Integração entre cães, equipamentos eletrônicos e homens treinados garante a segurança das empresas
Cães de guarda aliados a homens treinados e equipamentos eletrônicos complementam a segurança empresarial
Por Sandra Cunha
Os números do investimento em segurança privada crescem vertiginosamente no País.
Nunca foram empregados tantos recursos em equipamentos, vigias, seguranças, treinamentos, entre outros.
De acordo com Ib Teixeira, pesquisador e professor da Fundação Getúlio Vargas, já em 1999 os serviços de segurança privada em todo o País tiveram um crescimento estimado em 4% e 5%, indicativos que crescem a cada ano. “Houve um aumento absurdo também na utilização de tecnologia em aparatos eletrônicos, graças a incorporação de sofisticados sistemas de proteção. Alguns incluem acompanhamento aéreo e via satélite. Este segmento obteve uma taxa de crescimento anual de 10%”.
Contudo, cresce vertiginosamente a utilização de cães de guarda como aliados de homens e equipamentos eletrônicos. Atualmente, o cão de guarda é uma alternativa para quem precisa de segurança ostensiva. Há algum tempo era mais utilizado em residências e terrenos, mas as empresas estão descobrindo que a utilização da segurança canina pode trazer excelentes resultados quando aliada a equipamentos e homens devidamente treinados.
De acordo com Dan Wroblewski, diretor e proprietário do Parque Canino Dog World, o cão de guarda é uma alternativa viável para segurança empresarial, já que não implica em grandes custos para as empresas. “A presença dos cães de segurança também fornece um forte impacto psicológico, já que desencoraja pequenos furtos, roubos e ações de vândalos, tanto na parte interna ou externa da empresa”.
A um custo competitivo, os cães continuam aprimorando os sistemas de segurança, tanto que são utilizados em grande escala pelas Polícias Militares em aeroportos, campos de futebol, presídios, etc. Todos os sistemas de segurança que necessitam de ostensividade podem utilizar os cães de guarda.
Por sua impressionante capacidade de ouvir e farejar, o cão é capaz de perceber a presença de um invasor no mínimo a 160 metros de distância.
Benefícios dos equipamentos eletrônicos são ampliados com a ajuda dos cães de guardaHá muitos anos o homem se beneficia com os serviços dos cães de segurança e com a tecnologia aplicada cada vez mais em equipamentos eletrônicos de última geração. Integrar ambos os sistemas em proteção pode ser um excelente meio de conquistar a segurança patrimonial.
Entre os avanços tecnológicos neste setor, vale ressaltar os sistemas Petimunit, ou seja, capazes de detectar o peso corporal de uma pessoa, mas não detecta a presença de um cão, através do CFTV, onde é possível monitorar a presença de pessoas intrusas. Assim, praticamente não se faz mais necessário a instalação de confronto humano. O vigilante pode simplesmente soltar o cão e comandar o ataque.
O mesmo monitoramento de imagens via internet pode estar integrado a um sistema de alarme, tudo sendo acompanhado a distância. Este é um avanço tecnológico de baixo custo e permite a manutenção da ostensividade do sistema por manter cães integrados.
Esta integração é mais simples do que muitos podem imaginar. Por exemplo: uma empresa pode instalar equipamentos eletrônicos que operam na parte interna, enquanto a parte externa é protegida por cães soltos, que podem ser utilizados com vigilantes e condutores, a pé ou motorizados.
Contudo, é imprescindível que a empresa tenha uma estrutura para acomodar este sistema integrado. O básico é um ponto de internet, banda larga, para que as imagens possam ser transmitidas a distância. Além de um sistema de alarme, deve possuir um comunicador GRPS, permitindo maior segurança contra a pane na transmissão telefônica. O local deve ser fechado ou isolado com muros ou grades, de modo que os cães possam ficar soltos no território sem a presença de um vigilante e que isso não implique em perigo às pessoas que transitem pelas ruas. A sinalização deve ser ostensiva para evitar acidentes e que indique que no local há um sistema de tecnologia monitorando as imagens a distância com a presença de cães treinados que podem ser agressivos.
