35 Kg




PASTOR BELGA

Introdução:
O Pastor Belga é uma das raças mais divulgadas a nível mundial, isto no tipo Groenendael. Devido a uma inteligência acima da média canina e total devoção ao seu, preferencialmente, único dono.
Sendo a Bélgica um país de férteis planícies, faz todo o sentido a existência de grandes rebanhos, que necessitariam de um cão activo, energético e adaptado aos rigores do inverno belga.
Esta raça aparece oficialmente entre 1890 e 1900, sendo fundado em Bruxelas no dia 29 de Setembro de 1891 o Clube do Cão Pastor Belga.
Esta raça já serviu os pára-quedistas portugueses.

Aspecto Geral:
É um cão de constituição harmoniosa e elegante, tamanho médio. Sendo um cão rústico, e como todos os cães pastores, acostumado a uma vida no campo e trabalho árduo. Têm uma postura altiva, de uma actividade constante e vivacidade incomparável, o seu olhar inteligente e sempre atento, devoto ao seu dono mas desconfiado com estranhos e tendo em caso de necessidade e apesar do seu tamanho, uma enorme capacidade de ataque, rápido e de uma eficácia inegável.

Características:
Esta raça tem a particularidade de ser dividida em quatro ramos;

Groenendael; cão com o pêlo longo, totalmente preto
Laekenois; têm pêlo duro, de cor (fulvo) marrom, cinza/branco
Malinois; com pêlo curto, cores (fulvo) marrom e amarelo, as orelhas, focinho e face são pretas
Tervueren; pêlo longo, grosso e duplo, cor mogno com tons de preto, a face é preta

Temperamento:
São cães com de uma inteligência superior, com uma sensibilidade algo exagerada, desenvolve laços fortes com a sua família humana/dono, é necessário ser abordado e treinado de uma maneira positiva e cuidada, evitando assim que se desenvolvam medos irracionais, precisa tanto de treino físico como mental. Não é aconselhado a donos com pouca experiência

Aptidões:
Este é um cão bastante utilizado pelas forças militares dos USA, devido a ser um cão vigilante e activo. Têm uma aptidão inata para guardar rebanhos, mas é muito versátil com capacidade para guarda, patrulha, busca e salvamento, mensageiro e claro como cão de companhia, neste caso nunca descurando o treino físico.

O Pastor Belga Malinois está no Guiness Book of Records, como o maior farejador de drogas já registado.

Origem: Bélgica
Data de origem: 1890
Esperança de vida: 13 a 14 anos
Classificação: Raça de Pastores
Altura: 56 para 66 cm
Peso: 28 para 30 Kg




Dogue de Bordéus

Não é actualmente uma raça muito usada a nível militar, mas ainda é usada nalguns países como Guarda de Instalações.


Introdução:
São várias as histórias que preenchem o passado desta estirpe, cuja origem é, por isso, mesma incerta. No entanto, é seguro afirmar que esta é uma raça antiga, já que existem representações suas em pinturas que datam os 3000 anos a.C. Esta linhagem esteve presente ao longo da história de vários países, nos quais adquiriu funções e nomes distintos. O Dogue dos Bordéus também é apelidado de Mastim Francês, conhecido em Itália como Mastim Napolitano e em Espanha como Dogue dos Burgos.
A sua descendência é incerta: pensa-se que descende do Mastim Tibetano e do Molosso. Este último, acompanhou Alexandre, O Grande na epopeia que encetou para expandir o Helenismo, onde revelou ser um verdadeiro cão de guerra: enfrentou leões, elefantes e outras feras. Conta-se que foi igualmente adoptado pelo Império Romano para desempenhar tais funções e participar nos espectáculos de arena típicos da época. Segundo esta perspectiva, o Dogue de Bordéus parece ter sido cruzado, ao longo dos séculos, com várias espécies de Mastins, originando espécimes imponentes, fiéis aos seus donos e instintivamente protectores do território.
Uma outra corrente de opinião, defende que o Dogue de Bordéus descende dos alanos, uma raça utilizada na caça ao javali, por volta do século XVI, que também servia como cão de guarda.
Independentemente da sua descendência, sabe-se que as duas Guerras Mundiais marcaram um período particularmente difícil na história desta estirpe que foi ameaçada com o perigo de extinção. Tal não se concretizou, uma vez que muitos exemplares foram importados para a França, onde se assegurou a sua criação. Após a II Guerra Mundial, a Itália reconheceu oficialmente o valor inquestionável desta linhagem, considerando-a cão de guarda nacional. Em 1949, a FCI (Federation Cynologique Interantionale) reconhece e certifica esta estirpe. O standard foi definitivamente estabelecido em 1971.

Aspecto Geral:
O Dogue dos Bordéus é um cão com uma estatura respeitável, solidamente construída e robusta. O seu peso oscila entre os 54,4 Kg e os 65,2 Kg e a sua altura na cernelha varia, entre os 58 e os 75 cm.
A sua pelagem, curta e macia, pode ser de cor de pêssego, prateado, gamo ou malhado; existindo espécies que têm uma máscara castanho bronze ou preta.
A sua cabeça é volumosa e maciça e é dotada de rugas profundas e simétricas. O stop é extremamente vincado e os olhos são grandes, profundamente inseridos, ovais e estão bem afastados. Traz as orelhas, que são ligeiramente arredondadas, de inserção alta, sempre pendentes. O focinho é largo e possui algumas rugas e na garganta evidenciam-se pregas de pele pendentes. O tronco é firme e os membros são musculosos, revelando uma ossatura bastante forte. A cauda é mantida baixa e, quando em alerta, eleva-se, alinhando-se com o dorso.