Todos os equipamentos eletrônicos podem ser utilizados em conjunto com os cães de segurança, como circuito fechado, alarme com sensores internos e externos, assim como os sistemas de rondas que permitem o acompanhamento da base. O profissional deve possuir um treinamento que permita acompanhar e monitorar sistemas eletrônicos, assim como observar as reações do cão e a necessidade da segurança patrimonial do local.
Flávio Faccini Porto, diretor da Protecães, evidencia que o contingente de animais e homens irá depender da necessidade de ostensividade da empresa, ou seja, qual é a necessidade de uma barreira ostensiva que será exercida pelo cão e qual a precisão do acompanhamento preventivo que se dará através do alarme ou do circuito fechado de televisão. “Se imaginarmos uma empresa de médio porte, com 10 mil metros quadrados, podemos afirmar que em torno de seis pares de ativos, dois cães soltos, um circuito fechado de televisão monitorado via internet com aproximadamente oito câmeras seria o suficiente. Contudo, este número é variável, já que depende das barreiras físicas para transposição do cão, iluminação, equipamentos de valor no interior do estabelecimento ou não.”
Dan Wroblewski corrobora esta informação: “O número de cães e homens necessários para a execução de uma segurança eficiente varia de acordo com cada empresa, em que são avaliadas a estrutura e a particular necessidade de cada uma”. Treinamento específico voltado para a segurança garante a particularidade dos cães de guarda. Tanto Flávio Faccini Porto quanto Dan Wroblewski são enfáticos ao afirmar que o treinamento dos cães para o serviço de segurança deve ser voltado para esta atividade, portanto, é um aprendizado especial, que deve respeitar a idade, a raça e o comportamento particular de cada animal. "Os cães devem ser treinados de forma a proteger o território ou a defender os homens responsáveis pela vigilância. No primeiro caso, podem começar o treinamento por volta dos sete meses e deverão ter atitude de proteção territorial independentemente de comandos. Já os cães destacados para a proteção dos homens serão exemplares mais tranqüilos e que deverão atacar somente perante comandos específicos. Neste caso, o treinamento deve ser iniciado por volta dos oito meses de idade", explica Faccini. "O treinamento dos cães deve prever a utilização de armas de fogo, normalmente os vigilantes trabalham armados e os cães devem ser treinados para não temer o estampido. Ao contrário, o objetivo é que ao ouvirem o disparo de uma arama de fogo percebam que esse é o código para que mudem o comportamento e se preparem para entrar em ação", esclarece Wroblewski. Flávio Faccini acrescenta que o homem que realiza a ronda com o cão pode portar uma arma ou bastão. "É de praxe que o animal seja treinado para reagir de forma tranqüila ao estampido ou à aproximação de um estranho com algum armamento".
Treinamento de Pessoal e Supervisão ContínuaO treinamento dos vigilantes e dos profissionais que serão responsáveis pelo manejo dos animais é fundamental para que a integração entre esses equipamentos (cães, homens e sistemas eletrônicos) seja eficiente. Flávio Faccini Porto esclarece que o trabalho deve ter atuação com procedimentos especiais, integrando cão e condutor. "Administramos treinamentos específicos destinados aos vigilantes, porteiros e seguranças. Sempre direcionando a melhor aplicação dos cães de guarda". O responsável que conduzirá o cão pelo interior de uma empresa, obra ou estabelecimento comercial deve ser treinado para ser capaz de comandar um ataque, assim como dar ordens para que o cão fique tranqüilo, não demonstrando agressividade. "O trabalho deve começar a ser implementado desde o recrutamento do homem, selecionando o que possui maior capacidade de condução do animal. Devem sempre ser respeitadas as características próprias de cada animal a utilização dos equipamentos de proteção individual essenciais à segurança do cão e do condutor", complementa Flávio Faccini.
O Custo da Integração e o resultado em empresas que já implementaram o sistemaNormalmente as empresas que optam pela utilização de cães como instrumentos de otimização da segurança são de médio a grande portes, devido ao fato de o trabalho se tornar mais profissional e mais objetivo, ou seja, se o cão não estiver atuando de forma condizente com o trabalho de segurança desejado, pode ser substituído por outro. A empresa locadora deve manter um plantão para analisar a situação de trabalho de segurança desejado, pode ser substituído por outro. A empresa locadora deve manter um plantão para analisar a situação de trabalho de cada animal. A locação do cão com todo acompanhamento diário custa, na Protecães, R$ 600 mensais. "Algumas empresas, embora raro, optam por efetuar a compra dos cães, que custa em torno de R$ 1700, mas este é um valor variável", informa Flávio Faccini. O diretor complementa informando que um kit de segurança eletrônica mais um cão locado custa entre R$ 1000 e R$ 1300 mensais, considerando alarme com tele atendimento, CFTV com monitoramento de imagens e o cão com toda a manutenção, ou seja, limpeza, alimentação, atendimento diário, etc. "O valor pode variar quando é agregado o trabalho de um vigilante, segurança ou porteiro, visto que são cargas horárias e remuneração distintas", adverte Faccini. Faccini informa que muitas empresas utilizam com sucesso a segurança integrada entre cães, homens e equipamentos eletrônicos. "Hoje, empresas de telefonia utilizam normalmente, para cada antena de detecção, um cão treinado, um sistema de alarme com quatro pares de sensor ativo, um CFTV digital com duas ou quatro câmeras e algumas dispensam a contratação de vigilantes. Temos cães em shoppings, que contam com um contingente de 30 homens e dois animais. Empresas de construção civil, onde uma oba de aproximadamente 4 mil metros quadrados utiliza um ou dois cães, um sistema de alarme com quatro ou seis pares de sensores ativos, mais sensores passivos no interior do almoxarifado e do plantão de vendas e que também não utilizam porteiro ou vigilante", destaca.
"Sempre que alguém nos procura é porque passou por problemas com roubos ou falha na segurança. Após a implantação dos nossos serviços, 90% das empresas não apresentaram mais esses tipos de ocorrências. O resultado da segurança integrada também anima o diretor da Protecães. "No caso das empresas de telefonia que utilizaram o nosso sistema completo (cão, alarme e CFTV) na região sul do país, apresentaram nos anos de 2005 e 2006 índice zero de vandalismo. Comparando com as antenas de telefonia que não contaram com a utilização desse sistema e triplicaram o índice de roubo de cabos e baterias.
"Acredito que em todo o Brasil as empresas podem contar, senão diretamente ao menos via internet, com profissionais capacitados em analisar qual a aplicação dos cães para cada necessidade de segurança, ou seja, se os cães serão utilizados para proteger os homens ou o território, ou ainda em uma situação mista em que a proteção é direcionada aos dois. A prestação desse serviço deve ser requisitada junto às empresas de vigilância que possuem profissionais treinados que auxiliarão na especificação da construção do canil, do treinamento dos homens, da sinalização do local e quanto à obediência da legislação em vigor", informa Faccini.
Para o emprego de cães, é solicitada a construção de canis confortáveis de modo que possam viver confortavelmente quando não estão trabalhando e possam contar com merecidas horas de descanso. As instalações devem ser totalmente de alvenaria com porta que proporcione o fechamento, de maneira que não permita que estranhos lancem alimentos ou tentem qualquer tipo de comunicação. Dessa forma, previne-se a torção de estômago ou estresse após a refeição.
"Recomendamos uma construção de no mínimo 2,50 metros de largura, por 5 metros de comprimento e 2 metros de altura, dividido entre abrigo e solário", comenta Dan Wroblewski. O local deve ser limpo no mínimo uma vez por dia com produtos adequados, como cloro, pinho (ou outros bactericidas) e repelentes de insetos. O banho dos cães deve ser proporcional aos dias de calor, ou seja, no calor eles podem tomar banho uma ou até duas vezes por semana. Deve ser ofertada uma alimentação industrializada de boa qualidade, diminuindo assim a quantidade de fezes e aumentando a digestibilidade. A água deve ser servida em abundância e trocada regularmente. O acompanhamento veterinário é fundamental para garantir um trabalho saudável e eficaz. "A empresa que loca nossos cães se responsabiliza contratualmente em mantê-los em ótimas condições", afirma Wroblewski. Flávio Faccini lembra da importância do acompanhamento constante de um cinófilo, ou seja, da pessoa que vai trabalhar com o cão. "Este profissional, preferencialmente, deve apresentar treinamento em enfermagem para diagnosticar as necessidades do animal. O vigilante que conduzirá o cão também pode ser treinado de modo que observe sintomas de pequenas enfermidades, como por exemplo uma orelha caída, uma pata machucada, queda excessiva de pêlos, rejeição do alimento ou muita coceira. É fundamental ter um plantão 24 horas da empresa responsável pela locação dos cães, pois em qualquer emergência o cinófilo ou vigilante pode entrar em contato requisitando um veterinário. Este por sua vez deve contar com os serviços de uma clínica que ofereça raio-x e exames laboratoriais em esquema de plantão, visto que em muitos casos não é possível aguardar até o dia seguinte.