Temperamento:
Distante do temperamento feroz dos seus antepassados, está o actual Dogue dos Bordéus, actualmente considerado um cão calmo e afectuoso, gentil para as crianças e fiel aos seus donos. Convém que seja socializado deste pequeno, para se habituar a presenças estranhas, apesar de não ser impulsivamente agressivo.
Preservou ainda os antigos instintos de cão de guarda, pelo que protege afincadamente o seu território e não tolera a presença de cães estranhos.
Dada a sua robustez, é aconselhável que seja educado desde pequeno, para que se torne num animal de estimação obediente e seguro.

Origem: França
Data de origem: 3000 a. C.
Classificação: Raça de Trabalho
Altura: 58 para 75 cm
Peso: 54 para 65 Kg




Boxer

Introdução:
Apesar do nome “Boxer” soar a inglês, o Deutscher Boxer é originário da Alemanha. Pensa-se que o nome desta raça vem da forma como investe contra as presas, apoiando-se nas patas de trás e levantando as patas da frente, gesticulando, similar ao jogo de mãos de um pugilista, dito tanto em inglês como em alemão: “boxer”. Outra corrente defende que o nome “Boxer” deriva da palavra alemã “boxl”, nome dado aos cães que trabalhavam em matadouros.
Brabant Bullenbeisser é o directo antecessor desta raça. Estes cães, também conhecidos como Buldogues Alemães, eram utilizados na caça ao javali e veado na Alemanha e Terras Altas. O papel dos Bullenbeissers era o de agarrar a presa e segurá-la até à chegada do caçador. O focinho recuado permitia a estes animais continuar a respirar normalmente enquanto prendiam a presa entre os dentes.
Os exemplares com uma dentada mais poderosa e força eram os escolhidos para perpetuar a raça, contudo a preferência por exemplares mais rápidos alterou o aspecto daquele que viria a dar lugar ao Boxer. Ao longo dos séculos, o Boxer já fez um pouco de tudo, desde pastor, artista de circo, luta com touros, entre outras actividades.
O clube da raça foi fundado em 1895 na Alemanha. A partir do século XIX, a raça começou a tornar-se cada vez mais popular, sobretudo como cão de guarda e companhia. A procura por um Boxer dócil com a família, veio atenuar o ímpeto agressivo que a raça inicialmente possuía. O estalão do Boxer foi aprovado pelo AKC em 1904.
Hoje em dia, o Boxer é uma raça bastante popular em Portugal e também por todo o mundo. Os Estados Unidos da América não foram inicialmente adeptos desta raça, mas em meados do século XX, depois de um Boxer ter ganho o título “Best in Show” a raça foi cada vez mais procurada.

Aspecto geral:
De carácter activo e ruidoso, o Boxer apresenta um aspecto físico mais pequeno e ágil que outras raças mastins. De porte médio, os cães devem ter entre 57 e 63 cm e as fêmeas 53 a 59 cm. Os cães com 60 cm devem pesar mais de 30 kg, as cadelas com 56 cm devem rondar os 25 kg.
O Boxer apresenta uma estrutura robusta e forte combinada com uma expressão bonacheirona. A sua cabeça é volumosa e arredondada, com um stop bastante pronunciado. O nariz é largo, curto e preto. Os olhos são redondos e de cor castanha a escura. A mandíbula ultrapassa a maxila (prognatismo), sem que, no entanto, fiquem visíveis a língua e os dentes inferiores quando a boca está fechada. As orelhas de inserção alta, são de tamanho médio e não devem ser cortadas. Caem dobradas para a frente, ficando o cão com uma expressão mais amigável, quando se encontram em repouso.
O pescoço é entroncado e forte e o dorso firme e musculoso. Os membros anteriores são verticais e musculosos e os posteriores ligeiramente arqueados. A cauda é de inserção alta e deixada ao natural.
Curto e brilhante, a pelagem é espessa ao toque. As cores permitidas são o castanho e o tigrado. O Boxer castanho possui uma máscara negra que se limita ao focinho. As manchas brancas só são consideradas defeito se ultrapassarem um terço do total da pelagem e se cobrirem a totalidade ou metade da cabeça.

Temperamento:
O Boxer é um exemplo do sucesso na história da canicultura. É talvez o ideal cão de família: tem um aspecto feroz e alma de guardião que lhe permite afastar os estranhos com um uivo; mas é ainda companheiro, sendo especialmente dócil com crianças. O porte médio permite-lhe ser suficientemente grande para ser um cão de guarda, mas não demasiado grande para impedir que brinque com crianças.
Não precisa de ser violento na actividade de guarda. Quando se avizinha um estranho prefere aguardar e observar. Se sentir perigo, dá o alerta, ladrando. O cão só ataca em último caso.
Tem um amadurecimento tardio, o que o torna activo e brincalhão durante longos anos. O cão torna-se adulto por volta dos 2 anos, 2 anos e meio.
Devido à sua lealdade e vontade de agradar é fácil de treinar. É algo teimoso, por isso os donos devem usar o reforço positivo na sua educação. A sua desconfiança em relação a estranhos exige uma forte socialização. Esta raça tolera cães pequenos e mesmo gatos, se for habituado com eles desde pequenos, mas tende a reagir agressivamente com outros cães de porte médio ou maior, sobretudo se forem do mesmo sexo.
O Boxer pode ser mantido num apartamento, se for suficientemente exercitado. Para além dos passeios diários, este cão necessita de algum exercício extra: brincadeira, corrida, etc.

Origem: Alemanha
Data de origem: século XIX
Esperança de vida: 10 a 12 anos
Classificação: Cães de Trabalho
Altura: 53 para 63 cm
Peso: 25 para 32 Kg

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