Raça mais indicadas para executar segurançaDobermann - Cão muito famoso no trabalho de guarda. Atualmente está em desuso devido ao aprimoramento da raça Rottweiler e a cirurgia nas orelhas. Porém, continua um excelente cão de guarda e para efetuar ronda com vigia ou porteiro. Também é indicado para a proteção territorial, visto que late muito e amplia o alerta.
Pastor Alemão - Cão muito conhecido por transmitir respeito e não temor, devido à sua postura séria e não agressiva. É uma raça utilizada tanto para guarda territorial como para ronda e proteção dos homens. Ainda é muito utilizada, mas é comum a queixa de vigilantes e proprietários referente à constante queda de pêlos, gerando dificuldade de locomoção em viaturas. Mas sem dúvida, é o cão de guarda mais famoso do Brasil.
Rottweiler - Despontou no mercado como cão de guarda há aproximadamente 15 anos. É um excelente guarda territorial, de proteção aos homens e indicado para acompanhamento. Caracteriza-se por ter pêlo curto (muito satisfatório) e não latir muito. Não tem como prática avisar sobre a invasão do território, o que pode ser vantagem em alguns casos. É famoso no mercado de segurança e indicado para qualquer trabalho cuja necessidade seja uma ostensividade extra.
Fila Brasileiro - Excelente cão de guarda territorial. Porém, para guarda pessoal e ronda, é inviável devido ao seu tamanho, fator que dificulta seu transporte no interior de viaturas. A raça é muito utilizada por fazendeiros e proprietários de grandes territórios.
Cães de guarda aliados a homens treinados e equipamentos eletrônicos complementam a segurança empresarial
Por Sandra Cunha
Os números do investimento em segurança privada crescem vertiginosamente no País.
Nunca foram empregados tantos recursos em equipamentos, vigias, seguranças, treinamentos, entre outros.
De acordo com Ib Teixeira, pesquisador e professor da Fundação Getúlio Vargas, já em 1999 os serviços de segurança privada em todo o País tiveram um crescimento estimado em 4% e 5%, indicativos que crescem a cada ano. “Houve um aumento absurdo também na utilização de tecnologia em aparatos eletrônicos, graças a incorporação de sofisticados sistemas de proteção. Alguns incluem acompanhamento aéreo e via satélite. Este segmento obteve uma taxa de crescimento anual de 10%”.
Contudo, cresce vertiginosamente a utilização de cães de guarda como aliados de homens e equipamentos eletrônicos. Atualmente, o cão de guarda é uma alternativa para quem precisa de segurança ostensiva. Há algum tempo era mais utilizado em residências e terrenos, mas as empresas estão descobrindo que a utilização da segurança canina pode trazer excelentes resultados quando aliada a equipamentos e homens devidamente treinados.
De acordo com Dan Wroblewski, diretor e proprietário do Parque Canino Dog World, o cão de guarda é uma alternativa viável para segurança empresarial, já que não implica em grandes custos para as empresas. “A presença dos cães de segurança também fornece um forte impacto psicológico, já que desencoraja pequenos furtos, roubos e ações de vândalos, tanto na parte interna ou externa da empresa”.
A um custo competitivo, os cães continuam aprimorando os sistemas de segurança, tanto que são utilizados em grande escala pelas Polícias Militares em aeroportos, campos de futebol, presídios, etc. Todos os sistemas de segurança que necessitam de ostensividade podem utilizar os cães de guarda.
Por sua impressionante capacidade de ouvir e farejar, o cão é capaz de perceber a presença de um invasor no mínimo a 160 metros de distância.
Benefícios dos equipamentos eletrônicos são ampliados com a ajuda dos cães de guardaHá muitos anos o homem se beneficia com os serviços dos cães de segurança e com a tecnologia aplicada cada vez mais em equipamentos eletrônicos de última geração. Integrar ambos os sistemas em proteção pode ser um excelente meio de conquistar a segurança patrimonial.
Entre os avanços tecnológicos neste setor, vale ressaltar os sistemas Petimunit, ou seja, capazes de detectar o peso corporal de uma pessoa, mas não detecta a presença de um cão, através do CFTV, onde é possível monitorar a presença de pessoas intrusas. Assim, praticamente não se faz mais necessário a instalação de confronto humano. O vigilante pode simplesmente soltar o cão e comandar o ataque.
O mesmo monitoramento de imagens via internet pode estar integrado a um sistema de alarme, tudo sendo acompanhado a distância. Este é um avanço tecnológico de baixo custo e permite a manutenção da ostensividade do sistema por manter cães integrados.
Esta integração é mais simples do que muitos podem imaginar. Por exemplo: uma empresa pode instalar equipamentos eletrônicos que operam na parte interna, enquanto a parte externa é protegida por cães soltos, que podem ser utilizados com vigilantes e condutores, a pé ou motorizados.
Contudo, é imprescindível que a empresa tenha uma estrutura para acomodar este sistema integrado. O básico é um ponto de internet, banda larga, para que as imagens possam ser transmitidas a distância. Além de um sistema de alarme, deve possuir um comunicador GRPS, permitindo maior segurança contra a pane na transmissão telefônica. O local deve ser fechado ou isolado com muros ou grades, de modo que os cães possam ficar soltos no território sem a presença de um vigilante e que isso não implique em perigo às pessoas que transitem pelas ruas. A sinalização deve ser ostensiva para evitar acidentes e que indique que no local há um sistema de tecnologia monitorando as imagens a distância com a presença de cães treinados que podem ser agressivos.
Todos os equipamentos eletrônicos podem ser utilizados em conjunto com os cães de segurança, como circuito fechado, alarme com sensores internos e externos, assim como os sistemas de rondas que permitem o acompanhamento da base. O profissional deve possuir um treinamento que permita acompanhar e monitorar sistemas eletrônicos, assim como observar as reações do cão e a necessidade da segurança patrimonial do local.
Flávio Faccini Porto, diretor da Protecães, evidencia que o contingente de animais e homens irá depender da necessidade de ostensividade da empresa, ou seja, qual é a necessidade de uma barreira ostensiva que será exercida pelo cão e qual a precisão do acompanhamento preventivo que se dará através do alarme ou do circuito fechado de televisão. “Se imaginarmos uma empresa de médio porte, com 10 mil metros quadrados, podemos afirmar que em torno de seis pares de ativos, dois cães soltos, um circuito fechado de televisão monitorado via internet com aproximadamente oito câmeras seria o suficiente. Contudo, este número é variável, já que depende das barreiras físicas para transposição do cão, iluminação, equipamentos de valor no interior do estabelecimento ou não.”
Dan Wroblewski corrobora esta informação: “O número de cães e homens necessários para a execução de uma segurança eficiente varia de acordo com cada empresa, em que são avaliadas a estrutura e a particular necessidade de cada uma”. Treinamento específico voltado para a segurança garante a particularidade dos cães de guarda. Tanto Flávio Faccini Porto quanto Dan Wroblewski são enfáticos ao afirmar que o treinamento dos cães para o serviço de segurança deve ser voltado para esta atividade, portanto, é um aprendizado especial, que deve respeitar a idade, a raça e o comportamento particular de cada animal. "Os cães devem ser treinados de forma a proteger o território ou a defender os homens responsáveis pela vigilância. No primeiro caso, podem começar o treinamento por volta dos sete meses e deverão ter atitude de proteção territorial independentemente de comandos. Já os cães destacados para a proteção dos homens serão exemplares mais tranqüilos e que deverão atacar somente perante comandos específicos. Neste caso, o treinamento deve ser iniciado por volta dos oito meses de idade", explica Faccini. "O treinamento dos cães deve prever a utilização de armas de fogo, normalmente os vigilantes trabalham armados e os cães devem ser treinados para não temer o estampido. Ao contrário, o objetivo é que ao ouvirem o disparo de uma arama de fogo percebam que esse é o código para que mudem o comportamento e se preparem para entrar em ação", esclarece Wroblewski. Flávio Faccini acrescenta que o homem que realiza a ronda com o cão pode portar uma arma ou bastão. "É de praxe que o animal seja treinado para reagir de forma tranqüila ao estampido ou à aproximação de um estranho com algum armamento".
Treinamento de Pessoal e Supervisão ContínuaO treinamento dos vigilantes e dos profissionais que serão responsáveis pelo manejo dos animais é fundamental para que a integração entre esses equipamentos (cães, homens e sistemas eletrônicos) seja eficiente. Flávio Faccini Porto esclarece que o trabalho deve ter atuação com procedimentos especiais, integrando cão e condutor. "Administramos treinamentos específicos destinados aos vigilantes, porteiros e seguranças. Sempre direcionando a melhor aplicação dos cães de guarda". O responsável que conduzirá o cão pelo interior de uma empresa, obra ou estabelecimento comercial deve ser treinado para ser capaz de comandar um ataque, assim como dar ordens para que o cão fique tranqüilo, não demonstrando agressividade. "O trabalho deve começar a ser implementado desde o recrutamento do homem, selecionando o que possui maior capacidade de condução do animal. Devem sempre ser respeitadas as características próprias de cada animal a utilização dos equipamentos de proteção individual essenciais à segurança do cão e do condutor", complementa Flávio Faccini.
O Custo da Integração e o resultado em empresas que já implementaram o sistemaNormalmente as empresas que optam pela utilização de cães como instrumentos de otimização da segurança são de médio a grande portes, devido ao fato de o trabalho se tornar mais profissional e mais objetivo, ou seja, se o cão não estiver atuando de forma condizente com o trabalho de segurança desejado, pode ser substituído por outro. A empresa locadora deve manter um plantão para analisar a situação de trabalho de segurança desejado, pode ser substituído por outro. A empresa locadora deve manter um plantão para analisar a situação de trabalho de cada animal. A locação do cão com todo acompanhamento diário custa, na Protecães, R$ 600 mensais. "Algumas empresas, embora raro, optam por efetuar a compra dos cães, que custa em torno de R$ 1700, mas este é um valor variável", informa Flávio Faccini. O diretor complementa informando que um kit de segurança eletrônica mais um cão locado custa entre R$ 1000 e R$ 1300 mensais, considerando alarme com tele atendimento, CFTV com monitoramento de imagens e o cão com toda a manutenção, ou seja, limpeza, alimentação, atendimento diário, etc. "O valor pode variar quando é agregado o trabalho de um vigilante, segurança ou porteiro, visto que são cargas horárias e remuneração distintas", adverte Faccini. Faccini informa que muitas empresas utilizam com sucesso a segurança integrada entre cães, homens e equipamentos eletrônicos. "Hoje, empresas de telefonia utilizam normalmente, para cada antena de detecção, um cão treinado, um sistema de alarme com quatro pares de sensor ativo, um CFTV digital com duas ou quatro câmeras e algumas dispensam a contratação de vigilantes. Temos cães em shoppings, que contam com um contingente de 30 homens e dois animais. Empresas de construção civil, onde uma oba de aproximadamente 4 mil metros quadrados utiliza um ou dois cães, um sistema de alarme com quatro ou seis pares de sensores ativos, mais sensores passivos no interior do almoxarifado e do plantão de vendas e que também não utilizam porteiro ou vigilante", destaca.
"Sempre que alguém nos procura é porque passou por problemas com roubos ou falha na segurança. Após a implantação dos nossos serviços, 90% das empresas não apresentaram mais esses tipos de ocorrências. O resultado da segurança integrada também anima o diretor da Protecães. "No caso das empresas de telefonia que utilizaram o nosso sistema completo (cão, alarme e CFTV) na região sul do país, apresentaram nos anos de 2005 e 2006 índice zero de vandalismo. Comparando com as antenas de telefonia que não contaram com a utilização desse sistema e triplicaram o índice de roubo de cabos e baterias.
"Acredito que em todo o Brasil as empresas podem contar, senão diretamente ao menos via internet, com profissionais capacitados em analisar qual a aplicação dos cães para cada necessidade de segurança, ou seja, se os cães serão utilizados para proteger os homens ou o território, ou ainda em uma situação mista em que a proteção é direcionada aos dois. A prestação desse serviço deve ser requisitada junto às empresas de vigilância que possuem profissionais treinados que auxiliarão na especificação da construção do canil, do treinamento dos homens, da sinalização do local e quanto à obediência da legislação em vigor", informa Faccini.
Para o emprego de cães, é solicitada a construção de canis confortáveis de modo que possam viver confortavelmente quando não estão trabalhando e possam contar com merecidas horas de descanso. As instalações devem ser totalmente de alvenaria com porta que proporcione o fechamento, de maneira que não permita que estranhos lancem alimentos ou tentem qualquer tipo de comunicação. Dessa forma, previne-se a torção de estômago ou estresse após a refeição.
"Recomendamos uma construção de no mínimo 2,50 metros de largura, por 5 metros de comprimento e 2 metros de altura, dividido entre abrigo e solário", comenta Dan Wroblewski. O local deve ser limpo no mínimo uma vez por dia com produtos adequados, como cloro, pinho (ou outros bactericidas) e repelentes de insetos. O banho dos cães deve ser proporcional aos dias de calor, ou seja, no calor eles podem tomar banho uma ou até duas vezes por semana. Deve ser ofertada uma alimentação industrializada de boa qualidade, diminuindo assim a quantidade de fezes e aumentando a digestibilidade. A água deve ser servida em abundância e trocada regularmente. O acompanhamento veterinário é fundamental para garantir um trabalho saudável e eficaz. "A empresa que loca nossos cães se responsabiliza contratualmente em mantê-los em ótimas condições", afirma Wroblewski. Flávio Faccini lembra da importância do acompanhamento constante de um cinófilo, ou seja, da pessoa que vai trabalhar com o cão. "Este profissional, preferencialmente, deve apresentar treinamento em enfermagem para diagnosticar as necessidades do animal. O vigilante que conduzirá o cão também pode ser treinado de modo que observe sintomas de pequenas enfermidades, como por exemplo uma orelha caída, uma pata machucada, queda excessiva de pêlos, rejeição do alimento ou muita coceira. É fundamental ter um plantão 24 horas da empresa responsável pela locação dos cães, pois em qualquer emergência o cinófilo ou vigilante pode entrar em contato requisitando um veterinário. Este por sua vez deve contar com os serviços de uma clínica que ofereça raio-x e exames laboratoriais em esquema de plantão, visto que em muitos casos não é possível aguardar até o dia seguinte.
Raça mais indicadas para executar segurançaDobermann - Cão muito famoso no trabalho de guarda. Atualmente está em desuso devido ao aprimoramento da raça Rottweiler e a cirurgia nas orelhas. Porém, continua um excelente cão de guarda e para efetuar ronda com vigia ou porteiro. Também é indicado para a proteção territorial, visto que late muito e amplia o alerta.
Pastor Alemão - Cão muito conhecido por transmitir respeito e não temor, devido à sua postura séria e não agressiva. É uma raça utilizada tanto para guarda territorial como para ronda e proteção dos homens. Ainda é muito utilizada, mas é comum a queixa de vigilantes e proprietários referente à constante queda de pêlos, gerando dificuldade de locomoção em viaturas. Mas sem dúvida, é o cão de guarda mais famoso do Brasil.
Rottweiler - Despontou no mercado como cão de guarda há aproximadamente 15 anos. É um excelente guarda territorial, de proteção aos homens e indicado para acompanhamento. Caracteriza-se por ter pêlo curto (muito satisfatório) e não latir muito. Não tem como prática avisar sobre a invasão do território, o que pode ser vantagem em alguns casos. É famoso no mercado de segurança e indicado para qualquer trabalho cuja necessidade seja uma ostensividade extra.
Fila Brasileiro - Excelente cão de guarda territorial. Porém, para guarda pessoal e ronda, é inviável devido ao seu tamanho, fator que dificulta seu transporte no interior de viaturas. A raça é muito utilizada por fazendeiros e proprietários de grandes territórios.
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